sexta-feira, 24 de abril de 2009

"O LIVRO DOS MÉDIUNS": EXISTEM ESPÍRITOS?


"O LIVRO DOS MÉDIUNS”: PRINCIPAIS LIÇÕES CONTIDAS NA PRIMEIRA PARTE: NOÇÕES PRELIMINARES; CAPÍTULO 1: EXISTEM ESPÍRITOS?


Geziel Andrade

A existência dos Espíritos, como princípio inteligente do Universo, independe da matéria. Ela é demonstrada de forma experimental pelo Espiritismo, através dos fatos espíritas e fenômenos mediúnicos. Estes são promovidos pelas almas dos homens que habitaram a Terra e que constituem um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos sem perceber. Assim, constantemente, estamos rodeados pelos Espíritos.

As almas dos homens mantêm a sua consciência e individualidade ao sobreviverem à morte do corpo material. A existência delas está evidente nas manifestações e comunicações dos Espíritos, servindo-se de pessoas dotadas de faculdade mediúnica.

As almas daqueles que viveram na Terra não sofrem penas ou recebem recompensas em lugares circunscritos ou determinados do espaço, chamados de céu ou inferno. Elas carregam, em seu mundo íntimo, a felicidade ou a desgraça que promoveram para si mesmas com as suas condutas morais boas ou más. Assim, onde estiverem, desfrutam das conseqüências espirituais de seus méritos ou de suas más ações.

As almas daqueles que foram homens de bem se reúnem com outras almas afins, de acordo com o grau de pureza espiritual que já alcançaram. Assim, aumentam seu estado de felicidade junto daqueles que praticaram boas obras na vida terrena. Elas possuem percepções e visões inacessíveis às almas mais grosseiras e vivem empreendendo esforços para se melhorarem ainda mais e para conquistarem graus mais elevados na hierarquia espiritual.

Os Espíritos chamados de anjos são as almas humanas que já chegaram ao grau supremo da perfeição. Pelas leis de Deus, todos os Espíritos podem chegar a esse grau, mais ou menos rapidamente, dependendo dos esforços que fazem para se melhorarem e da boa vontade que empregam para progredirem intelectual, moral e espiritualmente, nas sucessivas reencarnações, na Terra ou em outros mundos habitados.

Os anjos são os mensageiros de Deus. Eles estão incumbidos de zelar pela execução dos Seus desígnios em todo o Universo, e são felizes com essa missão gloriosa. Assim, levam uma vida útil e ativa.

Os Espíritos denominados erroneamente de demônios são as almas das criaturas humanas que foram más na Terra. Elas não estão eternamente perdidas. Podem progredir, pela expiação e reparação dos erros cometidos, e chegarem, através das inúmeras reencarnações, como as outras, no mais alto grau de pureza espiritual, graças à justiça e à bondade de Deus. Isto está coerente com a razão mais exigente; com a lógica mais rigorosa; e com o bom senso mais elevado.

Portanto, as almas dos homens são os Espíritos. Em outras palavras, os Espíritos são as almas humanas despojadas do seu invólucro corporal.

Disso decorre que a alma é o ser inteligente e pensante. Ela estava unida a um corpo material e sobreviveu à sua morte. Assim, o corpo material não era mais do que um acessório, um invólucro, uma roupagem do Espírito imortal. Dessa forma, a alma é o elemento principal no ser humano, por deter todas as faculdades e sobreviver à morte do seu envoltório formado de matéria densa, pelas leis da reprodução.

As manifestações e as comunicações dos Espíritos, ocorridas em todos os tempos da história da humanidade, dão provas positivas da existência e da sobrevivência da alma à morte do corpo físico. Então, ela passa a povoar o espaço do mundo espiritual, que é invisível para o homem, podendo ir a toda parte.

No mundo invisível, o Espírito possui um corpo espiritual, um envoltório permanente e semimaterial chamado de perispírito. É ele que permite o Espírito agir no mundo espiritual e ligar-se ao corpo material no momento da sua encarnação. Esse envoltório fluídico, por conservar a mesma forma e aparência humana do corpo material, permite a identificação e o reconhecimento do Espírito no mundo espiritual.

Dessa forma, o perispírito torna o Espírito um ser real, limitado e circunscrito. Só lhe falta ser visível e palpável para que o Espírito se assemelhe às criaturas humanas.

O fato do perispírito ser invisível e formado de matérias ou fluidos sutis, não impede que o Espírito aja sobre a matéria densa. Por ser semimaterial e possuir algumas propriedades da matéria, o Espírito age sobre a matéria com seus fluidos rarefeitos, como a eletricidade e os gazes imponderáveis conseguem mover motores pesados.

Em decorrência do que foi exposto acima, o Espiritismo tem por base a existência de Deus, que é o criador de todas as coisas; e a existência da alma ou do Espírito, que possui um corpo espiritual, chamado de perispírito.

Como os Espíritos podem estar em toda parte, podem comunicar-se com os homens, que são Espíritos encarnados, ou seja, revestidos de um corpo material.

Assim, os Espíritos permutam pensamentos com os homens; visitam aqueles que amaram durante a vida terrena; e se comunicam com os que mantêm afeições, servindo-se das faculdades mediúnicas que estão ao seu dispor.

O Espiritismo, estudando as manifestações e comunicações dos Espíritos, por fatos espíritas averiguáveis e por raciocínios lógicos, dá provas incontestáveis de que o ser inteligente e pensante, que habitou o corpo humano durante a vida terrena: mantém todas as suas faculdades após a morte; continua a pensar e a amar os familiares, parentes e amigos que teve na existência corporal; deseja estar ao lado e se comunicar com aqueles que lhe foram pessoas queridas; pode agir, com seu corpo fluídico e semimaterial, chamado de perispírito, sobre a matéria densa e sobre o ser humano dotado de faculdade mediúnica, para transmitir-lhe seus pensamentos, fazê-lo escrever e responder às perguntas que lhe forem dirigidas.

As provas dessas realidades espirituais, dadas pelo Espiritismo, estão abertas a todos. Os que não crêem nelas e combatem a Doutrina Espírita, não oferecem provas evidentes em contrário. Simplesmente negam os fenômenos e fatos espíritas, dizendo que pensam que eles são falsos; que as manifestações e comunicações dos Espíritos são impossíveis; e que os espíritas estão equivocados em seus raciocínios.

Àqueles que dizem: “Não creio, porque acho impossível”, o Espiritismo, por sua vez, oferece provas consistentes e necessárias de que os fenômenos espíritas são possíveis e reais.

ENTREVISTA DE GEZIEL ANDRADE


ENTREVISTA DE GEZIEL ANDRADE
A maravilhosa EDITORA EME, de Capivari-SP, surgida há 27 anos, tornou-se um dos acontecimentos mais importantes e marcantes no Movimento Espírita.
Graças aos trabalhos sérios, competentes e incessantes de seus diretores e funcionários, e por prestigiar as obras de escritores e médiuns espíritas, já publicou mais de 400 livros espíritas, de todos os gêneros literários, facilitando o entendimento e promovendo a propagação do Espiritismo.
Com o lançamento recente de mais um livro de minha autoria, intitulado PERISPÍRITO: O que os Espíritos disseram a respeito, os diretores dessa valiosa Editora EME publicaram na REVISTA DE LIVROS EME, de maio de 2009, e no endereço www.editoraeme.com.br/geziel, a seguinte entrevista e os seguintes comentários sobre essa obra:
GEZIEL ANDRADE FALA SOBRE SEU NOVO LIVRO: PERISPÍRITO: O que os Espíritos disseram a respeito.

Geziel é filho de uma família tradicionalmente espírita, tendo recebido desde cedo os ensinamentos básicos da Doutrina. Autor dedicado à literatura espírita, encanta a todos com seus textos “redigidos num estilo elegante, direto e, sobretudo, rigorosamente de acordo com a Doutrina Espírita”, segundo o saudoso Jorge Rizzini. Com livros sobre diversos assuntos, todos publicados pela EME, está agora lançando sua décima sexta obra, o livro Perispírito: o que os espíritos disseram a respeito. Entrevistamos Geziel para saber um pouco mais sobre seu novo livro.
EME: Você vem de uma família tradicionalmente espírita. O que diria aos pais espíritas que, utilizando como argumento o livre-arbítrio, não iniciam seus filhos nos conhecimentos espíritas?GEZIEL: No meu caso particular, nunca fui forçado a aceitar a Doutrina Espírita. Os bons exemplos de meus avós e de meus pais falaram em favor e me conduziram ao Espiritismo. Suas atividades, seus trabalhos e suas conversas sobre temas espíritas, além dos livros espíritas espalhados por todos os cantos da casa, estimularam-me a conhecer, a participar e a me integrar livremente, como acompanhante, no movimento espírita. Penso que os bons exemplos dos pais espíritas, bem como o envolvimento deles no centro espírita, estimulam naturalmente os filhos a procurar e a participar de boa vontade no Espiritismo.
EME: Em seu livro Equilíbrio íntimo pelo Espiritismo encontramos orientações de como superar nossos vícios. Qual atitude considera primordial para quem está nessa batalha ‘contra si mesmo’?GEZIEL: Só existe um caminho: dilatação da consciência acerca das consequências dos vícios para o corpo material, o perispírito e a alma, tanto na vida terrena, quanto na vida além-túmulo; e educação da vontade, fortalecendo-a para adotar, com persistência e esperança, as atitudes e condutas que fazem o bem para si mesmo. Nessa tarefa pessoal, que deve ser cumprida com força de vontade, a Doutrina Espírita presta valiosas orientações e contribuições, ajudando as pessoas que estão em luta para obter a libertação. Mas, essa conquista é pessoal, como foi a decisão de se envolver com os vícios, cedendo ou não às influências nefastas de espíritos encarnados ou desencarnados.
EME: Em função dos ensinos contidos no seu livro Doenças, cura e saúde à luz do Espiritismo, é possível curar o corpo, tratando apenas o espírito?GEZIEL: Não. Aprendemos na Doutrina Espírita que uma doença pode ter origem no corpo material, no perispírito ou na alma. Se a origem da enfermidade for no corpo material, a medicina promove a cura com remédios ou cirurgias. Se a causa da enfermidade estiver: nos desequilíbrios decorrentes do mau uso das faculdades da alma, com reflexos no perispírito e no corpo material; nas expiações de faltas cometidas em vida passada ou mesmo na vida presente; ou nas influências fluídicas nefastas de Espíritos obsessores, perturbadores ou maus, a terapêutica espírita e os tratamentos espirituais no centro espírita colaboram em muito na obtenção da cura, subsidiando os tratamentos médicos.
EME: Em seu livro Allan Kardec e a mediunidade você trata do desenvolvimento da mediunidade. Você possui alguma mediunidade desenvolvida?GEZIEL: Não. Jamais senti qualquer influência ostensiva por parte dos espíritos, a ponto de poder servir de intermediário para as suas manifestações ou comunicações. Mas, com certeza, sinto-me em constante sintonia mental com eles, recebendo conselhos, inspirações e ideias que orientam as minhas atitudes, condutas e realizações no cotidiano.
EME: Como você escolhe o tema de seus livros?GEZIEL: Os temas dos primeiros livros surgiram em minha mente e os capítulos ficaram prontos numa elaboração mental, à medida em que fui estudando, aprendendo e participando do Espiritismo. O trabalho foi apenas de passá-los para o papel, aperfeiçoá-los e apresentá-los ao editor. Evidentemente, as minhas experiências profissionais e acadêmicas ajudaram-me muito nisso. Atualmente, eu realizo estudos espíritas de temas que tenho interesse ou dúvidas, como, por exemplo, nos casos da música celeste e sua influência na música terrena e do perispírito. Depois vou transformando o resultado obtido em livro. Também recebo sugestões valiosas e interessantes de meu editor, abrindo-me o caminho para novos livros. Mas confesso que a elaboração de um livro é um processo mental complexo, que sempre surpreende o próprio autor.
EME: As informações dos espíritos sobre o perispírito, depois de Allan Kardec, são diferentes das contidas nas obras básicas?GEZIEL: De forma alguma. Na primeira parte do livro, apresentei todas as revelações dos espíritos acerca do perispírito, feitas a Allan Kardec. Nas demais partes, comparei essas informações com as fornecidas pelos espíritos depois de Allan Kardec. Constatei uma perfeita coincidência e consistência entre elas. Nas revelações mais recentes, percebemos apenas um detalhamento maior das revelações, mas corroborando as que foram feitas no início do Espiritismo.
EME: Você considera que, ainda hoje, as obras clássicas da Doutrina apresentam grande contribuição para o estudo de temas importantes como o do seu livro?GEZIEL: Qualquer estudo espírita fica inconsistente e desmorona como castelo de areia se não partir de Allan Kardec, Léon Denis, Camille Flammarion, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano. Por isso, sempre começo os meus estudos analisando as informações contidas nos livros desses autores.
EME: Você considera que os espíritas já aproveitaram todo o conhecimento existente nas obras de André Luiz, ou ele ainda é um grande desconhecido?GEZIEL: Tomando como exemplo o caso do meu livro acerca do perispírito, vemos que as revelações feitas pelo espírito André Luiz são tão abundantes, que exigem que os espíritas dediquem muito tempo ainda na análise detalhada, tentando absorver todo o conhecimento oferecido e todas as suas nuanças e aplicações.
EME: Quando o espírito está encarnado, qual a utilidade do perispírito?GEZIEL: É exatamente para nós, os Espíritos encarnados, que o estudo do perispírito tem maior importância e valor, pelas influências que ele exerce tanto sobre a alma, quanto sobre o corpo material. E as lições do Espiritismo sobre o assunto são tão valiosas, que conseguimos colocar a nosso favor todas as suas funções, propriedades e características.
EME: Se o corpo do espírito encarnado apresentava alguma deficiência física ou mental, após a morte essa deficiência permanece no perispírito?GEZIEL: Pode permanecer, se o espírito encarnado não fizer bom aproveitamento moral de sua jornada terrena, a ponto de não expiar os erros cometidos em vida passada ou na presente, nem reparar as suas características que levam à transgressão das leis de Deus. A enfermidade pode aparecer no perispírito dos espíritos que tiveram um corpo material sadio, pelas mesmas razões acima. Isso está claro desde as obras de Allan Kardec, nos assuntos que tratam das doenças, deformidades e mutilações no perispírito.
EME: Qual o papel do perispírito na mediunidade?GEZIEL: A mediunidade existe graças à existência do perispírito tanto no espírito encarnado, quanto no desencarnado. Ele é o elo comum que permite a ligação e a comunicação entre eles. O espírito, atuando com o seu perispírito sobre o perispírito do médium, consegue promover todas as manifestações físicas e inteligentes que constam nos livros espíritas, desde Allan Kardec.
EME: Como o Espiritismo pode colaborar com a sociedade na superação dos problemas?GEZIEL: O Espiritismo é concessão de Deus para que consigamos promover o progresso moral da humanidade e elevar a condição da Terra na hierarquia dos mundos habitados. A nós espíritas cabe a tarefa de promover a educação moral dos homens, desde a infância, atuando no centro espírita e no movimento espírita; e de exemplificar as condutas morais elevadas no lar, no trabalho e na sociedade. Dessa forma, a superação dos problemas humanos surgirá naturalmente com a disseminação da educação espiritual e do progresso moral.
EME: Deixe um comentário final sobre o livro.GEZIEL: Foi um dos estudos espíritas mais gratificantes que realizei. O aprendizado foi enorme. As lições dos espíritos sobre o assunto foram inesquecíveis. As minhas reflexões ampliaram em muito o estado de minha consciência acerca das complexas realidades espirituais. Foi um trabalho que transformou a minha vida, tornando-a melhor compreendida e vivida.
MAIS RECENTE LANÇAMENTO SOBRE PERISPÍRITO ATRAI INICIANTES E ESTUDIOSOS. PERISPÍRITO: O QUE OS ESPÍRITOS DISSERAM A RESPEITO TRAZ GRANDE CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DE UM DOS MAIS IMPORTANTES ASSUNTOS ESPÍRITAS.

Merecem destaque as revelações transmitidas pelo espírito André Luiz, por meio dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, mostrando a importância dessas obras, tão comentadas no meio espírita, mas ainda pouco conhecidas em sua essência.

Reunindo as revelações em temas específicos, o autor aplicou na pesquisa o método de Allan Kardec do controle universal do ensinamento dos espíritos. E percebeu que “foi possível, então, ressaltar os pontos relevantes e apontar os resultados coincidentes obtidos. Isso levou a profundas reflexões sobre as conseqüências das atitudes e das ações em nosso próprio ser e em nossa vida. Os depoimentos claros, amplos e minuciosos prestados pelos espíritos confirmaram-se mutuamente e complementaram-se maravilhosamente. Isso demonstrou, mais um vez, a solidez do método espírita, que permite o estabelecimento de princípios doutrinários de modo preciso, seguro e confiável”.

O estudo do perispírito é um dos mais importantes para a compreensão da realidade espiritual. O livro de Geziel, em perfeita sintonia com os objetivos de divulgação da Editora EME, se destaca por trazer os temas em forma de perguntas e respostas, possibilitando que os iniciantes da Doutrina Espírita estudem o assunto de forma objetiva, e que os que já estudam possam acompanhar claramente a concordância das revelações, nas principais obras espíritas desde Allan Kardec.

Além das questões científicas, para a compreensão da forma e da natureza, bem como das funções e propriedades do perispírito, o autor destaca as importantes questões morais que ressaltaram na sua pesquisa.

Analisando, por exemplo, a obra O Problema do Ser, do Destino e da Dor, do filósofo espírita Léon Denis, Geziel transcreve o seguinte trecho: “As ações repetidas dos pensamentos e da vontade exercem ação constante sobre o perispírito. As boas ações vão transformando o perispírito, pouco a pouco, num organismo sutil e radiante, aberto às mais altas percepções, às sensações mais delicadas da vida do espaço, capaz de vibrar harmonicamente com espíritos elevados e de participar das alegrias e impressões do infinito. As más ações dão, ao perispírito, forma grosseira e opaca, acorrentada à Terra por sua própria materialidade e condenada a ficar encerrada nas baixas regiões do mundo espiritual.”

Mais do que conhecer, é necessário praticar os ensinamentos da Doutrina Espírita em todo o nosso dia a dia. Geziel transparece essa necessidade quando conclui: “Com o Espiritismo, não nos faltam provas abundantes de que a Justiça Divina existe e funciona com perfeição, sendo o perispírito, conforme vimos neste estudo, um instrumento que recompensa as conquistas, atitudes, ações e obras de cada espírito. Portanto, cabe-nos empreender esforços para que estejamos harmonizados com as leis divinas, de forma que a Justiça nos recompense com os bons resultados de nossa dedicação ao bem e da realização das boas obras.”

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"O LIVRO DOS ESPÍRITOS": PROLEGÔMENOS


“O LIVRO DOS ESPÍRITOS”: PROLEGÔMENOS. PRINCIPAIS LIÇÕES.

Geziel Andrade

“A Doutrina dos Espíritos é um novo edifício que vai reunir os homens num sentimento de amor e caridade”.

Allan Kardec, no longo prefácio dos princípios gerais da Doutrina Espírita, ressaltou que as manifestações e comunicações dos Espíritos revelam a ação de uma vontade livre e inteligente. É mais uma prova de que todo efeito inteligente tem uma causa ou força inteligente.

A causa dos fenômenos espíritas, uma vez interrogada sobre a sua natureza, declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais. Tratava-se da manifestação da alma dos homens, despojada do corpo material pelo fenômeno da morte, a revelar a Doutrina dos Espíritos.

Portanto, as comunicações estabelecidas com os Espíritos, através dos médiuns, não eram sobrenaturais. Eles eram as almas dos homens vindo anunciar que os tempos marcados pela Providência para a sua manifestação universal tinham chegado. Os Espíritos, como ministros de Deus e agentes de Sua vontade, cumpriam a missão de instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração moral da Humanidade.

“O Livro dos Espíritos” reuniu, então, os ensinamentos dados pelos Espíritos superiores, através de diferentes médiuns. Sua elaboração obedeceu a ordem desses Espíritos, visando estabelecer os fundamentos de uma nova filosofia racional, isenta dos prejuízos de qualquer espírito de sistema.

“O Livro dos Espíritos”, dessa forma, tornou-se a expressão do pensamento de diversos Espíritos superiores que viveram em diferentes épocas na Terra, pregando e praticando a virtude e a sabedoria.

COMENTÁRIOS DOS PARÁGRAFOS DA MENSAGEM QUE OS ESPÍRITOS SUPERIORES DIRECIONARAM A ALLAN KARDEC, ORIENTANDO-O A ESCREVER E PUBLICAR “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”:
· “Ocupa-te, com zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, porque esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases do novo edifício que se eleva e um dia deverá reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade; mas, antes de o divulgares, revê-lo-emos juntos a fim de controlar todos os detalhes”. Allan Kardec, com zelo e perseverança, e sob a orientação dos Espíritos superiores, erigiu o novo edifício chamado Espiritismo, para reunir os homens num sentimento de amor e caridade.
· “Estaremos contigo sempre que o pedires, para te ajudar nos demais trabalhos, porque esta não é mais do que uma parte da missão que te foi confiada e que um de nós já te revelou”. Allan Kardec, aliado aos Espíritos superiores, cumpriu paulatinamente a missão que lhe foi confiada. Então, estabeleceu a Doutrina dos Espíritos na Terra.
· “Entre os ensinamentos que te são dados, há alguns que deves guardar somente para ti, até nova ordem; avisaremos quando chegar o momento de os publicar. Enquanto isso, medita-os, a fim de estares pronto quando te avisarmos”. Allan Kardec usou de extrema sabedoria e prudência ao publicar, no momento certo, as revelações inéditas e revolucionárias que lhe foram confiadas pelos Espíritos superiores. Assim, edificou o novo edifício com bom senso e segurança.
· “Porás no cabeçalho do livro, o ramo de parreira que te desenhamos porque é ele o emblema do trabalho do Criador. Todos os princípios materiais que podem melhor representar o corpo e o Espírito nele se encontram reunidos: o corpo é o ramo; o Espírito é a seiva; a alma ou o espírito ligado à matéria é o bago. O homem quintessencia o Espírito pelo trabalho e tu sabes que não é senão pelo trabalho do corpo que o espírito adquire conhecimentos”. Allan Kardec apresentou o emblema acima publicado, que foi elaborado pelos Espíritos superiores retratando a obra de Deus. Ele representa o Espírito ligado ao corpo material para trabalhar e progredir; expressa o trabalho indispensável ao aperfeiçoamento do Espírito pelas experiências e pelos conhecimentos que são adquiridos.
· “Não te deixes desencorajar pela crítica. Encontrarás contraditores encarniçados, sobretudo entre as pessoas interessadas em trapaças. Encontrá-los-ás mesmo entre os Espíritos, pois aqueles que não são completamente desmaterializados procuram, muitas vezes, semear a dúvida, por malícia ou por ignorância. Mas prossegue sempre; crê em Deus e marcha confiante: aqui estaremos para te sustentar e aproxima-se o tempo em que a verdade brilhará por toda parte”. Allan Kardec enfrentou muitos percalços no comprimento de sua missão, mas com coragem, perseverança, fé em Deus, confiança em si mesmo e apoio dos bons Espíritos, cumpriu a sua tarefa com sabedoria e nobreza moral e espiritual.
· “A vaidade de certos homens, que crêem saber tudo e tudo querem explicar à sua maneira, dará origem a opiniões dissidentes; mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão no mesmo sentimento de amor ao bem e se unirão por um laço fraterno que envolverá o mundo inteiro; deixarão de lado as mesquinhas disputas de palavras para somente se ocuparem das coisas essenciais. E a doutrina será a mesma, quanto ao fundo, para todos os que receberem as comunicações dos Espíritos superiores”. Allan Kardec adotou os princípios da Doutrina de Jesus para estabelecer as bases morais do Espiritismo, valorizando a prática das virtudes do amor e da fraternidade, que unem os homens e estabelecem a concórdia e a paz. Assim, o novo edifício ganhou bases sólidas e unidade em seus fundamentos.
· “É com perseverança que chegaremos a recolher o fruto dos teus trabalhos. A satisfação que terás vendo a doutrina propagar-se e bem compreendida, será para ti uma recompensa cujo valor total conhecerás, talvez, mais no futuro do que no presente. Não te inquietem pois, os espinhos e as pedras que os incrédulos ou os maus espalharão no teu caminho; conserva a confiança; com ela chegarás ao alvo e merecerás sempre a nossa ajuda”. Allan Kardec fortaleceu-se e sentiu-se altamente recompensado com o desenvolvimento de seus trabalhos perseverantes. Jamais lhe faltou a ajuda dos bons Espíritos para a propagação da Doutrina e para fazê-la compreendida e aceita em seus princípios por parte do público. Assim, viu a Doutrina Espírita ser estabelecida em bases sólidas e conquistar adeptos em todas as partes do mundo.
· “Lembra-te de que os Bons Espíritos só assistem aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e repudiam a qualquer que procure, no caminho do céu, um degrau para as coisas da Terra; eles se afastam dos orgulhosos e dos ambiciosos. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira entre o homem e Deus; são um véu lançado sobre as claridades celestes e Deus não pode servir-se do cego para fazer que compreendamos a luz”. Allan Kardec serviu a Deus e aos Espíritos superiores com humildade e desinteresse material. Assim, contou com a assistência dos Espíritos superiores para o cumprimento de sua difícil missão.
· “São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc. etc. ” Estes foram os Espíritos sábios e virtuosos que apoiaram e ajudaram Allan Kardec. Assim estabeleceu o Espiritismo na Terra, abrindo a era do Espírito para a Humanidade.

LEITURA COMPLEMENTAR SUGERIDA: Prezado leitor, não deixe de ler a Segunda Parte do livro “Obras Póstumas”. Ela contém textos escritos pelo próprio Allan Kardec, a respeito de sua iniciação no Espiritismo, seu Guia espiritual, sua missão, e da realização de suas obras.

domingo, 5 de abril de 2009

PERISPÍRITO: O QUE OS ESPÍRITOS DISSERAM A RESPEITO


PERISPÍRITO: O que os Espíritos disseram a respeito

APRESENTAÇÃO
Geziel Andrade

A Editora EME de Capivari-SP http://www.editoraeme.com.br/ lançou em março de 2009 o livro novo de minha autoria intitulado PERISPÍRITO: O que os Espíritos disseram a respeito.

Contém as revelações importantes que os Espíritos fizeram a respeito do perispírito, desde Allan Kardec, bem como as conclusões a que conduziram. Tudo foi reunido, de um modo objetivo, claro e acessível, nesse livro, dividido em quatro partes.

Na Primeira Parte, para efeito didático, foram concentradas as revelações extraordinárias que Allan Kardec obteve dos Espíritos, através de diferentes médiuns.

Depois de Allan Kardec, muitas outras revelações sobre o corpo fluídico foram sendo gradualmente feitas pelos próprios Espíritos, em várias épocas e localidades, servindo-se de médiuns que se notabilizaram no Movimento Espírita. Isso permitiu que os valiosos conhecimentos sobre o perispírito fossem sendo corroborados e expandidos. Eles estão compilados, de uma forma criteriosa, na Segunda Parte do trabalho.

Já na Terceira Parte deste estudo, foram reunidas as inúmeras revelações sobre o perispírito feitas pelo Espírito André Luiz. Isto se tornou necessário pela abrangência e ampla dimensão das informações fornecidas, o que enriqueceu sobremaneira essa pesquisa espírita.

Na última parte do trabalho, encontram-se as valiosas conclusões obtidas com esta investigação, dando-nos a completa dimensão do corpo que o Espírito conta na vida espiritual.

Para tratar de um assunto tão complexo, de uma forma fácil e interessante, foram dadas respostas claras às muitas perguntas que surgem a respeito perispírito. Além disso, foram transcritos depoimentos dos próprios Espíritos, ilustrando as muitas qualidades ou características do perispírito.

A abordagem a esse tema tão palpitante tornou-se possível graças à existência de uma extensa bibliografia espírita, que está relacionada no final do trabalho.

Dessa forma, o prezado leitor encontrará no livro as amplas e valiosas contribuições que o Espiritismo presta para o completo entendimento do perispírito, o qual desempenha papéis tão relevantes, tanto na vida do Espírito encarnado, quanto na do desencarnado. Adicionalmente, deparará também com as lições morais que, uma vez praticadas, melhoram a nossa posição na hierarquia espiritual.

O estudo dessa matéria tão importante e fascinante propicia ao leitor um bom aproveitamento intelectual, espiritual e moral.