quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO": NASCER DE NOVO


PRINCIPAIS LIÇÕES CONTIDAS EM “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”, CAPÍTULO IV: NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS, SE NÃO NASCER DE NOVO

Imagem: João Batista e Jesus sendo batizado. Fonte: Google imagens.

Geziel Andrade

A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição.

Os judeus acreditavam que um homem que viveu podia reviver, mas não sabiam com precisão a maneira pela qual esse fato podia ocorrer.

Eles tinham noções vagas e incompletas da ressurreição, porque suas idéias eram imprecisas acerca da alma e da sua ligação com o corpo material.

Apenas os Saduceus não acreditavam na ressurreição, porque eles eram materialistas: pensavam que tudo acabava com a morte.

A ressurreição supõe o retorno da alma à vida do corpo material que morreu há muito tempo. Esse fato é materialmente impossível, porque os elementos que formavam esse corpo já estão, desde muito tempo, dispersos e absorvidos na Natureza.

Assim, a ressurreição se aplica apenas ao caso de Lázaro que foi ressuscitado por Jesus.

A crença dos judeus na volta do Espírito à vida material pode ser constatada na seguinte passagem evangélica, em que Jesus perguntou aos seus discípulos quem diziam que ele era:

Jesus, chegando aos arredores de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Que dizem os homens sobre o Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?

E eles responderam: Uns dizem que és João Batista, outros que és Elias, outros ainda que és Jeremias ou algum dos profetas.

Jesus lhes disse: E vós, quem dizeis que eu sou?

Simão Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Tu és o Cristo, filho do Deus vivo.

Jesus lhe respondeu: Tu és bem-aventurado, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas meu Pai que está nos céus. (Mateus, cap. XVI, 13 a 17; Marcos, cap. VIII, v. de 27 a 30.)

A crença na volta do Espírito a um corpo material está ainda confirmada na seguinte passagem evangélica, que envolve João Batista, Elias e os antigos profetas:

“Uns diziam que João tinha ressuscitado dos mortos, outros que Elias tinha reaparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas tinha ressuscitado”. (Marcos, cap. VI, v. 14 e 15; Lucas, cap. IX: v. 7 a 9.)

Porém, o Espiritismo denomina de reencarnação o retorno da alma ou do Espírito à vida corporal, em um outro corpo formado por ele, que nada tem em comum com o antigo corpo material.

A aceitação de Jesus da volta do Espírito a um novo corpo material pode ser constatada na seguinte passagem evangélica, em que o Cristo fala claramente da reencarnação do profeta Elias, na pessoa de João Batista:

(Após a transfiguração.) Seus discípulos interrogaram-no e lhe disseram: Por que os escribas dizem que é preciso que Elias venha primeiro?

Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias deve vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio, e não o conheceram, e o trataram como quiseram. Assim também farão sofrer o Filho do Homem.

Então os discípulos compreenderam que era de João Batista é que ele lhes falara. (Mateus, cap. XVII, v. 10 a 13; Marcos, cap. IX: 10 a 12.)

Dessa forma, o Espírito de Elias havia renascido em um novo corpo material; teve pai e mãe conhecidos; assumiu o nome de João Batista; viveu como criança, se tornou adulto e cumpriu a sua missão religiosa.

Uma nova encarnação do Espírito Elias foi ainda predita por Jesus na passagem evangélica acima e na seguinte:

E se vós o quereis bem compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir. O que tem ouvidos de ouvir, ouça. (Mateus, cap. XI, v. 12 a 15.)

Portanto, Jesus afirmou que João Batista foi a reencarnação do Espírito de Elias, confirmando a crença de que o Espírito pode reviver sobre a Terra. Isso está bem evidente nas passagens evangélicas acima transcritas.

NASCER DE NOVO

Jesus falou ainda da reencarnação, sancionando-a com a sua autoridade religiosa, espiritual e moral, e colocando-a como um princípio cristão e uma condição necessária:

Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um senador dos Judeus. À noite, foi encontrar Jesus, e lhe disse: Rabi, sabemos que vens da parte de Deus para nos instruir como um mestre. Pois ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.

Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade, te digo: Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.

Nicodemos lhe disse: Como pode nascer um homem que já é velho? Pode voltar ao seio de sua mãe para nascer outra vez?

Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade, eu te digo: Se um homem não renascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te espantes o que eu te digo, que é preciso nascer de novo. O Espírito sopra onde quer; ouves sua voz, mas não sabes de onde vem, nem aonde vai. Assim acontece com todo homem que nasceu do Espírito.

Nicodemos lhe respondeu: Como isso pode acontecer?

Jesus lhe disse: És mestre em Israel e ignoras essas coisas? Em verdade, em verdade, eu te digo que nós só dizemos o que sabemos, e só damos testemunho do que vimos. Porém, vós não acolheis nosso testemunho. Mas se não acreditais em mim quando vos falo das coisas da Terra, como acreditareis em mim quando vos falar das coisas do céu? (João, cap. III, v. 1 a 12.)

Portanto, Jesus reafirmou a volta do Espírito à vida corporal ou a necessidade de nascer de novo. Ele a sancionou, dizendo:

Ninguém pode ver o reino dos céus se não nascer de novo. Não te espantes disso quando te digo que é preciso nascer de novo.

Quanto às palavras de Jesus “Se um homem não renascer da água e do Espírito, ou em água e em Espírito, não pode entrar no reino de Deus”, significam “Se o homem não renascer com seu corpo e sua alma...”

Esta interpretação está justificada em: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito”.

Assim, Jesus distinguiu o que é o Espírito e o que é o corpo de carne. O que é nascido da carne é carne, isto é: o corpo procede do corpo; mas o Espírito é independente do corpo material.

Além disso, Jesus ensinou: “o Espírito sopra onde quer; ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem aonde vai”. Isso pode ser entendido como o Espírito de Deus, que dá vida a tudo; ou como a alma do homem. A parte que diz: “não sabes de onde vem, nem aonde vai” significa que não se sabe nem o que o Espírito foi, nem o que será.

Se o Espírito, ou a alma do homem, tivesse sido criado ao mesmo tempo que o corpo material, saberíamos de onde ele vem, pois seu começo seria conhecido. Assim, essa passagem evangélica estabelece o princípio da preexistência da alma e, consequentemente, da pluralidade das existências materiais.

A REENCARNAÇÃO NOS ENSINOS RELIGIOSOS

Quando Jesus disse “é ele próprio o Elias que deve vir”, não usou nenhum sentido figurado, nem alguma alegoria. Não deixou nenhum equívoco ao afirmar categoricamente: João Batista era o Espírito de Elias que deveria vir.

Em Isaías, Cap. XXVI, v. 19, pode ser encontrado o ensino sobre o viver de novo: “Aqueles de vosso povo que tivessem sido mortos, viverão de novo”. Assim, esse princípio estabelece que todos aqueles que estão mortos reviverão.

O princípio da pluralidade das existências materiais está ainda claramente expresso em três versões de Jô, Cap. XIV, v. 10:

“Mas quando o homem é morto uma vez, e seu corpo, separado de seu espírito, é consumido, em que ele se torna? O homem morrendo uma vez, poderia reviver de novo? Nesta guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que chegue minha transformação”. (Tradução de Le Maistre, de Sacy.)

“Quando o homem morre, ele perde toda sua força, expira. Depois, onde ele está? Se o homem morre, reviverá? Esperarei todos os dias de meu combate, até que me aconteça alguma transformação?” (Tradução protestante de Osterwald.)

“Quando o homem morre, vive ainda. Findando-se os dias de minha existência terrestre, esperarei, pois voltarei de novo a ela.” (Versão da Igreja Grega.)

A idéia de morrer uma vez e reviver implica a de morrer e de reviver várias vezes. E na versão da Igreja Grega é bem clara a idéia da volta do Espírito à vida terrestre: “Acabando os dias de minha existência terrestre, eu esperarei, pois voltarei a ela”. Nas palavras “eu esperarei, pois voltarei a ela”, Jô se coloca, após sua morte, no intervalo que separa uma existência material da outra, ao dizer que ali esperará o seu retorno à existência terrestre.

Portanto, pelo que está exposto acima, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era um dos princípios fundamentais dos judeus. E ele foi confirmado por Jesus e pelos profetas de um modo formal. Assim, negar a reencarnação é renegar as palavras do Cristo.

A REENCARNAÇÃO NO ESPIRITISMO

O Espiritismo comprova a reencarnação pela observação dos fatos. Analisando causas e efeitos, a reencarnação é uma necessidade para a alma e uma lei da Natureza. Só a reencarnação pode dizer ao homem de onde ele vem, aonde vai, porque está sobre a Terra, e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes que a vida material apresenta.

Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências materiais, a maior parte das máximas do Evangelho são ininteligíveis, dando lugar a interpretações contraditórias.

OS LAÇOS DE FAMÍLIA ANTE A REENCARNAÇÃO

A reencarnação não destrói os laços de família. Pelo contrário, os fortalece.

No mundo espiritual, os Espíritos estão reunidos em grupos ou famílias, em função da afeição, simpatia e semelhança de inclinações. Assim, sentem-se felizes por estarem juntos.

Quando ocorre a reencarnação, a separação é momentânea, porque quando o corpo material morre e a alma volta à vida espiritual, os Espíritos afins se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem.

Mas, frequentemente, eles se encarnam numa mesma família, para trabalharem em conjunto pelo adiantamento mútuo.

Além disso, os Espíritos que permanecem na vida espiritual velam pelos que estão encarnados. E os mais adiantados procuram fazer progredir os retardatários.

A reencarnação é indispensável ao avanço intelectual e moral dos Espíritos. Depois de cada nova existência material, eles deram um passo no caminho da perfeição; tornaram-se menos ligados à matéria; tornaram as afeições mais vivas, depuradas e isentas do egoísmo e das más paixões.

Assim, os Espíritos precisam percorrer um número ilimitado de existências corporais.

Isso não prejudica as afeições mútuas espirituais. Em geral, a parentela formada com as inúmeras reencarnações amplia os laços de amor entre os Espíritos, mantendo-os ligados pelos laços da afeição.

Apenas as afeições motivadas pelos interesses materiais extinguem-se com a morte do corpo material, embora a alma sempre sobreviva. Então, não havendo afeições, os Espíritos se separam.

Mas, nem todos os Espíritos que estão encarnados em uma determinada família guardam entre si laços de afeição e simpatia. Alguns Espíritos são estranhos à família em função das diferenças no caráter, nos gostos e nas inclinações.

Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos numa família para que possam servir de provas uns para os outros e para que os mais avançados possam ajudar no adiantamento dos outros.

Assim, os Espíritos imperfeitos ou maus têm a oportunidade de se melhorar no contato com os bons e de abrandar o caráter, melhorar os costumes e depurar as antipatias pelos cuidados que recebem.

Essa mistura de diferentes categorias de Espíritos é benéfica ao progresso das raças e dos povos.

DOUTRINA DA NÃO REENCARNAÇÃO

Com a doutrina da não reencarnação, as almas são criadas no mesmo tempo que o corpo material. Assim, não existe entre elas nenhum laço afetivo anterior. Elas são completamente estranhas umas às outras.

Então, elas se ligam apenas pela filiação corporal e não pelos laços espirituais. Elas são estranhas, não viveram juntas, não se amaram e não trouxeram laços de simpatia para serem fortalecidos.

Com a doutrina da não reencarnação, o destino das almas é irrevogavelmente fixado depois de uma única existência material.

Elas vão para a morada dos bem-aventurados ou para o inferno, segundo tenham vivido bem ou mal.

Assim, elas podem ficar separadas para sempre, imediatamente após a morte do corpo material, sem a esperança de poderem se aproximar.

Dessa forma, pais, mães, filhos, maridos, mulheres, irmãos, irmãs e amigos podem jamais se reverem. É a ruptura mais absoluta dos laços de família.

DOUTRINA DA REENCARNAÇÃO

Com a doutrina da reencarnação, os ancestrais e descendentes de uma família podem ter se conhecido anteriormente, podem ter vivido juntos e se amado, continuando juntos para estreitarem os laços de simpatia.

Com a reencarnação, os que se amaram continuam a progredir e se reencontram sobre a Terra ou na vida espiritual, caminhando juntos para chegar a Deus.

Com a reencarnação, os que falham pelo caminho, retardam o adiantamento e a conquista da felicidade; mas são ajudados, encorajados e sustentados por aqueles que os amam.

Com a reencarnação, existe a solidariedade perpétua entre os Espíritos encarnados e desencarnados. Eles estão unidos pelos laços afetivos.

QUATRO ALTERNATIVAS PARA A ALMA DO HOMEM

1. O nada, de acordo com a doutrina materialista.
2. A absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta.
3. A individualidade da alma, com a fixação da sua sorte de acordo com a doutrina da Igreja.
4. A individualidade da alma, com o seu progresso intelectual e moral incessante, segundo a Doutrina Espírita.

Com as duas primeiras doutrinas, os laços de família se rompem depois da morte do corpo material. Não há mais nenhuma esperança de reencontro.

Com a terceira doutrina, há a chance de reencontro, se as almas forem para um mesmo lugar, isto é, para o inferno ou para o paraíso.

Com a Doutrina Espírita, em função da pluralidade das existências materiais, o progresso da alma continua sempre, mantendo as relações afetivas entre aqueles que se amaram. Nisto está a verdadeira família.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS. LIMITES DA ENCARNAÇÃO.

RESUMO DA RESPOSTA DADA PELO ESPÍRITO SÃO LUÍS, EM PARIS, EM 1859, À PERGUNTA: “QUAIS SÃO OS LIMITES DA ENCARNAÇÃO?”

Não se pode estabelecer limites para a encarnação.

À medida que o Espírito se purifica, assume corpo material cada vez mais sutil, em mundos mais avançados que a Terra.

A encarnação do Espírito, em corpo material, em mundos inferiores, e em mundos como a Terra, tem limites.

Cada Espírito está ligado ao mundo que corresponde ao seu grau de adiantamento intelectual e moral.

Cabe ao Espírito se livrar das encarnações em mundos inferiores, mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua própria depuração.

Mesmo na vida espiritual, o Espírito é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, segundo seja mais ou menos desmaterializado.

RESUMO DA RESPOSTA DADA PELO ESPÍRITO SÃO LUÍS, EM PARIS, EM 1859, À PERGUNTA: “A ENCARNAÇÃO É UMA PUNIÇÃO, E NÃO HÁ SENÃO ESPÍRITOS CULPADOS QUE A ELA ESTEJAM OBRIGADOS?”

A encarnação é necessária para que os Espíritos possam cumprir, com a sua ação direta sobre a matéria, os desígnios cuja execução Deus lhes confiou.

A encarnação é necessária aos Espíritos porque a atividade que são obrigados a desempenhar os ajuda no desenvolvimento da sua inteligência e da moralidade.

Deus, soberanamente justo, deu a todos os Seus filhos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de agir.

Assim, a encarnação, sendo um estado transitório, é uma tarefa que Deus impõe aos Espíritos. Ela lhes serve de prova do uso que farão do livre arbítrio.

Os Espíritos que vencem com zelo a tarefa imposta pela encarnação progridem rapidamente e gozam mais cedo dos frutos dos seus trabalhos.

Os Espíritos que fazem mau uso da liberdade de ação concedida por Deus retardam o seu adiantamento.

Dessa forma, a obstinação no mal prolonga indefinidamente a necessidade do Espírito reencarnar. Então, a encarnação se torna para ele um castigo.

RESUMO DAS NOTAS DE ALLAN KARDEC SOBRE A REENCARNAÇÃO

Para o Espírito do selvagem, que está no início da vida espiritual, a encarnação é um meio para o desenvolvimento de sua inteligência.

Para o homem esclarecido, com o senso moral desenvolvido, a encarnação é um castigo, quando tem a obrigação de recomeçar as etapas de uma vida corporal cheia de angústias, por não ter alcançado ainda o objetivo da vida. Ele tem que suportar a necessidade de prolongar a sua demora nos mundos inferiores e infelizes.

Para o homem que trabalha ativamente pelo seu progresso intelectual e moral, a duração da encarnação fica abreviada. Ele vence rapidamente os degraus intermediários que o separam dos mundos superiores.

Os Espíritos encarnam muitas vezes em um mesmo mundo para elevar o seu nível intelectual e moral.

Entre o Espírito do selvagem e o do homem civilizado existem muitas diferenças a eliminar e muitos degraus a subir.

Pela reencarnação em um mesmo globo, Deus, que só faz coisas úteis e cujas leis são soberanamente sábias, quis que os Espíritos mantivessem-se em contato, aproveitando a ocasião para reparar os erros recíprocos; assentar as relações e os laços de família em base espiritual; e apoiar os contatos nos princípios da solidariedade, fraternidade e igualdade.

REFLEXÕES DO AUTOR DESTE ARTIGO SOBRE A REENCARNAÇÃO

Com o Espiritismo, aprendemos que a reencarnação, contida nas revelações surpreendentes dos Espíritos superiores, através de diferentes médiuns, é uma Lei e um Desígnio de Deus.

Assim, precisamos atender essa exigência para o engrandecimento intelectual e moral, com vistas à conquista da perfeição espiritual, estabelecida por Deus como meta para a nossa vida.

Com o Espiritismo, aprendemos, portanto, que a reencarnação é uma oportunidade valiosíssima para o nosso Espírito:
• Aprimorar o uso das faculdades;
• Exercitar a inteligência;
• Melhorar os sentimentos e pensamentos;
• Conquistar novas aptidões, habilidades e experiências;
• Desenvolver o bom senso e o senso moral;
• Educar a vontade;
• Testar o emprego do livre arbítrio;
• Progredir pelo estudo e pelo cumprimento da Lei do trabalho;
• Aprender a viver em família e em sociedade e a se relacionar e a conviver adequadamente com os semelhantes, atendendo às leis morais da vida;
• Superar os preconceitos de nacionalidade, raças, cor, crenças, características masculinas ou femininas, posições familiares, condições financeiras e sociais, etc, por nosso Espírito estar, com a reencarnação, constantemente mudando nessas posições e situações da vida corporal;
• Estar conquistando sempre maiores recursos pessoais nos planetas habitados e principalmente para a vida espiritual, que é a verdadeira, por ser perene;
• Fazer o bem, realizar as boas obras e conquistar as virtudes ante as provas, missões e atividades inerentes à vida material, para ascender na hierarquia espiritual;
• Evoluir pela obrigação de satisfazer com sabedoria e nobreza moral as necessidades físicas e espirituais;
• Valorizar o cumprimento das obrigações morais, com nosso Espírito sendo útil aos semelhantes e à sociedade que nos acolhem;
• Trabalhar para o engrandecimento próprio, dos semelhantes e do planeta que nos serve de lar, escola e habitação;
• Adquirir melhores características pessoais pela aquisição dos bons hábitos e da nobreza de caráter;
• Estreitar os laços de amor com os familiares e com os semelhantes, pela prática da fraternidade, da solidariedade e da caridade, fazendo bom aproveitamento da nossa inserção no contexto grandioso, sábio e justo da Obra da Criação.

Dessa forma, nosso Espírito caminha mais rapidamente para a perfeição espiritual, atingindo a aliança da sabedoria com o amor e atendendo ao objetivo da vida, que foi estabelecido por Deus.