quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A CARIDADE SEM O USO DO DINHEIRO





A CARIDADE SEM O USO DO DINHEIRO

Geziel Andrade

Não precisamos recorrer ao dinheiro para praticar a caridade.

Quando sentimo-nos dispostos a difundir o bem ou estamos conscientes da importância de ser útil a alguém de modo desinteressado, com o bom emprego das faculdades ou habilidades, exercitamos a virtude da caridade que se exterioriza naturalmente em decorrência do amor que cultivamos em nosso sentimento e pensamento.

Desse modo, conseguimos:
·       Pronunciar a palavra que alivia, ensina, consola, aconselha, renova o ânimo e restabelece a esperança nos momentos difíceis.
·       Mostrar o espírito de companheirismo com a prestação do trabalho nobre não remunerado que gera a prosperidade de quem nos cerca.
·       Difundir a bondade, paciência, entendimento, amizade e gentileza nos momentos desagradáveis que podem surgir no ambiente familiar, de trabalho ou social.
·       Relevar mesmo as faltas graves daqueles que ainda desprezam os valores éticos e morais, ofertando-lhes bons exemplos, boas atitudes e condutas, apaziguando conflitos.

Realmente, podemos dispensar o uso do dinheiro para atender voluntariamente o amigo que enfrenta situação constrangedora; o desconhecido que necessita de um gesto de fraternidade ou solidariedade para superar uma dificuldade presente; o familiar ou ente querido que perdeu o equilíbrio íntimo e precisa restabelecer a serenidade e a vontade de trabalhar para progredir.

Desse modo, a caridade sem o uso do dinheiro envolve, geralmente, uma simples oração em favor de alguém; a palavra amiga de orientação ou apoio no momento oportuno; ou a atitude ou ação bondosa que beneficia quem está ao nosso redor.

Lembremo-nos sempre dos exemplos que nos foram legados por Jesus. Sem dinheiro, posses ou propriedades materiais, conviveu e se relacionou de modo digno e fraterno com todos os tipos de pessoas, beneficiando-as com seus ensinos das realidades espirituais, das coisas de Deus e do reino dos céus; suas curas e atos de caridade, impulsionados pelo amor que tinha no coração.

Lembremo-nos de Allan Kardec que nos ensinou que o exercício da moral de Jesus implica na prática da caridade e da humildade; que não podemos amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo.

Por isso, Kardec nos orientou a compatibilizar as nossas atitudes e ações com a máxima: Fora da caridade não há salvação.

A prática da caridade está ao alcance de todos nós, dispensando inclusive o uso do dinheiro.

Ela pode partir tanto da alma do ignorante e do sábio, como do rico e do pobre, do crente e do descrente. Essa prática une os homens, pois gera benefícios, estabelece a paz em qualquer ambiente e abre as portas do bem-estar e da felicidade para homens. A prática dessa virtude deve, portanto, nortear nossos sentimentos, pensamentos e atos, disseminando o bem.

De fato, basta recorrermos aos ensinos e exemplos de Jesus, para o exercício da beneficência. É um engano acomodarmo-nos na posição confortável de esperar pelo progresso moral ou a posse da riqueza material e do dinheiro para a prática do bem, sem qualquer interesse pessoal.

Temos ao nosso dispor modos variados para sermos caridosos. Basta, muitas vezes, agirmos espontaneamente de modo fraterno no cotidiano; sermos humildes e prestativos no trato com as pessoas no cotidiano. Para isso, só precisamos recorrer à disposição, iniciativa, vontade, criatividade e gentileza.

É assim que disseminamos o bem; beneficiamos os semelhantes, sem o uso de qualquer recurso monetário.