quarta-feira, 26 de maio de 2010

EDUCAÇÃO DA VONTADE


EDUCAÇÃO DA VONTADE

Geziel Andrade

A educação da vontade é um dos pontos mais importantes da educação espírita.

Ela nos ensina que, antes de tudo, à semelhança de Jesus, devemos colocar a nossa vontade em consonância com a Vontade todo-poderosa de Deus, atendendo às seguintes lições do Mestre:
1. “Seja feita a tua Vontade, assim na terra como nos céus”
2. “Entrará no reino dos céus, aquele que faz a Vontade de meu Pai, que está nos céus”.

Em função disso, o Espírito Emmanuel ensinou-nos o seguinte, no livro “Mensagens Esparsas”, psicografado por Chico Xavier:
“Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos e a Vontade Divina os aproveitará”.

LIÇÕES DE ALLAN KARDEC

Allan Kardec, em sua maravilhosa obra de constituição do Espiritismo, nos legou os seguintes ensinamentos que servem de base para a educação da vontade:
1. “A vontade é o pensamento chegado a um certo grau de energia e tornado força motriz”.
2. “Pela vontade o Espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas se ele tem a força de agir sobre os órgãos materiais, maior deve ser esta força sobre os elementos fluídicos que nos cercam!” (“Revista Espírita” de dezembro de 1868).
3. “A vontade dá aos fluídos espirituais que nos cercam qualidades boas e saudáveis ou más e doentias”. (“Revista Espírita” de março de 1865).
4. “Com a vontade, podemos agir sobre a matéria elementar e, portanto, modificar as propriedades das coisas dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de curar pelo contato e a imposição das mãos, que algumas pessoas possuem num elevado grau”. (Item 131 de “O Livro dos Médiuns”).
5. “Os Espíritos influem sobre o nosso pensamento; conseqüentemente sobre a nossa vontade e a nossa ação”. (Questão 459 de “O Livro dos Espíritos”).
6. “Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal; quando ele o faz, é pela sua própria vontade, e conseqüentemente terá de sofrer as conseqüências.” (Questão 470 de “O Livro dos Espíritos”).

Dessa forma, a educação espírita leva em consideração todos esses fatores, nos permitindo exercer a vigilância sobre os pensamentos e a vontade, determinando as nossas boas ações e promovendo intervenções benéficas sobre os elementos materiais e os fluidos espirituais.

LIÇÕES DE LÉON DENIS

Léon Denis, em sua notável obra de ratificação dos princípios do Espiritismo, legou-nos os seguintes ensinamentos que orientam o nosso esforço na educação da vontade:
1. “A vontade é a faculdade soberana da alma; é a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade”.
2. “Tudo pode a vontade exercida no sentido do bem e de acordo com as leis naturais. Muito também pode para o mal”.
3. “Para regular o nosso adiantamento, preparar o nosso futuro, fortificarmo-nos ou nos rebaixarmos, é bastante fazer uso da vontade”.
4. “O poder da vontade sobre os fluidos é acrescido com a elevação do Espírito”. (Textos extraídos do livro: “Depois da Morte”).
5. “A alma é uma vontade livre e soberana”.
6. “Através da vontade, demonstramos o que guardamos dentro de nós mesmos”.
7. “A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais alto grau de existência”.
8. “A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais”.
9. “O uso persistente, tenaz, da faculdade soberana da vontade permite-nos modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte”. (Textos extraídos do livro: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”).

Com base nesses ensinamentos valiosos de Léon Denis, buscamos o aprimoramento do uso da vontade, difundindo a prática do bem e conquistando a prosperidade em termos materiais, pessoais, morais e espirituais.

LIÇÕES DOS BONS ESPÍRITOS

Aqui no Brasil, tivemos muitas orientações dos bons Espíritos, através de diferentes médiuns, mostrando-nos a importância de educarmos a vontade:
1. “Vigie o pensamento e a vontade, para que se desenvolvam e marchem dentro dos moldes do ilimitado bem e jamais se arrependerá”. (Espírito Ismael Souto, na mensagem “Tudo é Atração”, psicografada por Chico Xavier).
2. “Pela simples má-vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas. Caminhando prudentemente pela simples boa-vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz”. (Espírito Emmanuel, no livro “Pão Nosso”, psicografado por Chico Xavier).
3. “Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja”. (Espírito André Luiz, no livro “Libertação”, psicografado por Chico Xavier).
4. “A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento”. (Espírito Alberto Seabra, no livro “Vozes do Grande Além”, de psicografia de Chico Xavier).
5. “A vontade é a alavanca do destino”. (Espírito André Luiz, no livro “Sol nas Almas”, psicografado por Chico Xavier).
6. “A vontade é sagrado atributo do Espírito, dádiva de Deus a nós outros para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino”. (Espírito Emmanuel, no Cap. 57 do livro “O Espírito da Verdade”, psicografado por Chico Xavier).
7. “A Sabedoria do Universo colocou a vontade em nosso foro íntimo, à guisa de juiz supremo, a fim de que a vontade, em última instância, decida todas as questões que se nos referem à construção do destino”. (Espírito Emmanuel, no “Livro da Esperança”, psicografado por Chico Xavier).
8. “A vontade é o leme de todos os tipos de força, pois governa todos os setores da ação mental. Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do Espírito”. (Espírito Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”, psicografado por Chico Xavier).
9. “Sem a vontade bem direcionada, não há vida saudável. É a vontade que nos permite transformar instintos em sentimentos; hábitos doentios em saúde; e conquistar a beleza e concretizar os ideais humanos”. (Espírito Joanna de Ângelis, no livro “Triunfo Pessoal”, psicografado por Divaldo P. Franco).
10. “Possuis todos os recursos ao alcance da vontade. Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença”. (Espírito Joanna de Ângelis, no livro “Momentos de Felicidade”, psicografado por Divaldo P. Franco).
11. “O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo”. (Espírito André Luiz, no Cap. 32 do livro “O Espírito da Verdade”).

Aprendamos, dessa forma, a controlar a vontade com a educação espírita.

Seguindo essas orientações oportunas dos bons Espíritos, edificamos um modo elevado de pensar e de agir, e criamos o futuro venturoso que tanto almejamos.

A EDUCAÇÃO ESPÍRITA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO DA VONTADE

Em função dessas lições maravilhosas do Espiritismo, a educação espírita preocupa-se com a educação de nossa vontade.

Assim, descobrimos a receita verdadeira para a criação de um destino próspero, alegre, sadio e feliz.

A vontade bem educada, de acordo com os princípios espíritas:
1. Enobrece a personalidade;
2. Desponta as qualidades pessoais dignas;
3. Seleciona as boas companhias que nos influenciam para o bem;
4. Propicia a obtenção de sucesso nos empreendimentos;
5. Melhora as condições mentais, morais e espirituais que sustentam a harmonia íntima, a boa convivência e o bom relacionamento com todos.

Portanto, investindo na educação da vontade, orientados pelo Espiritismo, revelamos:
1. A vontade de viver, mesmo enfrentando as provas e os momentos difíceis, necessários ao aprimoramento da alma;
2. A vontade de vencer os vícios, de corrigir as imperfeições morais e de eliminar as deficiências pessoais, para melhorar o estado da consciência e despontar qualidades melhores;
3. A vontade de fazer o bem e de ser útil ao próximo para praticar um estilo mais elevado de vida;
4. A vontade de trabalhar e de estudar sempre para acelerar o progresso;
5. A vontade de vencer na vida, sem temer as derrotas que servem de experiências;
6. A vontade de crescer em maturidade, tendo profundo respeito pelos semelhantes e tratando-os fraternalmente como irmãos, filhos de Deus em jornada evolutiva na escola terrena;
7. A vontade de criar um destino cada vez mais próspero, alegre, sadio e feliz, tanto na vida presente, quanto na vida futura.

Esta é a educação da vontade propiciada pela educação espírita.

Com ela atraímos ainda a ajuda dos bons Espíritos, como nos ensinou o querido e notável médium Chico Xavier:
“Os Espíritos da luz, quando percebem a nossa boa vontade, nos auxiliam em tudo e... vamos caminhando”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

DEUS: LIÇÕES DE ALLAN KARDEC A RESPEITO


DEUS: LIÇÕES DE ALLAN KARDEC A RESPEITO

Geziel Andrade

Com o notável trabalho de codificação do Espiritismo, Allan Kardec legou-nos as seguintes lições a respeito de Deus:

DEUS É INFINITO EM PERFEIÇÕES E DIRIGE A SUA OBRA DA CRIAÇÃO COM SEUS ATRIBUTOS DIVINOS:
“Desde que não se pode admitir Deus sem o infinito das perfeições, sem a soberana bondade e justiça; desde que se tem sob os olhos, incessantemente, provas de sua solicitude pelas suas criaturas, deve-se pensar que essa solicitude se estende pelas suas obras e que não podia ter falhado na criação dos Espíritos.” (...) “Desde que não se pode conceber Deus sem a perfeição infinita, há que se concluir que o que fez é o melhor. Se ainda não estamos aptos a compreender os seus motivos, certamente, podê-lo-emos mais tarde, num estado de Espírito mais adiantado.” (...) “Não podemos sondar os motivos de Deus, mas podemos observar os efeitos de Suas causas e reconhecer que tudo no Universo é regido por Leis harmônicas, cuja sabedoria e admirável previdência confundem o nosso entendimento.”

DEUS CRIOU OS ESPÍRITOS VOLTADOS AO TRABALHO E ÀS ATIVIDADES INCESSANTES PARA O PRÓPRIO APERFEIÇOAMENTO INTELECTUAL E MORAL, ATÉ QUE ATINJAM A PERFEIÇÃO:
“Se Deus tivesse criado os Espíritos perfeitos, deveria tê-los dotado, desde o instante de sua criação, com a universalidade dos conhecimentos; tê-los-ía isentado de todo trabalho intelectual; mas, ao mesmo tempo, lhes teria tirado toda a atividade que devem desenvolver e pela qual concorrem, como encarnados e desencarnados, ao aperfeiçoamento material dos mundos.” (...) “Por vezes, pergunta-se se Deus não teria podido criar os Espíritos perfeitos, para lhes poupar o mal e todas as suas conseqüências. Sem dúvida, Deus o teria podido, pois é todo-poderoso; e se não o fez, é que, em sua soberana sabedoria, julgou mais útil que fosse de outro modo.”

DEUS PERMITE QUE O ESPÍRITO ATINJA A PERFEIÇÃO ATRAVÉS DAS INÚMERAS EXISTÊNCIAS MATERIAIS:
“Deus, soberanamente justo e bom, concede ao Espírito tantas existências materiais quantas forem necessárias para atingir o seu objetivo, que é a perfeição.”

DEUS MANTÉM EM CONTATO OS ESPÍRITOS DE DIFERENTES GRAUS DE EVOLUÇÃO INTELECTUAL E MORAL PARA QUE TRABALHEM JUNTOS PELO PROGRESSO E EXERCITEM A FRATERNIDADE, A SOLIDARIEDADE E A CARIDADE:
“Deus permitiu que os diferentes graus de desenvolvimento das faculdades do homem se mantivessem em contato a fim de que os mais adiantados pudessem ajudar os mais atrasados a progredir. E também a fim de que os homens, necessitando uns dos outros, compreendam a lei de caridade que os deve unir.” (...) “De tempos em tempos, Deus envia à Terra Espíritos superiores que se encarnam a fim de darem um impulso no progresso, acelerando-o.” (...) “Teria Deus dotado os homens de gênio, que ao nascer trazem faculdades transcendentes e conhecimentos inatos, para cujo desenvolvimento basta um pouco de trabalho, com uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Esta suposição é ilógica, porque acusaria Deus de parcialidade. A única solução racional deste problema está na preexistência da alma e na pluralidade das existências corporais.” (...) “Desde que se admita a solicitude de Deus por suas criaturas, por que não admitir que Espíritos capazes de fazer a humanidade avançar, por sua energia e pela superioridade de seus conhecimentos, não se encarnam pela vontade de Deus, visando ajudar o progresso num determinado sentido? Que recebam uma missão? Tal é o papel dos grandes gênios.”

A JUSTIÇA DE DEUS APLICA-SE A TODOS OS ESPÍRITOS:
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes. Nenhum outro princípio responderia melhor à justiça de Deus. Assim, deu a todos os Espíritos o mesmo ponto de partida, a mesma tarefa a desempenhar para atingir a perfeição.” (...) “Deus não tem favores nem privilégios para nenhuma de suas criaturas. Todos os Espíritos têm um mesmo ponto de partida, e a mesma rota a percorrer, para chegar pelo trabalho à perfeição e à felicidade.”

A JUSTIÇA DE DEUS NÃO FAZ DISTINÇÃO ENTRE O HOMEM E A MULHER:
“Não há duas espécies de almas. Não existe diferença entre a alma do homem e da mulher, senão no corpo material. Assim quis Deus, em sua justiça, para todas as criaturas. Dando a todas um mesmo princípio, fundou a verdadeira igualdade.” (...) “Não existe diferença entre a alma do homem e da mulher, senão no organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Quanto ao Espírito ou à alma, como ser essencial e imperecível, a diferença não existe, porque não há duas espécies de almas.”

A JUSTIÇA DE DEUS SE CUMPRE SEM JAMAIS FALHAR OU ERRAR:
“A justiça de Deus atinge sempre o culpado e, por ser, às vezes, tardia, nem por isso segue menos o seu curso. Se grandes culpados terminam a existência pacificamente e, muitas vezes, na abundância dos bens terrenos, mais cedo ou mais tarde soará a hora da expiação.” (...) “A justiça de Deus jamais falha e, por ser às vezes tardia, nada perde por esperar. Mas, Deus, em sua bondade infinita, jamais condena de maneira irremissível, e sempre deixa aberta a porta do arrependimento. Se o culpado demora a aproveitá-lo, sofrerá por mais tempo”.

A JUSTIÇA DE DEUS NÃO CONTEMPLA PENAS ETERNAS PARA OS ESPÍRITOS CULPADOS:
“A razão repele, como incompatível com a bondade de Deus, a ideia das penas irremissíveis, perpétuas e absolutas, muitas vezes infligidas por uma única falta; repele os suplícios do inferno, que não podem ser abrandados pelo mais ardente e pelo mais sincero arrependimento. A razão se inclina ante a justiça distributiva e imparcial de Deus, que tudo leva em conta e jamais fecha a porta do retorno ao bem.”

A JUSTIÇA DE DEUS, ALIADA À SUA BONDADE E MISERICÓRDIA, NÃO CONDENA UM ESPÍRITO AOS SUPLÍCIOS ETERNOS:
“Deus é soberanamente justo, bom e misericordioso e não condena a suplícios eternos e sem esperança um Espírito por suas faltas temporárias.” (...) “A justiça de Deus se concilia com Sua bondade e Seu amor às criaturas. Ao culpado sempre depende abreviar os seus sofrimentos. A duração do castigo é proporcional à duração do endurecimento no mal.”

A JUSTIÇA DE DEUS ESTÁ SEMPRE ALIADA À BONDADE E À MISERICÓRDIA DIVINAS, PERMITINDO AO ESPÍRITO CULPADO A EXPIAÇÃO E A REPARAÇÃO, EM NOVA EXISTÊNCIA MATERIAL, DOS ERROS COMETIDOS:
“A onipotência, a justiça e a bondade de Deus se conciliam com a possibilidade de deixar o Espírito culpado reparar suas faltas e se erguer através de nova existência material.”

A MISERICÓRDIA DE DEUS É INFINITA:
“Os Espíritos nos dão de Deus uma ideia mais sublime, no-lo apresentando sempre pronto a estender a mão em socorro daquele que reconhece os seus erros, ao qual sempre deixa uma âncora de salvação.”

A JUSTIÇA DE DEUS NÃO FALHA, MAS A BONDADE E A CLEMÊNCIA DE DEUS AMPARAM OS ESPÍRITOS QUE SE ARREPENDEM DOS ERROS COMETIDOS:
“Deus perdoa ao arrependimento dos Espíritos e as penas só serão eternas para os que jamais se arrependerem. Proclamamos, assim, a clemência e a bondade de Deus.”

A JUSTIÇA DE DEUS CUMPRE-SE PARA O ESPÍRITO IMORTAL SEM RESTRIÇÃO DE TEMPO:
“Quem quer que admita um Deus soberanamente justo e bom deve dizer que só agirá com sabedoria, mesmo naquilo que não compreendamos; e que se sofremos uma pena, é porque o merecemos. Se a falta não tiver sido cometida nesta vida, tê-lo-á sido em outra. Assim, a justiça de Deus segue o seu curso.”

A JUSTIÇA DIVINA ABRANGE UMA LARGA DIMENSÃO DO TEMPO:
“Não há uma única infração das Leis de Deus que, mais cedo ou mais tarde, não tenha suas funestas consequências, na Terra ou no mundo dos Espíritos, nesta vida ou na seguinte.”

AS LEIS DE DEUS SÃO IMUTÁVEIS:
“Como leis, as únicas imutáveis são as Leis divinas. Mas as leis humanas, devendo ser apropriadas aos costumes, aos usos, ao clima, ao grau de civilização, são essencialmente mutáveis, e seria mau se assim não o fossem.”

DEUS CONCEDEU AO HOMEM O LIVRE ARBÍTRIO PARA ESCOLHER O CAMINHO DO BEM OU DO MAL, MAS RECEBENDO AS CONSEQUÊNCIAS IMPOSTAS PELA LEI DE CAUSA E EFEITO:
“Deus criou o homem livre para escolher o seu caminho. O homem que tomou o mau caminho o fez por sua vontade e não pode acusar senão a si próprio pelas consequências para si decorrentes.”

AS LEIS DE DEUS DESENCADEIAM CASTIGOS PARA OS VÍCIOS E RECOMPENSAS PARA A PRÁTICA DAS VIRTUDES:
“Não há um vício que não tenha o seu castigo e uma virtude que não tenha sua recompensa, proporcionados ao mérito ou ao grau de culpabilidade, porque Deus leva em conta todas as circunstâncias que possam atenuar o mal ou aumentar o prêmio do bem.”

DEUS AJUDA OS SEUS FILHOS, RESPONDENDO ÀS PRECES, MAS TAMBÉM CADA UM PRECISA AGIR E FAZER O QUE FOR NECESSÁRIO PARA ALCANÇAR O QUE QUER OU NECESSITA:
“Ajuda-te e o céu te ajudará: Deus quer assistir-nos, mas com a condição de que, por nosso lado, façamos aquilo que é necessário”.

A RIGOROSA OBSERVÂNCIA DAS LEIS DE DEUS NOS CONDUZ À FELICIDADE:
“Deus estabeleceu Leis que são inteiramente justas e boas. O homem seria perfeitamente feliz se as observasse escrupulosamente; mas a menor infração a essas Leis causa perturbação cujo contra golpe experimenta. Daí todas as suas vicissitudes. É, pois, ele próprio a causa do mal por sua desobediência às Leis de Deus.”

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REFLEXÕES SOBRE AS LIÇÕES ACIMA APRESENTADAS

De início, gostaria de ressaltar que este artigo deve ser considerado um complemento ao artigo “Principais Lições contidas em O Livro dos Espíritos, Capítulo I: Deus, publicado neste Blog em 07 de julho de 2009.

Portanto, considero que as lições acima apresentadas serão compreendidas melhor se houver, simultaneamente, a leitura do artigo que trata de Deus, no Capítulo I do Livro que constituiu o Espiritismo.

Com os ensinamentos sobre Deus, obtidos por Allan Kardec dos Espíritos superiores, através de diferentes médiuns, a humanidade experimentou um novo salto no entendimento do Senhor do Céu e da Terra, de Seus Atributos, de Suas Leis e da Sua Obra da Criação.

Dessa forma, o Espiritismo complementou os ensinamentos de Jesus a respeito de Deus, adquirindo um maravilhoso aspecto religioso. Com isso, habilitou-nos a entender o Criador de Todas as Coisas e a cumprir, conscientemente, o objetivo desta existência material, que é obter o progresso intelectual e moral que nos permite galgar degraus importantes na verdadeira hierarquia, que é a espiritual.

O Espiritismo, a exemplo de Jesus, coloca Deus acima de todas as coisas. Por isso, nas lições apresentadas, tudo decorre do Pai e Criador de tudo o que existe.

Assim, podemos dizer que a Doutrina Espírita está completamente alicerçada na existência, nos atributos, nas Leis e nas obras de Deus.

Portanto, o Espiritismo tem seus alicerces na mesma base do Cristianismo. Embora isso, dilata ainda mais a nossa consciência a respeito do Pai todo poderoso, como vimos acima.

Além disso, essas lições de Allan Kardec sobre Deus vêm sendo permanentemente corroboradas pelas novas revelações dos bons Espíritos, através de diferentes médiuns, e por muitos estudiosos do Espiritismo.

Léon Denis, com seus notáveis livros, reafirmou todos os conhecimentos espíritas sobre Deus, estabelecidos por Allan Kardec.

Aqui no Brasil, os bons Espíritos, principalmente através da mediunidade de Chico Xavier e de Divaldo Pereira Franco, têm nos descortinado as realidades da vida material e espiritual, colocando Deus acima de tudo, como o Criador e Regente da Obra da Criação, desvendada por Allan Kardec.

Dessa forma, com o entendimento dilatado sobre Deus, propiciado pelo Espiritismo, conhecemos verdadeiramente a nós mesmos e o contexto grandioso em que estamos inseridos.

Assim, buscamos pelo trabalho, boas ações, otimismo e esperança, o progresso intelectual e moral e a conquista que nos cabe fazer da perfeição espiritual e da felicidade irrestrita, que existem na Espiritualidade Superior.