quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ATITUDES E AÇÕES QUE NOS PERMITEM VIVER MELHOR




ATITUDES E AÇÕES QUE NOS PERMITEM VIVER MELHOR

Geziel Andrade

Este artigo foi elaborado com base no conteúdo do excelente livro “VIVA BEM SEM DEPRESSÃO”, de autoria do valoroso confrade Severino Barbosa, e de edição da Editora EME, de Capivari–SP.

Trata-se de um livro de autoajuda. Os conceitos e preceitos evangélicos e espíritas ressaltados pelo autor destinam-se especialmente às pessoas que querem evitar o mal-estar depressivo, angustiado, amargurado, triste, frustrado e marcado pelo medo e sentimento de culpa e arrependimento. Atinge, portanto, um público imenso.

As lições apresentadas pelo autor nos ajudam a gerenciar as emoções, os sentimentos e as condutas e, assim, obter o que mais procuramos: o bem-estar.

Severino faz recomendações oportunas e dita providências corretas para nos ajudar a eliminar muitos infortúnios e males da alma, que se refletem, com o passar do tempo, nos órgãos do corpo físico.

Certamente, aplicando-as com força de vontade no cotidiano conseguimos transformar o mundo íntimo e garantir as boas atitudes que constroem uma vida próspera, sadia e feliz.

Os comentários que foram apresentados a seguir de forma livre procuram apenas dar uma idéia, embora pálida, das valiosas contribuições prestadas por Severino.

Esta crônica não tem, de forma alguma, a pretensão de dispensar a leitura do livro, que foi escrito de forma habilidosa, entrando em profundidade na análise de questões importantes e sempre complexas que decorrem notadamente do estado mental e psicológico.

1 – O CONTROLE DAS EMOÇÕES
As boas emoções nos propiciam momentos muito agradáveis e felizes.

Por isso, devemos controlar o temperamento, mantendo-o estável e regido pela temperança, para que a raiva não se torne um hábito prejudicial. A raiva jamais é uma boa companheira.

O controle da carga emotiva negativa evita enfermidades da alma e seus reflexos no corpo material, porque impede os desequilíbrios decorrentes do ressentimento, medo, complexo de culpa, mágoa e frustração.

Por isso, devemos sempre usar o poder mental para manter o controle sobre os impulsos emotivos.

Quando há o controle do estado de espírito não vivemos com os nervos à flor da pele, o que cria o isolamento e origina muitos problemas de saúde.

Quando exercemos o controle sobre o mecanismo de autodefesa não tratamos os outros de modo hostil, nem permanecemos em permanente estado de alerta ou defesa, o que gera desgaste emocional.

Mantendo as emoções equilibradas, atingimos a maturidade mental e psicológica. Então, conseguimos desabafar do modo certo e na hora certa, com educação, paciência, bom senso, prudência e moderação.

Esse controle das emoções realmente faz a diferença para atingirmos um viver melhor e mais feliz.

2 – O DOMÍNIO DA ANSIEDADE
Um pouco de ansiedade até que favorece o cumprimento das tarefas. Mas, não podemos deixar que a ansiedade nos domine.

A ansiedade descontrolada leva a nossa alma, que detém todas as faculdades, a um estado de tensão, enfermidade e infelicidade.

Por isso, devemos usar a calma e a serenidade perante as tribulações e para realizarmos os nossos afazeres e cumprirmos as nossas obrigações.

Não devemos permitir que as nossas responsabilidades, tarefas, preocupações, nem que os acontecimentos constrangedores gerem ansiedade em excesso. Esta cria um estado permanente de tensão e aborrecimento, sem razão de ser.

Por isso, devemos ter sempre a serenidade e a paciência como recursos para o domínio da ansiedade.

Além disso, a ansiedade excessiva desencadeia o medo infundado.

Então, quando sentirmos insegurança, analisemos as suas causas para vencê-la.

Adicionalmente, é importante também que contenhamos a imaginação para dominar o medo imaginário e não agravar ainda mais o estado de ameaça e ansiedade em que vivemos.

Outras atitudes indispensáveis para o nosso domínio da ansiedade são: manter a mente ocupada com a leitura de um bom livro relaxante; ouvir boa música; cultivar pensamentos otimistas; procurar companhias agradáveis; conversar sobre assuntos elevados; fazer preces; e confiar em Deus e em nós mesmos.

Vivendo relaxados, seguimos o valioso ensino de Jesus:
“Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”

Com esse domínio da ansiedade, certamente vivemos bem melhor.

3 – O MEDO DE TUDO

O medo é importante para que consigamos preservar as condições seguras de vida. Mas, quando o medo se torna descontrolado, damos asas à imaginação para as coisas ruins que podem acontecer. Então, esse medo alimenta distúrbios, fobias, ansiedade e depressão.

Por isso, é importante determos a insegurança quando formos realizar o nosso trabalho ou as nossas atividades. Ela nos perturba e contamina as pessoas que nos cercam, prejudicando as amizades, relacionamentos e a produtividade.

Portanto, jamais deixemos que o medo se torne doentio; nem vivamos amedrontados pelos fatos ruins que podem acontecer; nem com a imaginação fixa nos acontecimentos ruins que já aconteceram; nem com o temor do que não tem a mínima possibilidade de acontecer.

Devemos, sim, concentrar a mente nas experiências que engrandeceram ou que estão engrandecendo a nossa vida. Então, a coragem nos sustentará no aproveitamento das oportunidades que nos fazem evoluir materialmente e espiritualmente.

Ainda, devemos sustentar a esperança e fortalecer a coragem orando a Deus que está em toda parte e zela por Seus filhos com amor. Com a prece pedimos a Ele bênçãos, proteção, orientação e inspiração para agir com sabedoria na vida. Então, sentiremos a confiança aumentar em nós mesmos (autoconfiança), melhorando as atitudes e ações.

Ao eliminarmos o medo infundado, preservamos as energias psíquicas, mantendo o equilíbrio íntimo e agindo de modo mais sadio e próspero.

4 – O MEDO DA MORTE
Devemos nos preparar para partir desta para a vida melhor adquirindo o conhecimento religioso, moral e espiritual que Jesus nos legou sobre Deus, o Reino dos Céus e o resultado da prática das virtudes.

Além disso, as lições da Doutrina Espírita complementam o nosso saber sobre a imortalidade da alma e as boas condições da continuidade da existência da alma no mundo espiritual. Então, nos sentimos preparados para a grande transição e a inevitável vida futura, onde receberemos, pela Justiça de Deus, segundo as próprias obras.

Ainda, vencemos o medo da morte com a prática persistente do bem e as conquistas morais e espirituais que nos garantem a paz na consciência e os méritos para a alma desfrutar das bem-aventuranças na vida futura.

Devemos somar a isso a confiança no amor, na sabedoria e justiça de Deus. Então, vivemos sem qualquer medo da morte, aproveitando as oportunidades para evoluir e cumprir com nobreza a jornada na escola terrena.

5 – A SUPERAÇÃO DA AMARGURA
Alguns momentos de angústia penosa aparecem quando suportamos fatos constrangedores. Mas, devemos encará-los com paciência e entendimento da finalidade evolutiva, em termos intelectuais e morais, da passagem de nossa alma pela vida material. Assim, ante as provas difíceis devemos exercitar a serenidade, coragem, otimismo e sabedoria, para não sentir amargura.

A amargura abre caminho para o insucesso. Por isso, não devemos nos prender aos fatos tristes que aconteceram, tais como: separação conjugal; ausência do filho que partiu do lar para trabalhar fora; morte de um ente querido; a perda financeira com um mau negócio; a oportunidade que passou sem ser aproveitada, etc.

Cada acontecimento deixa uma experiência valiosa. Por isso, devemos ver sempre o lado positivo das experiências adquiridas e buscar o crescimento em maturidade, sem dar brecha para que a amargura se instale na alma.

Libertando-nos desse mal, com a boa reação mental, ficamos também livres da idéia fixa nos acontecimentos tristes. Com isso, fortalecemos o mundo íntimo e trilhamos o caminho do sucesso contínuo sentindo alegria e bem-estar.

6 – O FIM DA TRISTEZA

Certos períodos de melancolia surgem com as decepções e os abalos emocionais que sentimos. Mas, por que mantermos a recordação persistente dos acontecimentos tristes e constrangedores que já passaram, deixando experiências? Por que cultivarmos a amargura, apatia, solidão e infelicidade? Devemos por na mente que a tristeza não remove mal algum. Apenas agrava a situação difícil.

Com o perdão verdadeiro oferecido àqueles que nos fizeram algum mal, conforme Jesus nos ensinou, conseguimos até orar pelo bem dos que nos causaram decepção, frustração e tristeza. Além disso, conseguimos até ajudar fraternalmente as pessoas que nos prejudicaram, retribuindo com o bem o mal recebido. Essa é a forma eficiente da libertação dos inimigos e dos acontecimentos desagradáveis que nos causaram tristeza.

O perdão sincero ao inimigo converte em otimista e claro o nosso modo ver as pessoas, coisas e acontecimentos.

Além disso, aflora as potencialidades que Deus colocou em nossa alma, permitindo-nos vencer as dificuldades que causam tristeza com a energia surpreendente que adquirimos para realizar as boas ações que nos tornam construtivos, úteis, sadios e prósperos.

A tristeza não tem o poder de barrar a força de vontade que supera contrariedades, melhora as condições de vida e aproveita as bênçãos que Deus nos concedeu nesta escola para subir para a vida superior.

7 – A LIBERTAÇÃO DA CULPA E DO REMORSO
Qual o benefício de nos prendermos às lembranças amargas dos erros cometidos? Por que vivermos recordando e lamentando as faltas graves cometidas? Por que cultivarmos a culpa e o remorso na mente, sabendo que são as fontes da dor, sofrimento e doença?

Eliminemos já o complexo de culpa pedindo perdão a Deus pelos deslizes cometidos e, se possível, pedindo desculpas aos semelhantes pelas faltas praticadas. Em seguida, passemos a reparar logo os prejuízos que causamos aos outros. Fazendo o bem a quem prejudicamos, ou causamos algum mal, pomos em prática a recomendação evangélica: “Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário.”

Agindo assim, deixamos de lado a autopunição e tiramos da mente o sentimento de culpa que prejudica o mundo íntimo e estaciona o progresso porque desestimula a realização das tarefas diárias que engrandecem a vida.

Isso se chama autoperdão. É a caridade para conosco mesmos para restabelecer a paz na consciência, pondo em prática a lição bíblica: “O amor apaga a multidão de pecados”.

8 – O FORTALECIMENTO DA AUTOCONFIANÇA
A realização das boas atitudes e ações exige que tenhamos confiança em nós mesmos.

Então, com a confiança fortalecida, sustentamos as boas realizações que geram resultados benéficos, não dando margem para qualquer complexo de inferioridade.

Com a autoconfiança restabelecida o nosso trabalho diário é realizado com eficiência; as potencialidades, habilidades, capacidades, experiências e criatividade afloram com facilidade solucionando quaisquer problemas surgidos e garantindo o sucesso e bem-estar.

Por isso, cabe-nos tornar cada vez mais vigorosa a segurança que sentimos em bem agir, para que as boas semeaduras sejam feitas, permitindo-nos obter boas colheitas nas vidas presente e futura.

Além disso, cada boa obra realizada, por sua vez, repercute-se no aumento da nossa autoconfiança: a persistência nos estudos; o cultivo dos bons hábitos e relacionamentos; a responsabilidade no cumprimento das atividades profissionais; a prática da fraternidade para com o próximo, etc.

Por isso, Allan Kardec nos legou a seguinte lição que jamais devemos menosprezar: “A confiança no cumprimento de uma coisa dá a certeza de que ela vai ser realizada.”

9 – A IMPORTÂNCIA DO BOM CONVÍVIO E BOM RELACIONAMENTO
Ter boa convivência e manter bom relacionamento com os familiares e amigos garantem a conquista do sucesso, da alegria e do bem-estar.

A base para isso está em tratarmos os semelhantes com respeito, justiça, bondade, honestidade, gentileza e simpatia. Com esse bom caráter garantimos as companhias agradáveis, amigas e fraternas, que nos dão momentos felizes.

Então, as pessoas que nos cercam devem ser colocadas acima das coisas materiais, eliminando o egocentrismo e fazendo surgir as afinidades morais e espirituais que engrandecem a nossa vida e tornam o nosso cotidiano bem melhor.

10 – O PLANO DE VIDA A SER CUMPRIDO
Não estamos dispensados de alcançar metas evolutivas; trabalhar para progredir em termos materiais, espirituais e morais; estudar para crescer em conhecimentos e sabedoria; praticar o bem para cumprir as Leis de Deus; e cumprir o objetivo superior que Deus estabeleceu para a vida imortal da nossa alma.

Isso, evidentemente, exige que estejamos sempre ativos, produtivos, organizados, fraternos e saudáveis.

Mas, o cumprimento desses planos evolutivos deve ser feito com paciência, persistência, dedicação, ordem, disciplina, esperança e coragem. Então, teremos encontrado a fórmula do progresso, do sucesso e da melhoria constante nas nossas condições de vida.

11 – A VIGILÂNCIA SOBRE AS ATITUDES E AÇÕES
As boas atitudes na vida, que nos tornam prósperos e felizes, dependem da vigilância que exercemos sobre a nossa vontade; da cautela que tomamos nas decisões; do cuidado que empregamos as faculdades da alma; da prudência com que fortalecemos o caráter; e da segurança com que adotamos os bons hábitos.

Por isso, a importantíssima lição nos legada por Jesus: “orai e vigiai”. Com a oração pedimos a Deus amor e sabedoria. Com a vigilância, melhoramos o modo de ser, sentir, pensar, falar e agir, para desfrutar realmente do progresso e da felicidade.

12 – A CONQUISTA DE UMA VIDA PRÓSPERA E FELIZ, SEM DEPRESSÃO
A terrível depressão nos assombra quando enfrentamos males tais como: desemprego; perda irreparável; acidente sério; desestruturação da vida familiar; morte de um ente querido; competição exacerbada no ambiente de trabalho; agitação incessante imposta pela vida moderna; enfermidade prolongada; falta de esperança ou perspectiva, etc.

Nesses momentos de infortúnio precisamos exteriorizar a confiança nos Atributos de Deus. Então, mesmo abalados e sofrendo, adotamos as reações sábias e positivas, que nos permitem superar os acontecimentos ruins e as provas, sem dar qualquer chance para as causas da depressão.

A confiança nos Desígnios de Deus desperta em nós a coragem, esperança, autoconfiança e o otimismo que precisamos ante as dificuldades da vida. É assim que conseguimos vencer as missões e provas evolutivas, vendo nelas oportunidades para o desenvolvimento das faculdades da alma, o progresso intelectual e moral e a ascensão na hierarquia verdadeira.

Quando temos a certeza de que estamos sob o amparo do Pai Eterno na escalada evolutiva para a angelitude, sustentamos o nosso estilo de vida nobre, produtivo, alegre e saudável. Então, superamos as dificuldades, sem conhecer traumas ou a depressão.

Conseguimos esse fortalecimento da confiança em Deus, com a espiritualização, evangelização e moralização que nos liga Àquele a quem tudo é possível.

Então, unidos a Deus pelos laços da confiança, cultivamos as virtudes, trabalhamos com honestidade; praticamos o bem sem esperar reciprocidade; exercitamos a elevação do modo de ser, pensar, sentir, falar e agir; tratamos os semelhantes com a fraternidade, simpatia e gentileza com que gostamos de ser tratados; mantemos os pensamentos elevados, os sentimentos amorosos, as emoções controladas, as expressões verbais bem empregadas e as atitudes e ações sábias e fraternas.

Com esse bom senso, vamos engrandecendo cada vez mais o modo de vida, sem sentir qualquer ameaça da depressão.

CONCLUSÃO
Eis ai, em poucas palavras, um resumo simples das atitudes elevadas recomendadas por Severino Barbosa, para alcançarmos um viver cada vez melhor.

Aplicando-as em todas as circunstâncias da vida, descobriremos, de fato, o que é realmente progredir, viver em boas condições de vida e ser sadio, alegre e feliz. VALE A PENA EXPERIMENTAR!