segunda-feira, 27 de outubro de 2008


PALAVRAS SOBRE O MEU AVÔ JUCA ANDRADE

O jornal “Folha Espírita”, de fevereiro de 1996, publicou as seguintes palavras que escrevi sobre o meu avô Juca Andrade:

“Juca Andrade amou muito e espalhou por onde passou o amor que extravasava de seu coração generoso; sem dúvida uma profícua existência. Atendendo nossa solicitação, Geziel Andrade traçou algumas linhas sobre o seu avô:

MEMÓRIAS DE MEU AVÔ JUCA. Esse conceituado jornal “Folha Espírita” pede-me algumas recordações acerca de meu avô José Antonio Andrade Júnior, mais conhecido como Juca Andrade, na cidade de Mogi Mirim –SP, onde viveu até o seu falecimento em 19 de julho de 1978.

Dentre as virtudes pessoais de meu avô, a que mais me admirava era a da humildade, que o permitia externar um espírito de extrema dedicação à família, ao trabalho, à Doutrina Espírita e aos semelhantes, principalmente aos mais necessitados de apoio fraterno.

O seu modo simples e humilde de ser e agir permitia-lhe relacionar-se bem e facilmente com todas as pessoas de quaisquer níveis sociais. Assim, praticava favores, exteriorizava gentilezas e realizava obras que eram a expressão da mais pura caridade. A sua residência modesta tinha sempre as portas abertas para um papo gentil, para uma prece de súplica e gratidão, para uma assistência espiritual ou uma ajuda material, embora seus recursos financeiros fossem parcos. Esses gestos fraternos tornaram-no uma pessoa muito popular, querida e respeitada.

Talvez o comportamento mais incompreendido, mais admirado pelos contemporâneos, era a sua dedicação incessante ao trabalho, apesar da idade avançada. Porém, era isso que o permitia, com o apoio de muitos amigos, manter instituições e trabalhos espíritas; promover obras sociais; sustentar a Vila Paim, com casas para pessoas pobres; expandir o Lar Espírita Maria de Nazareth, que abriga crianças excepcionais; e promover o Natal dos pobres, com distribuição de gêneros alimentícios.

Depois da desencarnação de meu avô Juca, lembro-me bem do dia em que meu pai José Andrade retornou de Uberaba para Mogi Mirim, trazendo uma longa mensagem psicografada, em 1 de abril de 1983, pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Meus familiares e eu éramos bastante acostumados com as comunicações dos Espíritos pela longa convivência no meio espírita. Mas, aquela mensagem tocou-nos profundamente, enchendo-nos de surpresas e fortes emoções, pela riqueza de detalhes e informações pessoais que revelavam a sobrevivência de sua personalidade; pelas descrições pormenorizadas de fatos que antecederam e sucederam sua passagem para a vida espiritual; pela citação dos nomes dos filhos que residiam bem distante de Mogi Mirim; pelas preocupações que ainda demonstrava com sua filha Helen, portadora de enfermidade crônica; pela recepção calorosa que havia recebido no mundo espiritual por parte de Espíritos e amigos desencarnados, alguns esquecidos por nós há longo tempo; e pela confirmação de que a justiça divina reserva recompensas no além para quem sabe cultivar méritos, amizades e praticar as virtudes.

Creio que a mensagem de meu avô, que esse jornal espírita pretende publicar, fala por si. As minhas palavras despretensiosas apenas rememoram particularidades de uma pessoa que foi um exemplo de práticas cristãs.”
(VEJA NESTE MESMO BLOG, EM ARTIGO À PARTE, O INTEIRO TEOR DA MENSAGEM PSICOGRAFADA POR CHICO XAVIER).

Um comentário:

Ateliê Cleide Andrade disse...

Olá tio, tudo bem?
Achei muito bonita suas palavras!
Meus parabéns!
Abraço
Rodrigo Andrade