quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ABORTO: POSIÇÃO DO ESPIRITISMO


ABORTO: POSIÇÃO DO ESPIRITISMO
Geziel Andrade

As propostas que surgem e que são discutidas acerca da legalização do aborto, em vários países, inclusive no Brasil, têm exigido o posicionamento das várias correntes filosóficas, religiosas e científicas existentes na sociedade. Assim, torna-se importante deixar bem clara a posição do Espiritismo acerca desse assunto.

No Espiritismo, o aborto é analisado dentro da ótica da reencarnação do Espírito. Este foi criado imortal e perfectível por Deus, estando submetido a um processo incessante de aperfeiçoamento intelectual e moral, inclusive através das inúmeras reencarnações, até que conquiste inevitavelmente a perfeição espiritual. Assim, todos os Filhos de Deus chegam, um dia, a essa bem-aventurança, impulsionados pelas Leis do progresso e da reencarnação e pelos esforços próprios que empregam para evoluir.

Sob essa ótica espírita, a volta periódica do Espírito à vida corporal é Lei e desígnio de Deus.

Para o Espírito em permanente evolução, a reencarnação é necessidade e nova oportunidade de aprimoramento, pela conjuntura que vai enfrentar na vida material. Em cada reencarnação, ele aperfeiçoa as suas faculdades, adquire conhecimentos e experiências e conquista paulatinamente a sabedoria e o amor. Assim, melhora continuamente a sua posição na hierarquia espiritual, que é a verdadeira.

Antes de cada nova encarnação, o Espírito, auxiliado por Espíritos protetores mais evoluídos ou por Anjos da Guarda, planeja com antecedência as provas, missões ou expiações que precisa cumprir em sua nova jornada terrena. Além disso, escolhe os pais terrenos que estão comprometidos com o seu processo educativo e com as conquistas intelectuais e morais que precisa realizar para o seu adiantamento espiritual.

Portanto, cada Espírito reencarna seguindo um plano previamente estabelecido por ele mesmo e por seus guias espirituais. Então, submete-se às leis da reprodução do corpo material, unindo-se, por um laço fluídico, ao novo envoltório material que se forma a partir do momento da concepção.

Nesse processo complexo da reencarnação, o Espírito enfrenta um estado crescente de perturbação. Então, as suas lembranças do passado vão se apagando, à medida que caminha para o nascer de novo.

Quando o aborto é provocado, por um ato de violência, há a interrupção de todo esse trabalho previamente e cuidadosamente realizado. Então, é inevitável que surjam a frustração e o constrangimento para os muitos Espíritos envolvidos no processo da reencarnação.

Especificamente para o Espírito que teve a sua reencarnação violentamente interrompida, ele passa necessariamente por um período de recuperação do choque ou trauma sofrido com o aborto. Depois disso, quase sempre, recobra suas características pessoais e, se ainda inferiores, incapaz de perdoar, experimenta revolta ou desejo de vingança, principalmente contra aqueles que seriam os seus pais terrenos. Geralmente, procura envolvê-los num processo obsessivo que acaba gerando problemas de consciência e promovendo distúrbios psíquicos e físicos graves. A motivação para essa revanche está, quase sempre, na não aceitação da perda da oportunidade de melhorar sua posição espiritual, com a reencarnação que foi compulsoriamente interrompida.

Pela violenta agressão imposta ao Espírito reencarnante, promovendo a morte do seu novo corpo material e pondo fim às esperanças geradas de conquistar de um futuro melhor, o aborto, independentemente das justificativas, alegações ou circunstâncias que são apresentadas pelas pessoas interessadas ou envolvidas, é considerado crime pelos Espíritos superiores. Isto está na resposta que eles deram à Questão 358 de O Livro dos Espíritos: “A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento”.

Essa posição dos Espíritos superiores foi reafirmada aqui no Brasil por diversos Espíritos, através de vários médiuns: “O aborto provocado é doloroso crime”. (Espírito André Luiz, no Cap. 15 do livro “Ação e Reação”; “O aborto delituoso é crime estarrecedor” (Espírito Emmanuel, no Cap. 17 do livro “Religião dos Espíritos”); “O aborto delituoso é infanticídio execrável” (Espírito Joanna de Ângelis, no Cap. 12 do livro “Após a Tempestade”); “O abortamento provocado é crime grave”. (Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no Cap. 5 do livro “Nas Fronteiras da Loucura”).

Portanto, na idêntica condição de Filhos de Deus, submetidos às Leis sábias e justas que regem as relações entre as vidas espiritual e material, e conscientes dos compromissos morais exigidos na exteriorização da sexualidade, que deve ser empregada com discernimento, disciplina e responsabilidade, devemos guardar profundo amor e respeito pelos semelhantes, desde o momento da concepção. Isto significa que jamais devemos recorrer à prática do aborto, nem mesmo se alguma lei humana for aprovada para permiti-lo.

Dessa forma, agimos com nobreza moral e ficamos isentos das conseqüências da prática do crime do aborto impostas pela Justiça de Deus, que tem a sua ação na vida presente, na vida além-túmulo e até na próxima reencarnação.

Em corroboração a essa posição do Espiritismo, temos ainda a seguinte mensagem:

ABORTO DELITUOSO
Mensagem “Aborto Delituoso” escrita pelo Espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier.

“Um crime doloroso existe, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.”
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _
“Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!”

“Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.”

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


BOM SENSO ESPÍRITA
Geziel Andrade

Allan Kardec empregou de tal modo o bom senso para realizar a codificação do Espiritismo, que o grande astrônomo Camille Flammarion disse a seu respeito: “Ele era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado. Razão reta e judiciosa, aplicava sem cessar à sua obra permanente as indicações íntimas do senso comum”.
Assim, Allan Kardec legou aos espíritas o exemplo valioso de como agir com sensatez, prudência, inteligência e juízo claro ao apreciar e julgar os fenômenos espíritas e as comunicações inteligentes dos Espíritos, visando discernir com clareza o verdadeiro do falso e estabelecer as teorias e práticas espíritas.
Mas, no Movimento Espírita, vemos como alguns espíritas ainda têm grande dificuldade em aplicar essa qualidade notável de Allan Kardec na seleção das mensagens recebidas dos Espíritos ou mesmo na escolha dos livros espíritas, de autores encarnados ou desencarnados, que vão ser publicados. Percebemos em alguns diretores de Centro Espírita, a falta de juízo ao colocar em segundo plano o estudo das obras do Codificador; ao aceitar, sob o pretexto de modernismo, as influências e práticas estranhas do esoterismo, do magnetismo, da cromoterapia e do sincretismo religioso ou filosófico. Notamos, ainda, em alguns dirigentes de instituições espíritas a recusa em consultar o bom senso ao promover eventos pagos, visando a arrecadação de dinheiro para, supostamente, beneficiar a causa espírita.
Dessa forma, não aprenderam ainda a adotar uma das mais grandiosas características do Codificador do Espiritismo: o bom senso nas reuniões espíritas e nas comunicações com os Espíritos; o bom senso nas práticas espíritas, principalmente as que envolvem o uso da mediunidade; o bom senso em passar pelo crivo da razão todas as palavras e instruções dos Espíritos, visando identificar a superioridade moral; o bom senso na seleção de tudo o que vai ser feito ou publicado em nome da Doutrina Espírita; e o bom senso em valorizar os aspectos morais do Espiritismo.

Portanto, irmãos, que esse bom senso, nos legado por Allan Kardec, esteja também entre as qualidades nobres que identificam e distinguem os espíritas verdadeiros.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


PRINCÍPIOS DO ESPIRITISMO
Geziel Andrade
Os princípios do Espiritismo, estabelecidos por Allan Kardec com a publicação de “O Livro dos Espíritos”, na França, em 18 de Abril de 1857, são os seguintes:
1) EXISTÊNCIA DE DEUS: Deus está acima de tudo o que existe, pois é a Inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas. Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo poderoso e soberanamente justo e bom. Deus é o autor da Obra da Criação, regida por Leis Universais. A prova da existência de Deus está no axioma “todo efeito inteligente tem uma causa inteligente”. A Obra da Criação é um efeito dos Atributos de Deus.
2) IMORTALIDADE DA ALMA: Deus jamais está inativo e cria os Seus Filhos como Espíritos imortais. Por isso, a criação dos Espíritos é incessante, com o dever de percorrerem um longo processo de desenvolvimento de suas faculdades intelectuais e morais, até conquistarem a perfeição espiritual e a felicidade plena. As sucessivas reencarnações são oportunidades oferecidas por Deus para que os Espíritos possam evoluir e chegar, um dia, ao seu destino glorioso. Assim, somos mais do que um corpo de carne, gerado pelas leis da reprodução. Nosso Espírito, criado por Deus, tem faculdades, valores intelectuais e morais e ideais acumulados ao longo de uma existência milenar. Ao assumirmos um novo corpo, em cada nova existência material, acumulamos mais experiências, habilidades e realizações que não se perdem com a morte do envoltório material, pois ficaram agregadas em nossa alma imortal. Cada novo corpo material nos permite trabalhar pelo nosso progresso intelectual e moral. Dessa forma, reencarnamos na vida terrena quantas vezes forem necessárias para obtermos o progresso incessante. A imortalidade da alma é uma realidade que pode ser constatada em todos os livros religiosos. Mas, a Doutrina Espírita confirma essa realidade e desvenda essa trajetória da alma com o estudo das comunicações físicas e inteligentes dos Espíritos, obtidas através de diferentes médiuns, em várias localidades e épocas.
3) PERISPÍRITO: Na vida espiritual, o Espírito conserva o seu corpo fluídico que permitia a sua ligação ao corpo material. Esse corpo espiritual tem a forma humana e a mesma semelhança e aparência do corpo material. Esse corpo espiritual, constituído de fluidos espirituais invisíveis ao homem, é chamado de perispírito. Ele serve de instrumento para o Espírito agir na vida espiritual e, dentre outras funções, permite a sua comunicação com os homens, atuando sobre o perispírito dos médiuns. Uma vez na vida espiritual, o Espírito reencontra e reconhece, graças ao perispírito, aqueles que conheceu na Terra, mantendo as mesmas afeições e se recordando do bem ou do mal que praticou, o que o torna feliz ou infeliz.
4) LEI DE CAUSA E EFEITO: As boas causas e ações geram bons efeitos tanto na vida material, quanto na vida espiritual. Já as más atitudes e realizações geram maus efeitos. Muitas vezes, os efeitos decorrentes das ações praticadas hoje só aparecerão na vida espiritual ou na próxima existência material. Portanto, devemos investir nas boas atitudes morais, usando bem o livre-arbítrio, para criarmos um destino feliz. Dessa forma, não há o acaso, a má sorte ou as injustiças perante as Leis de Deus. A Lei de Causa e Efeito é universal. Jesus se referiu a ela ensinando-nos que “a cada um será dado segundo as suas obras”. Ela permite que cada Espírito construa livremente o seu destino feliz ou infeliz, tanto na Terra, quanto na vida futura. Portanto, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
5) REENCARNAÇÃO: Os Espíritos são criados por Deus simples e ignorantes e em épocas diferentes. Porém, Deus cria os Espíritos perfectíveis, através de um longo processo de evolução. Assim, as sucessivas reencarnações são oportunidades para que o Espírito encarnado desenvolva as faculdades, acumule experiências e cresça em valores intelectuais e morais. Através da pluralidade das existências materiais entendemos a justiça de Deus. Ela explica as desigualdades existentes entre os Espíritos encarnados ou desencarnados e as condições diferentes de vida que desfrutam. A reencarnação elimina o inferno eterno, porque o Espírito tem sempre uma nova oportunidade para expiar os erros graves cometidos e continuar o seu processo evolutivo, até que atinja a perfeição espiritual, que é meta estabelecida por Deus. As reencarnações do Espírito são sempre progressivas em termos intelectuais e morais. Dessa forma, ele desenvolve continuamente as suas faculdades e aperfeiçoa as suas potencialidades, até atingir a perfeição e conquistar a felicidade plena.
6) CLASSIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS: Em função do tempo de existência e dos progressos já realizados, os Espíritos podem ser classificados em três grandes categorias: imperfeitos, bons ou perfeitos. Os Espíritos imperfeitos caracterizam-se pela ignorância das coisas e pela inclinação ao egoísmo, ao ódio, à inveja, ao orgulho e às atitudes inferiores; porém estão, pelas Leis do progresso e da reencarnação, sempre evoluindo em busca da perfeição. Os bons Espíritos já atingiram uma faixa intermediária na hierarquia espiritual, através de muitas reencarnações; assim, já praticam o bem e mantêm esforços no progresso intelectual e moral e na conquista da perfeição. Os Espíritos perfeitos já atingiram a meta, após terem percorrido todos os degraus da hierarquia espiritual. Assim, distinguem-se dos outros pela perfeição intelectual e moral, pelo conhecimento de todas as coisas, pela pureza dos sentimentos e pela proximidade de Deus.
7) ANJOS: Os Anjos são Espíritos que já atingiram a perfeição espiritual. Eles são mensageiros de Deus e têm a tarefa de proteger e ajudar os seres que estão percorrendo as diversas etapas do processo evolutivo. Portanto, não são seres à parte e nem privilegiados na Obra da Criação. Apenas já atingiram a perfeição espiritual, realizando a sua trajetória evolutiva em outros mundos habitados.
8) COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS COM OS HOMENS: Os Espíritos sempre se comunicaram com os homens, como revelam todos os livros religiosos. Eles são as almas dos nossos familiares, amigos, conhecidos ou de outras pessoas que viveram um dia na Terra. Ao retornarem à vida espiritual, após a morte do corpo material, continuam mantendo contato com os Espíritos encarnados, seja no estado de vigília, seja durante o sono, quando a alma se liberta parcialmente do corpo. Quando encontram médiuns apropriados, estabelecem comunicações físicas ou inteligentes com os homens. Nessas comunicações, os Espíritos demonstram que continuam sendo os mesmos, em termos intelectuais e morais. Assim, revelam-se: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou ociosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou falsos. Portanto, a desencarnação não transforma as características pessoais de uma alma. Por isso, é muito importante analisarmos cuidadosamente as comunicações dos Espíritos para determinarmos a sua identidade e o seu grau de evolução intelectual e moral.
9) VIDA NO MUNDO DOS ESPÍRITOS: Na vida espiritual, os Espíritos têm as suas ocupações e atividades que estão condizentes com o grau de evolução intelectual e moral que já alcançaram. Além disso, continuam tendo o livre-arbítrio, regido pela Lei de Causa e Efeito, podendo vir à Terra e influenciar as pessoas, através dos pensamentos. Por não estarem presos num Céu, nem num Inferno eterno, eles têm a liberdade de locomoção e podem visitar, influir e agir sobre os homens ou seus familiares terrenos. Dessa forma, os Espíritos formam uma população invisível que está ao nosso redor, acompanhando o nosso cotidiano e transmitindo pensamentos, inspirações, idéias, conselhos e sugestões mentais. Os Anjos da Guarda e os Espíritos protetores agem para o bem. Mas, os Espíritos inferiores procuram dominar aqueles com quem têm afinidades e que aceitam as suas influências nefastas.
10) MÉDIUNS: Alguns homens desfrutam da faculdade natural de receber a influência ostensiva dos Espíritos: são os médiuns. Eles podem atuar como intermediários ou intérpretes dos Espíritos, transmitindo suas comunicações através da fala, da escrita, da pintura ou de outras formas de manifestação. Porém, todas as comunicações dos Espíritos devem ser analisadas, avaliando-se as qualidades morais tanto do Espírito comunicante, quanto do médium. Os Espíritos superiores, em suas comunicações, usam sempre uma linguagem nobre, elevada e cheia de conselhos morais. Então podem ser facilmente identificados. Os médiuns contam com o “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, para orientá-los no desenvolvimento, na educação e na prática da mediunidade.
11) PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS: Existem muitos mundos habitados no Universo. Eles prestam-se ao desenvolvimento dos Filhos de Deus. Em muitos desses mundos, as condições de vida são superiores, iguais ou inferiores às da Terra. Neles, os Espíritos encontram os ambientes adequados ao seu trabalho evolutivo e às suas necessidades de passar por provas, cumprir missões ou de expiar erros graves cometidos em vidas passadas. Assim, os mundos habitados são escolas, onde os Filhos de Deus desfrutam das valiosas oportunidades de evoluir e de galgar posições melhores na hierarquia espiritual.
12) FÉ RACIOCINADA: O Espiritismo nos ensina que devemos analisar tudo sob a ótica da lógica e do bom senso. Assim, tornamos a fé raciocinada, fortalecendo as convicções religiosas, morais e espirituais. A fé raciocinada é sólida porque se assenta na razão. Ela é inabalável porque pode encarar a razão em qualquer época da humanidade.
13) JESUS: Jesus é o mais perfeito guia e modelo oferecido por Deus para a Humanidade. No Espiritismo, a moral cristã está elucidada no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. Assim, a Doutrina Espírita tem um aspecto religioso que está pautado no amor a Deus e ao próximo. A bandeira do Espiritismo é a da prática da caridade, dentro do preceito espírita “fora da caridade não há salvação”.

sábado, 1 de novembro de 2008


BOM EXEMPLO ESPÍRITA
Geziel Andrade

“A sementeira do bom exemplo é a mais duradoura
plantação no solo da alma”. (Emmanuel/F.C.Xavier).

O bom exemplo deve marcar a nossa posição na família, no ambiente de trabalho, no Centro Espírita e na vida em sociedade. Assim, influenciamos positivamente as pessoas que nos cercam, colaborando para a formação do bom caráter, para a aquisição de bons hábitos, para a conquista das qualidades morais e para a melhoria da maneira de ser, sentir, pensar e agir.

Os bons exemplos devem falar por nós, principalmente nos momentos de provas difíceis, seguindo as condutas elevadas que Jesus praticava nesses momentos. O Mestre falava, pregava, ensinava, contava parábolas e transmitia a Boa Nova com sabedoria e bondade, mas a sua força, no cumprimento da sua missão divina, estava nos bons exemplos de amor, fé, oração, humildade, caridade e perdão que dava aos seus discípulos e às pessoas que o cercavam, revolucionando a religião e a moral no mundo.

Com os nossos bons exemplos, evidenciamos a nossa formação e educação moral espírita-cristã. Dando bons exemplos de amor, trabalho, honestidade, paciência, alegria, fraternidade e caridade revelamos a nossa condição de homens de bem.

Os nossos bons exemplos, como espíritas, valem muito mais que do que as palavras inflamadas que dizemos; os discursos ardentes que proferimos; as lições verbais que oferecemos; e os sermões e conselhos que damos aos que nos cercam.

Com eles, disseminamos os verdadeiros valores intelectuais e morais e corrigimos ou reparamos as fraquezas, os vícios e as deficiências daqueles que pretendemos transformar em pessoas que fazem bom uso das faculdades mentais, intelectuais, morais, sentimentais, emocionais, sexuais e mediúnicas.

A questão do bom exemplo é tão primordial na nossa conduta espírita-cristã, que Allan Kardec registrou no Capítulo X de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “a única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se apóia no bom exemplo”.