segunda-feira, 27 de outubro de 2008


MENSAGEM DO ESPÍRITO DE MEU AVÔ JUCA ANDRADE, PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, NA NOITE DE 01 DE ABRIL DE 1983, EM REUNIÃO PÚBLICA NO GRUPO ESPÍRITA DA PRECE, EM UBERABA – MINAS GERAIS.

Meu caro Zeca, meu filho, aqui estou associado às preces desta casa de fraternidade e paz.
Para você e para a nossa gente do “Jesus e Caridade” as minhas notícias não são novidades. Acontece que você e os amigos de Mogi Mirim queriam qualquer página escrita pelas mãos mediúnicas do amigo Chico e não pude esquivar-me. Aliás, não posso esquecer que de Mogi a Uberaba não é distância de um grito. Vamos assim ao que mais nos interessa, porque informações de pai espírita gastam tempo.
Não tenho por onde começar, porque estou na convivência de vocês todos, agora tanto quanto antes.
Às vezes, me dava ao luxo de pensar que a desencarnação seria descanso. Idéias de burro cansado, porque sendo a morte um banho de renovação sem milagres, as nossas atividades não encontrariam por aqui outra ordem que não seja a de marchar para diante. E marchar sozinho para diante deve ser brinquedo de criança. Estamos todos ligados uns aos outros, para não dizer acorrentados. O passado fala no presente e o presente conversará no futuro.
Impossível deixar companheiros a distância e partir sem rumo certo à procura de um céu inexistente, porque os estados de cada um por dentro da própria alma é que traçam o lugar em que nos encontramos. Você, meu filho, conhece a extensão de nossos compromissos com a Doutrina Espírita e por isso compreenderá que em mim coexistem o pai e o trabalhador. Não posso separar as obrigações de um e outro.
As preces e os cuidados de nossa Carmela me resguardaram contra qualquer manifestação de receio ou desânimo. Creia, porém, que falamos talvez mais no Mais Além, sem compreender-lhe as complexidade. Noto, quase com humor, que o Além para mim foi permanecer no mesmo lugar. Aliás, seria ingratidão desertar da cidade que nos deu e nos dá tanto ainda, sobretudo, em amor e entendimento.
Reconheci que o meu carinho de pai não deveria esmorecer. Em nossa agremiação continuam você e a nossa estimada Maria José, o Dulphe, o Airton e a nossa prezada Sílvia, o Paulo, o Edson, e a nossa Helen prossegue representando o nosso ponto de serviço mais urgente, pelas necessidades espirituais em que a filhinha renasceu.
A nossa Carmela é a mesma dedicação maternal que conhecemos e contamos com vocês na proteção à querida irmã, que as vidas anteriores não permitem usufruir a atual existência com a precisa segurança. Confiamos nos filhos amigos e nas noras que o Senhor nos deu por filhas do coração, e estamos certos de que não seremos desapontados. E, além de nossa Helen, temos os outros parentes do coração, todos aqueles que se abrigam entre as paredes de nossa organização.
Muitas vezes surpreendo você a indagar-se sobre a maneira de vencer na estrada das contas e compromissos. Ainda assim não tema. Lembre-se de que nos dias mais difíceis, a nossa fé parecia maior e com a nossa fé mais ampla, o auxílio da Providência Divina, em nossa instituição, fazia sobrar alegrias e bênçãos.
Muita coisa por aí pode ter mudado. Inflação, conflitos administrativos, tabelas de preço e lutas inesperadas vão trazendo mais lutas, mas Deus não mudou. É o mesmo Pai de Infinito Amor que mandava colocar em nossas mãos tanto a moeda para comprar a farinha, quanto a força para fazer o pão ou adquiri-lo com segurança.
Não tenham medo da vida para que a vida não tenha medo de nós. A obra não pode empalidecer. É preciso crescer para auxiliar o próximo. E creiam vocês todos que, estimulados para o bem de todos, o crescimento não se nos fará motivo a qualquer vaidade. Tudo aquilo que está feito é a caridade com Jesus e tudo o que pudermos fazer será sempre Jesus e a Caridade.
No término de minhas forças, acreditei que a fadiga havia chegado. Não era fadiga. Era desgaste da engrenagem de que me utilizava para trabalhar sem consultar o relógio. As pernas enfraqueceram de tantas caminhadas que se somavam umas às outras e o coração balançou no peito, como a pedir férias. Não conseguia, porém, pensar nisso . A dor não tem dias santos. E era preciso movimentar-me.
Muitos amigos me consideravam fanático, no entanto, era necessário fixar-me no que devia efetuar e a conversa, mesmo bonita, de nada me valia se os diálogos com os amigos não tivessem o adubo da beneficência.
Cheguei ao fim do corpo, usando remédios por obrigação, porque nunca admiti outro médico que tivesse mais autoridade que a de Jesus Cristo. E, por essa razão, entreguei-me aos desígnios d´Ele, nosso Divino Mestre e Senhor. Estava muito lúcido e atento a fim de observar o que vinha a ser a última hora do corpo.
Entretanto, nos derradeiros trâmites do meu processo de liberação, reconheci-me um tanto modificado. Minha visão alterou-se. Pensava com hesitação. A incerteza me dominava.
Em dado momento, vi-me quase devolvido à condição de criança. Sentia-me no colo da mamãe Albina, e a vó Mariquinha estava perto. Conversavam comigo, mas eu trazia o pensamento em vocês e nada escutava. Queria chamar por você e pelo Airton, e ultimar recomendações, mas a voz estava calada por dentro de mim. Só a atenção me obedecia. Então imaginei que sonhava. Não era homem para me entregar a qualquer fantasia. Ignorava que me achava entre duas vidas a lutarem por dentro de mim, uma com a outra. A visão da mãe Albina me impelia para o Mundo Espiritual, mas as vozes das crianças, embora de longe, me chamavam para a Terra.
Por fim, cessou a luta e rendi-me sem condições. O corpo abatido não mais me serviria. Era preciso saber agradecer-lhe quanto me havia doado em tantos anos abençoados de serviço e atender aos apelos novos. Como se fosse impressionado por uma paisagem, em cuja realidade não acreditava, vi amigos chegando...
Você compreenderá como dói observar tantos prodígios sem possibilidades de comunicar-se com os familiares. Reconheci antigos companheiros que julguei me visitassem para uma oração de fraternidade e esperança. Eram eles muitos, mas de momento, lembro-me de que estavam junto de nós o Lameira de Andrade e o Américo Montagnini; o Onofre e Gracinda Batista, nossos irmãos de Itapira; o Tio Paco, de Avaré; o Marrone, de Campinas; o Cairbar Schutel e Mariquinha Perche, de Matão; o Romeu do Amaral Camargo; o Vinícius; o Elói Lacerda e tantos outros amigos.
Eles se davam as mãos em torno de mim, como se expressassem desse modo o abraço que me transmitiam. Um suave calor me revigorou as energias e vi o nosso respeitável Bezerra de Menezes ao lado do nosso Batuíra, que penetrando a roda fraternal, me tocavam no corpo com gentileza, qual se me cortassem algo na pele insensível. Aquela formação de amigos entrou em prece, feita em voz alta e, tocado por uma alegria misturada de dor, ergui-me do corpo, como quem se levantava do leito com recursos suficientes para saudar os circunstantes. Bezerra de Menezes, com a bondade paternal que lhe conhecemos, tocou de leve em meus ombros e disse sorrindo: “Juca, você está livre”.
Então compreendi tudo e o velho coração rebentou em lágrimas. Eu não queira liberdade, queria permanecer caminhando em nossa querida cidade de Mogi Mirim, de rua em rua, alertando os amigos das boas obras para que a máquina não parasse. Mas a mãezinha Albina me reconfortou e me convidou a seguir os amigos, porque não me seria conveniente acompanhar aquele corpo que encontrava finalmente a parada de repouso. Agradeci, chorando, aquele companheiro que seguiria para um destino diferente do meu, recordei tudo quanto me dera em resistência nos dias mais atribulados das nossas tarefas e segui para fora...
Só então consegui adormecer ignorando de que modo. Adormeci sonhando com o povo amigo que me tutelou, ou melhor, a todos nos tutelou com bondade e acordei em outra dimensão da vida, que prossegue sem pausa. E pedi então a todos os amigos me auxiliassem a voltar para o nosso refúgio de paz e trabalho, até que obtive permissão para continuar com vocês, agora. Até quando? Só Deus sabe. O que sei é que a caridade é um processo desconhecido geralmente no mundo – o processo de sermos felizes, fazendo os outros consolados e felizes.
Ah! Meu filho, quanto puderem façam o bem, com aquele desprendimento que a nossa Carmela e vocês me ensinaram.
Tenho encontrado vários amigos. A nossa irmã Yolanda vem trabalhando pela paz do nosso amigo Massucci, e muitas vezes me fala com respeito a ele e aos filhos queridos. O nosso Guedes continua sendo para mim o companheiro incansável de sempre.
Filho, mais uma vez peço a vocês pela nossa Helen e vou terminar. Não posso ser o dono da noite, quando não sou dono nem de mim mesmo.
A todos os nossos familiares e irmãos de ideal e trabalho, o meu abraço assinalado pelo calor de meu coração reconhecido, e receba com todos os seus irmãos e com todos os nossos amigos o carinho e a saudade, a esperança e o devotamento do pai e servidor de sempre em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sempre reconhecidamente, o velho companheiro,
Juca Andrade.
José Antônio Andrade Júnior.

IDENDIFICAÇÃO DAS PESSOAS CITADAS NA MENSAGEM: Zeca: José Andrade, filho de Juca. Carmela: esposa de Juca. Maria José: esposa de Zeca. Dulphe, Airton, Paulo, Edson e Helen: filhos de Juca. Sílvia: esposa de Airton. Albina: mãe de Juca, falecida em 1952. Mariquinha: sogra de Juca, falecida em 1943. Lameira de Andrade: famoso orador espírita. Américo Montagnini: espírita que foi presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Onofre e Gracinda Batista: espíritas de Itapira-SP. Tio Paco: tio de Juca, residente em Avaré-SP, onde faleceu. Marrone: espírita dedicado à evangelização e ao auxílio às pessoas enfermas, tendo sido um dos fundadores do Centro Espírita Allan Kardec de Campinas. Cairbar Schutel: grande vulto do Espiritismo no Brasil. Mariquinha Perche: secretária de Cairbar Schutel na vida terrena. Romeu do Amaral Camargo: professor, advogado, jornalista, escritor e espírita atuante no Movimento Espírita. Vinícius: Pedro de Camargo: educador, orador, jornalista e escritor espírita. Eloi Lacerda: escritor e orador espírita, com grande atuação junto à Federação Espírita do Estado de São Paulo. Bezerra de Menezes: grande vulto do Espiritismo no Brasil. Batuíra: um dos grandes pioneiros do Espiritismo no Brasil. Yolanda e Oscarlino Massuci: pioneiros do Movimento Espírita em Mogi Mirim. Guedes: João de Campos Guedes, espírita atuante em Mogi Mirim.

PALAVRAS SOBRE O MEU AVÔ JUCA ANDRADE

O jornal “Folha Espírita”, de fevereiro de 1996, publicou as seguintes palavras que escrevi sobre o meu avô Juca Andrade:

“Juca Andrade amou muito e espalhou por onde passou o amor que extravasava de seu coração generoso; sem dúvida uma profícua existência. Atendendo nossa solicitação, Geziel Andrade traçou algumas linhas sobre o seu avô:

MEMÓRIAS DE MEU AVÔ JUCA. Esse conceituado jornal “Folha Espírita” pede-me algumas recordações acerca de meu avô José Antonio Andrade Júnior, mais conhecido como Juca Andrade, na cidade de Mogi Mirim –SP, onde viveu até o seu falecimento em 19 de julho de 1978.

Dentre as virtudes pessoais de meu avô, a que mais me admirava era a da humildade, que o permitia externar um espírito de extrema dedicação à família, ao trabalho, à Doutrina Espírita e aos semelhantes, principalmente aos mais necessitados de apoio fraterno.

O seu modo simples e humilde de ser e agir permitia-lhe relacionar-se bem e facilmente com todas as pessoas de quaisquer níveis sociais. Assim, praticava favores, exteriorizava gentilezas e realizava obras que eram a expressão da mais pura caridade. A sua residência modesta tinha sempre as portas abertas para um papo gentil, para uma prece de súplica e gratidão, para uma assistência espiritual ou uma ajuda material, embora seus recursos financeiros fossem parcos. Esses gestos fraternos tornaram-no uma pessoa muito popular, querida e respeitada.

Talvez o comportamento mais incompreendido, mais admirado pelos contemporâneos, era a sua dedicação incessante ao trabalho, apesar da idade avançada. Porém, era isso que o permitia, com o apoio de muitos amigos, manter instituições e trabalhos espíritas; promover obras sociais; sustentar a Vila Paim, com casas para pessoas pobres; expandir o Lar Espírita Maria de Nazareth, que abriga crianças excepcionais; e promover o Natal dos pobres, com distribuição de gêneros alimentícios.

Depois da desencarnação de meu avô Juca, lembro-me bem do dia em que meu pai José Andrade retornou de Uberaba para Mogi Mirim, trazendo uma longa mensagem psicografada, em 1 de abril de 1983, pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Meus familiares e eu éramos bastante acostumados com as comunicações dos Espíritos pela longa convivência no meio espírita. Mas, aquela mensagem tocou-nos profundamente, enchendo-nos de surpresas e fortes emoções, pela riqueza de detalhes e informações pessoais que revelavam a sobrevivência de sua personalidade; pelas descrições pormenorizadas de fatos que antecederam e sucederam sua passagem para a vida espiritual; pela citação dos nomes dos filhos que residiam bem distante de Mogi Mirim; pelas preocupações que ainda demonstrava com sua filha Helen, portadora de enfermidade crônica; pela recepção calorosa que havia recebido no mundo espiritual por parte de Espíritos e amigos desencarnados, alguns esquecidos por nós há longo tempo; e pela confirmação de que a justiça divina reserva recompensas no além para quem sabe cultivar méritos, amizades e praticar as virtudes.

Creio que a mensagem de meu avô, que esse jornal espírita pretende publicar, fala por si. As minhas palavras despretensiosas apenas rememoram particularidades de uma pessoa que foi um exemplo de práticas cristãs.”
(VEJA NESTE MESMO BLOG, EM ARTIGO À PARTE, O INTEIRO TEOR DA MENSAGEM PSICOGRAFADA POR CHICO XAVIER).

domingo, 26 de outubro de 2008


EDUCAÇÃO PARA A FRATERNIDADE
Geziel Andrade –São Paulo –SP.

“Todos vós que sonhais com a idade
de ouro para a Humanidade
trabalhai, antes de tudo, na
construção da base do edifício, sem
pensardes em lhe colocar a cúpula;
ponde-lhe nas primeiras fiadas a
fraternidade na sua mais pura
acepção”. (Allan Kardec, no
Capítulo “Liberdade, Igualdade,
Fraternidade”, do livro “Obras
Póstumas).

A Doutrina Espírita é essencialmente educativa. Essa característica decorre dos seus princípios inovadores contidos nas obras de Allan Kardec.

Foi na “Revista Espírita”, de outubro de 1866, no artigo “Os Tempos são Chegados”, que Allan Kardec estabeleceu as bases sólidas que direcionaram o movimento espírita para o estabelecimento da fraternidade entre os homens.

Allan Kardec demonstrou, naquele artigo, que a regeneração da humanidade é algo inevitável, em função da Lei do progresso que aprimora os elementos físico, intelectual e moral. Mas, nem por isso, devemos esperar passivamente que aquela Lei cumpra o seu papel importante. A nós cabe aplicar a educação espírita na destruição do egoísmo e do orgulho; na elevação dos sentimentos; e no estabelecimento da caridade, da fraternidade e da solidariedade, assegurando ao homem o bem-estar material, espiritual e moral.

A humanidade convulsiona-se em seu período de transformação moral. E o Espiritismo, com sua tônica educativa, vem cumprindo, com nobreza, a sua missão de melhorar o caráter do homem, espiritualizar e moralizar os costumes, edificando uma nova ordem familiar, política, econômica e social.

Especificamente sobre a educação voltada para o exercício da fraternidade, Allan Kardec legou-nos os seguintes alicerces sólidos, sobre os quais estamos edificando um novo tempo: existe identidade entre todos os Espíritos, pois ora estamos encarnados no mundo visível, ora estamos desencarnados no mundo invisível, tendo como objetivo comum, dentro da pluralidade das existências corpóreas, o trabalho de evolução intelectual e moral. O nascimento e a morte não separam os seres humanos, não extinguem as suas relações simpáticas, nem acabam com os deveres recíprocos de se apoiarem mutuamente na escalada para a perfeição espiritual. Então, os sentimentos de fraternidade e de solidariedade devem estar nos corações, nos costumes, nas leis e nas instituições, estabelecendo um novo conceito de bem-estar e de felicidade social.

Allan Kardec ensinou-nos ainda que a fraternidade é perpétua na vida dos Espíritos. Todos pertencemos à grande família universal, cujos membros são solidários, sendo a fraternidade humana uma decorrência da paternidade Divina.

Além disso, com o Espiritismo, a fraternidade é sinônimo da prática da caridade pregada pelo Cristo. Então, com o sentimento cristão de fraternidade nasce o dever de ajuda recíproca, de melhoria nas relações na vida social e nas instituições, promovendo o bem-estar de todos.

Adicionalmente, os princípios do Espiritismo tornam a fraternidade a pedra angular de uma nova ordem social em que o progresso moral assegura a concórdia, a tolerância, a união, a paz e a felicidade. Assim, os princípios do Espiritismo fortalecem o espírito de fraternidade, derrubando barreiras, preconceitos e antagonismos; estimulando os homens ao bem, a se olharem como irmãos e a se ajudarem mutuamente, visando o progresso material, moral e social.

Nesse contexto inovador e renovador desponta a forte atuação do educador espírita. Este tem o dever de preparar as novas gerações para a prática da fraternidade, dentro dos princípios espíritas que estão contidos nas obras de Allan Kardec. Então, dissemina, com suas técnicas pedagógicas, a fraternidade que melhora a convivência e o relacionamento com os semelhantes em todos os ambientes; aprimora a justiça na sociedade, pois elimina os interesses egoísticos, principalmente nas ações dos agentes econômicos; conscientiza sobre a importância do bom uso das faculdades, do livre-arbítrio e do cumprimento dos deveres morais, por amor a Deus e ao próximo; estabelece a solidariedade que ameniza as provações alheias; volta o educando para a prática do bem e da caridade, com um notável espírito cristão; acaba com os preconceitos de raça, cor, sexo, idade e posição social, pois são insustentáveis dentro dos princípios da reencarnação; e valoriza a realização de serviço útil e desinteressado ao próximo, visando a disseminação da felicidade.

Portanto, a Educação Espírita é o instrumento valoroso que o espírita conta para o afloramento do espírito de fraternidade. Com a expansão do seu domínio, há de imperar a honestidade, a lealdade e a responsabilidade nas relações entre os homens e as nações, implantando e estabelecendo uma nova ordem pautada na cooperação e na assistência mútua.

Em corroboração ao que foi exposto acima, lembremo-nos sempre das palavras sábias do Espírito Bezerra de Menezes, contidas nos Capítulos “Mensagem Fraterna” e “Fraternidade. Fraternidade”, do livro “Veleiro de Luz, psicografado por Maria Cecília Paiva e publicado pela Editora Espiritualista: “Educar a criança, eis o primeiro e grande passo, eis a questão primordial. Educá-la cristãmente, dentro do espírito renovador da Doutrina, com a responsabilidade de seus atos e o conhecimento de seu futuro, mostrando-lhe a necessidade do crescimento espiritual pela disciplina no bem e na luz, no dever bem cumprido e na caridade legítima”. (...) “Se desejas realmente servir ao Cristo, estuda e aprende o verdadeiro sentido da fraternidade”. (...) “Bendito o que aprende o sentido do Evangelho nesta única palavra: fraternidade”.

sábado, 25 de outubro de 2008


BOM COMBATE ESPÍRITA
Geziel Andrade – São Paulo –SP.

“No bom combate, dispomo-nos a lutar
contra nós próprios, assestando baterias de
vigilância em oposição aos sentimentos e
qualidades inferiores que nos deprimem a
alma. (...) O bom combate liberta-nos o espírito para a ascensão aos planos superiores”. (Emmanuel/F.C.Xavier, na mensagem 148 do livro “Palavras de Vida Eterna”).

Realizamos o bom combate, quando servimos à causa do bem, cumprindo os deveres morais assumidos e triunfando sobre as tendências inferiores que nos levam ao sofrimento, à vergonha, ao arrependimento e à reparação.

Realizamos o bom combate, quando esforçamo-nos em vencer os vícios e as mazelas morais, recorrendo às forças e aos poderes da educação religiosa, moral e espiritual.

Realizamos o bom combate, quando trabalhamos no auto-aperfeiçoamento das faculdades da alma, no fortalecimento do senso moral, na sustentação das energias íntimas, na renovação da esperança, da coragem e da dignidade pessoal, adquirindo experiências e o poder de enfrentar e vencer as lutas evolutivas, as enfermidades, as missões e as provas difíceis da jornada terrena.

Realizamos o bom combate, quando extinguimos as trevas da ignorância em nossa alma, fazendo brilhar nela a luz do conhecimento e da sabedoria, aliada à do amor e da bondade.

Realizamos o bom combate, quando empunhamos as armas do amor fraterno, da solidariedade e da benevolência para beneficiar o próximo em seu cotidiano e edificar as boas obras que garantem um futuro melhor para aqueles que enfrentam situação aflitiva na caminhada evolutiva.

Não há trégua nesse bom combate, que exige sempre disciplina, discernimento, bom aproveitamento do tempo, equilíbrio, persistência, paciência e vigilância. Mas, com certeza, um dia, ouviremos na alma o hino glorioso da vitória.

Então, com a paz na consciência decorrente desse bom combate travado; com os resultados benéficos da aplicação da sabedoria e da exteriorização do amor; com a felicidade de ter progredido e conquistado a alegria e a saúde; e com a satisfação de ter feito o bem e sido útil ao próximo, seremos coroados com as bem-aventuranças que estão reservadas aos que lutaram dignamente na conquista de um modo superior de vida.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


ALLAN KARDEC. Codificador do Espiritismo. Seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Nasceu em Lion, na França, em 03 de outubro de 1804. Tornou-se um educador de renome, com muitos livros didáticos publicados. Casou-se com a professora Amélie Gabrielle de Lacombe Boudet, em 06 de fevereiro de 1832. A partir de maio de 1855, após assistir a uma sessão de manifestação física dos Espíritos, passou a dedicar-se ao estudo perseverante dos fenômenos espíritas. Publicou, em 18 de abril de 1857, a primeira edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, com o pseudônimo de Allan Kardec, contendo os princípios do Espiritismo. A partir de 01 de janeiro de 1858, passou a publicar a REVISTA ESPÍRITA. Em 01 de abril de 1858, fundou a SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS. Em 1858, publicou o livro INSTRUÇÃO PRÁTICA SOBRE AS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS, o qual, revisto e ampliado, tornou-se, em 1861, O LIVRO DOS MÉDIUNS. Em abril de 1864, lançou o livro IMITAÇÃO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, o qual, revisto e ampliado, em 1865, tornou-se O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Publicou, em agosto de 1865, o livro O CÉU E O INFERNO OU A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO. Publicou em janeiro de 1868, o livro A GÊNESE. Faleceu em 31 de março de 1869, em meio aos preparativos para a mudança de endereço. Ao atender um comprador da Revista Espírita, caiu fulminado pela ruptura de um aneurismo da aorta. Em 1890, alguns de seus textos inéditos foram publicados no livro OBRAS PÓSTUMAS.

BOM ÂNIMO ESPÍRITA
Geziel Andrade -São Paulo -SP.
O convite ao bom ânimo é milenar. Na Bíblia, encontramos: “Esforça-te e tem bom ânimo; não te atemorizes, porque o Senhor, teu Deus, está contigo”. (Josué: 11:9). “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração”. (Salmo 27:14).

No Novo Testamento, temos: “Em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, porque eu venci o mundo”. (João: 16:33). “Tem bom ânimo, a tua fé te curou”. (Mateus, 9:20). “Exorto-vos a que tenhais bom ânimo”. (Atos 27:22). “Cheios de bom ânimo, temos mais vontade de estar presentes ao Senhor”. (Coríntios 2, 5: 6 a 8).

Na mensagem espírita consoladora, pregada desde Allan Kardec, constatamos a reafirmação desse convite tão gratificante: bom ânimo ante a adversidade, a aflição e os desafios da vida para vencê-los; bom ânimo para renovar as forças íntimas; bom ânimo para manter a saúde e a fortaleza mental; bom ânimo na prática do bem e no cumprimento dos deveres morais para merecer a paz na consciência; bom ânimo na atitude mental para mantê-la elevada, exteriorizando otimismo através das palavras e ações nobres; bom ânimo para atingir a concretização dos sonhos e ideais; bom ânimo para manter a coragem viva, a esperança acessa e o contentamento visível; bom ânimo para atingir sucesso no empreendimento que melhora a vida própria e alheia; bom ânimo na prática da caridade por pensamentos, palavras e ações; bom ânimo no serviço útil aos familiares e aos semelhantes...

Sustentar sempre o ânimo firme. Esse é o convite que nos chega e que devemos aceitar de bom grado no meio espírita. Com o bom ânimo ativado, difundimos hoje e sempre a glória da verdade evangélica e doutrinária; espalhamos o bem; persistimos nas atividades nobres que geram o progresso material e espiritual; esforçamo-nos em educar e aprimorar as faculdades da alma; e damos o bom exemplo de trabalho edificante, atestando a nossa confiança no Senhor.