domingo, 9 de março de 2014

A CONTINUIDADE DA VIDA DA ALMA, APÓS ESTA VIDA







A CONTINUIDADE DA VIDA DA ALMA, APÓS ESTA VIDA
Geziel Andrade

“Ninguém te aconselha a fazer da existência o culto inveterado da morte, mas é imperioso caminhes na convicção de que a vida prossegue...” (Emmanuel, no livro “Justiça Divina”, psicografado por Chico Xavier.)

“Do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena.” (Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Loucura e Obsessão”, psicografado por Divaldo P. Franco.)

“A morte física é pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento.” (André Luiz, no livro “Missionários da Luz”, psicografado por Chico Xavier.)

O Espírito de Verdade, em orientação a respeito dos preparativos necessários para a grande e inevitável viagem, publicada por Allan Kardec na “Revista Espírita” de julho de 1862, alerta-nos que as provisões para se obter o sucesso e a felicidade são as boas ações que servem de passaporte e de carta de recomendação.

Essa orientação do Espírito de Verdade foi sendo constantemente reafirmada e exemplificada em relatos e depoimentos espontâneos feitos por muitos Espíritos, através de diversos médiuns, em diferentes partes do mundo e em épocas distintas.

As revelações dos próprios Espíritos sobre o que se passa durante e após a grande transição para a vida espiritual, em continuidade da vida imortal da alma, encontram-se reunidas não só nos livros de Allan Kardec, mas também nas obras de Léon Denis, Ernesto Bozzano, Chico Xavier, Divaldo P. Franco, Yvonne A. Pereira, Eurícledes Formiga, Vera Lúcia Marinzeck Carvalho, dentre muitos outros.

Quem estuda esses relatos e depoimentos coincidentes dos Espíritos sobre as fases do pós-morte, logo percebe que cada caso de desencarnação tem particularidades próprias e características peculiares.

Embora isso, podem ser facilmente detectadas e estabelecidas as principais fases bem definidas, que se seguem à perda, pela alma, de seu envoltório corporal.

A morte impõe à alma o seu retorno à vida espiritual, onde foi criada por Deus, conservando, porém, o seu corpo espiritual (perispírito), mantendo as suas faculdades intelectuais e morais e determinando as ocorrências abaixo, que nos levam a profundas reflexões sobre a complexidade e grandeza da Obra do Pai Eterno:

1 – NO MOMENTO DA MORTE DO CORPO MATERIAL, A ALMA EXPERIMENTA, DE IMEDIATO OU NÃO, DEPENDENDO DO TIPO DE MORTE (NATURAL, VIOLENTA, SUICÍDIO, DOENÇA, ETC.), UM SONO, DESMAIO, TORPOR, INCONSCIÊNCIA OU PERTURBAÇÃO.

DEPOIMENTOS DOS PRÓPRIOS ESPÍRITOS, ATRAVÉS DE DIFERENTES MÉDIUNS: “Senti um escurecimento; depois não sei o que se passou. Minhas ideias não ficaram claras senão muito tempo depois. ” (...) “Cai em um longo desmaio.” (...) “Mergulhei em um estado de inconsciência ou de sono por um período bastante longo.” (...) “ Irresistível desejo de dormir assaltou-me. Entreguei-me sem resistência e perdi a noção de espaço e tempo no sono abençoado e reparador.” (...) “Um torpor invencível veio a mim e desmaiei.” (...) “Deus quer poupar ao Espírito as angústias do momento da morte; por isso lhe tira toda lembrança e toda sensação.”

2 – COM A MORTE, OS LAÇOS QUE PRENDEM A ALMA AO CORPO MATERIAL PRECISAM SOLTAR-SE, DESATAR-SE. ESSE DESPRENDIMENTO DA ALMA DO CORPO MATERIAL É FÁCIL APENAS PARA AQUELA QUE REALIZOU AS BOAS OBRAS E OBTEVE ELEVAÇÃO MORAL. PARA A ALMA DETENTORA DE VIRTUDES E VALORES MORAIS O DESPRENDIMENTO É FÁCIL E AGRADÁVEL, SENDO APENAS UM SONO PASSAGEIRO, SEM SOFRIMENTOS E COM UM DESPERTAR SUAVE E FELIZ, ESTABELECIDO PELA JUSTIÇA DE DEUS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Meu Espírito não chegou muito facilmente a se libertar do corpo.” (...) “Retido no corpo pelos laços materiais, meu Espírito teve grande trabalho para se desprender, o que foi uma primeira e rude angústia.” (...) “Minha viagem foi um sono calmo e a ruptura natural.” (...) “Esgotado por longos sofrimentos, meu corpo não teve que passar por uma grande luta. Minha alma destacou-se dele como fruto maduro que cai da árvore. O aniquilamento completo do meu ser impediu-me de sentir a última angústia da agonia.” (...) “Errante em volta do meu leito, não podia afastar-me, e via-me retida, ou pelo menos ao que me parecia, por um último laço àquele invólucro corporal, que tanto me havia feito sofrer.” (...) “Quando chega o instante fatal, o corpo etéreo que penetra o corpo carnal, começa gradualmente a se libertar deste último, à medida que a vitalidade o vai abandonando. Desde que o corpo etéreo se haja libertado do corpo carnal, outros Espíritos intervêm para auxiliar o recém-desencarnado.” (...) “Disse a irmã que havia sido genitora do moribundo-, ajude-nos a retirar meu pobre filho do corpo esgotado. Há muitas horas, estamos à espera de alguém que nos possa auxiliar neste transe.” (...) “Aqueles filamentos luminosos ainda me prendiam ao mundo dos vivos, entorpecendo-me o espírito. Os Espíritos me informaram de que iam ajudar-me, com seus conselhos, para me facilitarem a ruptura dos filamentos luminosos que ainda me ligavam ao corpo.” (...)”Morte e nascimento são operações da vida eterna que demandam trabalho e paciência. Além disso, há companheiros especializados no serviço da libertação última. A eles compete o toque final.” (...) “Espíritos especializados no processo de desencarnação precisam retirar o corpo perispiritual de alguns falecidos, desligando-o dos despojos, até que fique preso apenas por um cordão, que é cortado, tal como se dá com os nascituros terrenos.” (...) “Surpreendi-me novamente fora do corpo, apesar de a ele estar atada por fortes cordões que não impediam que me distanciasse.” (...) “Fiquei uns cinquenta centímetros acima da cama. Tonto, olhei para baixo e me vi, estava feio, branco, magérrimo, olhei para minha mãe, que estava me soltando, tirando-me do leito; ela desligava-me da matéria.” (...) “Aquele grilhão tênue a unir-me com os despojos era bem um fio de forças vivas, jungindo-me à matéria densa, semelhando-se ao cordão umbilical que liga o nascituro ao seio feminino.” (...) “Hoje sabemos que esse cordão fluídico-magnético que liga a alma ao envoltório carnal e lhe comunica a vida, somente deverá estar em condições apropriadas para deste separar-se por ocasião da morte natural, o que então se fará naturalmente, sem choques, sem violência. Com o suicídio, porém, uma vez partido e não desligado, rudemente arrancado, despedaçado quando ainda em toda a sua pujança fluídica e magnética, produzirá grande parte dos desequilíbrios, senão todos.” (...) “Depois da ação desenvolvida sobre o plexo solar, o coração e o cérebro foi desatado o nó vital, afastando completamente o Espírito do corpo físico e fazendo brilhar o cordão fluídico-prateado, com formosa luz. Uma hora depois da desencarnação foi cortado o apêndice luminoso.”



3 – O ESPÍRITO DESPERTA DO SONO DA DESENCARNAÇÃO EM LUGARES MUITO DIVERSOS, DEPENDENDO DE SUAS BOAS OU MÁS OBRAS TERRENAS, DE SEUS MÉRITOS E SUAS VIRTUDES, CONQUISTAS E CONDIÇÕES MORAIS E ESPIRITUAIS. O ESPÍRITO QUE SE VINCULOU AO MAL E AOS VÍCIOS, POR NÃO TER CULTIVADO E REALIZADO O BEM DURANTE A SUA VIDA TERRENA, DESPERTA NA CROSTA TERRENA OU NAS REGIÕES INFERIORES DO PLANO ESPIRITUAL. TRATA-SE DA JUSTIÇA DIVINA DANDO “A CADA UM SEGUNDO AS SUAS PRÓPRIAS OBRAS”.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Passados oito dias em os quais o companheiro se demorou em sono profundo, foi conduzido à Colônia, onde despertou em estado de inquietação e dor.” (...) “O pobrezinho era excessivamente apegado ao corpo físico e veio para a esfera espiritual após um desastre, oriundo de pura imprudência. Esteve durante muitos dias, ao lado dos despojos, em pleno sepulcro, sem se conformar com situação diversa.” (...) “Eu me encontrava num cemitério, sentindo todos os fenômenos da decomposição cadavérica.” (...) “Tão logo cerrei os olhos físicos, meus irmãos que eu supunha mortos se fizeram visíveis à minha frente, transformados em vingadores. Ladearam-me o túmulo; atiraram-me o crime no rosto; cobriram-me de impropérios e flagelaram-me sem compaixão.” (...) “Despertei sonolento em casa, com a senhora a gemer e a gritar por mim.” (...) “Muitos Espíritos, por efeito da ignorância em que se acham, do medo que os assalta, passam o tempo a frequentar, ou antes, a assombrar, o meio onde viveram e ao qual se vêem psiquicamente presos. Consequentemente eles se encontram na câmara mais baixa do plano astral, fora do mundo e no mundo, por causa da adesão tenaz que mantêm as opiniões e paixões terrenas.” (...) “Acordei num quarto de hospital, arejado e reconfortante.” (...) Ao primeiro despertar, que admiração! Como tudo é novo, esplêndido, maravilhoso!” (...) “A sensação que a gente experimenta ao despertar é de um sono profundo. Esse despertar é mais ou menos lento e difícil, em razão direta da situação moral do Espírito, e nunca deixa de ser fortemente influenciado pelas circunstâncias que acompanham a morte.”

4 – O CORPO ESPIRITUAL CONSERVA A MESMA FORMA E APARÊNCIA HUMANA, O QUE DIFICULTA O ENTENDIMENTO DO PROCESSO DE TRANSIÇÃO PARA A NOVA FASE DA VIDA IMORTAL DA ALMA.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Guardava a mesma aparência e não percebia a morte do corpo material porque pensava, via e ouvia em um corpo semelhante na forma.” (...) “Não tenho mais o corpo que tanto me fez sofrer; mas tenho a sua aparência.” (...) “Constato a minha individualidade por meu perispírito, que é a forma que eu tinha neste mundo.” (...) “Achei-me curada miraculosamente. Vi-me tal como era no curso dos melhores anos da minha mocidade, porém, infinitamente mais exuberante de vida, mais lúcida de espírito, mais ditosa.” (...) “Agora, tanto a nossa Egle, fulminada pelo acidente vertiginoso, quanto eu mesma, portadora de uma doença longa, estamos íntegras em nossa forma, sem qualquer constrangimento ou alteração.” (...) “Meu corpo adquiriu a harmonia que eu sonhava, meus pés estão perfeitos, meus braços bem postos e minha voz está fácil, como não poderia imaginar acontecesse.” (...) “Se bem me haja conservado, substancialmente, a mesma personagem, vi desenvolverem-se em mim faculdades e potencialidades, que me abriram novo campo, imenso, de atividades inimaginadas.” (...) “Um dos meus primeiros pensamentos de estranheza foi o de compreender que havia morrido e, ao mesmo tempo, conservar o meu corpo, o qual, segundo o bom senso, fora entregue à Terra.” (...) “Acordara num corpo em tudo semelhante àquele que perdera.” (...) “Me via num corpo em tudo semelhante àquele que me havia servido.” (...) “Compreendi com tristeza a enorme diferença do meu corpo perispiritual com o de carne. Ninguém encarnado me via e fugi dos grupos desencarnados que encontrei.” (...) “Observando o corpo diferente, mas igual ao que usara no mundo físico, fiz várias perguntas à minha avó.”

5 – O ESPÍRITO REVÊ NA HORA OU DEPOIS DA MORTE DO CORPO MATERIAL OS MÍNIMOS FATOS OCORRIDOS DURANTE A SUA EXISTÊNCIA TERRENA, PODENDO JULGAR SEUS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E ATOS COM REFLEXOS NO SEU ESTADO DE CONSCIÊNCIA. ASSIM, NENHUM ESPÍRITO CONSEGUE FUGIR DO TRIBUNAL DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA E DO ACERTO DE CONTAS COM A JUSTIÇA DE DEUS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Revi, como num panorama, os acontecimentos de toda a minha existência. Vi e ouvi tudo que fizera, dissera e pensara.” (...) “Revi todos os acontecimentos da minha vida, em os quais me comportara mal. Tinha a vontade de retomar todo o passado, a fim de purificar os maus dias.” (...) “De repente, lembrei-me de meu nascimento, de minha juventude, de minha idade madura. Toda a minha vida avivou-se claramente em minha memória.” (...) “Os mais insignificantes e mais ridículos acontecimentos de minha existência também se apresentaram muito vivazes em meu cérebro. Loucuras, prazeres, dores, tudo o que fizera no curso da minha vida sobrevinha sem ser chamado, não sei donde, para fazer ato de presença.” (...) “Como se a memória fosse possuída de um admirável poder retrospectivo, comecei a ver todos os quadros da minha infância e juventude, relembrando um a um os mínimos fatos da minha existência relativamente breve.” (...) “Reviu apressadamente o passado. Todas as cenas da infância, da mocidade e da madureza reapareceram de inesperado no templo da memória, como que a convidá-la a escrupuloso exame de consciência.” (...) “Vi-me diante de tudo o que eu havia sonhado, arquitetado e realizado na vida. Insignificantes ideias que imitira, tanto quanto meus atos mínimos, desfilavam, absolutamente precisos, ante meus olhos aflitos, como se me fossem revelados de roldão, por estranho poder, numa câmara ultra rápida instalada dentro de mim.” (...) “Pude ver, como numa grande tela cinematográfica, o desenrolar dos fatos que representavam a minha existência, em miraculoso retrospecto, repetindo-se em vertiginosa celeridade, sem omissão de qualquer detalhe. Coisas e acontecimentos mortos em minhas lembranças surgiam-me com seus contornos e nitidez impressionantes, gritando-me à memória em brasa os erros e gravames das atitudes nem sempre dignas de antes.” (...) “Numa sequência de fatos revi toda a minha existência. Recordando meu passado, senti paz; nada fizera de mal, ou errado, estava em paz com Deus e com minha consciência.”

6 – O ESPÍRITO PRECISA DE ALGUM TEMPO, MAIS OU MENOS LONGO, PARA SE CONVENCER QUE PERDEU MESMO O CORPO MATERIAL E QUE CONTINUA VIVO EM UM NOVO MUNDO GRANDIOSO MANTENDO SEU CORPO ESPIRITUAL E SUAS FACULDADES E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Julgava-me mais vivo do que nunca. Via-me tão real e tão reais via os vivos que não chegava a fixar ideia sobre a grande mudança que se havia operado. A ideia de que estava morto jamais me acudiu ao Espírito. Foi a minha defunta mulher que me comunicou a terrificante notícia de que estava morto e me encontrava no meio espiritual.” (...) “Vi homens a me carregar e disse de mim para mim: eu não estou morto! Então esses médicos imbecis não vêem que eu vivo, respiro, ando, olho-os, sigo-os, a eles que vêm ao meu enterro! Que é então o que enterram? Não estou morto! Não me escutavam, não me viam. Assim se passaram três dias; eu estava desaparecido do mundo, e eu me sentia mais vivo que nunca.” (...) “Desde que me convenci de estar morto, as coisas mudaram. Vi-me cercado de Espíritos que pareciam desejosos de me assistirem.” (...) “Tenho a obrigação de assegurar-lhe que não mais pisamos a Terra que nos era comum e sim um departamento da vida espiritual.” (...) “Tudo se mostrava diferente, mas acreditávamos ainda na continuação da nossa própria existência física.” (...) “Não era crível que eu tivesse morrido. Sentia-me viva, não obstante as dores que cruciavam. Encontrava-me lúcida, raciocinava, sofria... Não podia estar morta.” (...) “Bons Espíritos vieram buscar-me para receber orientação no Centro Espírita. Lá fui convidada a falar através de um médium; fiz isso um tanto encabulada, mostraram-me o acidente em que morrera e meu enterro. Explicaram que desencanara e que tinha necessidade de ir para uma escola, onde receberia orientação de como viver desencarnada.” (...) “Entendi que ali era um Centro Espírita. Morri e vagava. Os espíritas não mexiam com almas penadas, ajudavam-nas, não tinham medo, orientavam-nas, estavam fazendo para mim a maior caridade que já recebera.”

7 – ALGUNS ESPÍRITOS, POR ALGUM TEMPO, CONTINUAM SENTINDO NO CORPO ESPIRITUAL OS REFLEXOS DA CAUSA DA MORTE DO CORPO FÍSICO, DIFICULTANDO, ALGUMAS VEZES, O RECONHECIMENTO DE SUA NOVA SITUAÇÃO E NÃO ENTENDENDO E COLABORANDO COM A AJUDA RECEBIDA DOS BONS ESPÍRITOS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Os acessos de soluços, a asma e outros sintomas bronquiais que me haviam atormentado no momento da morte continuavam a afligir-me quando abri os olhos para a vida espiritual. Assim, impossível me era acreditar na minha morte.” (...) “Queixava-se da ferida aberta, do coração descontrolado, dos sofrimentos agudos, do grande abatimento. Sabia, porém, que não se encontrava mais no círculo da carne, embora semelhante verdade lhe custasse angustioso pranto. –Tranquilize-se –disse-lhe o meu orientador, com inexprimível bondade -, sua situação é difícil, mas poderia ser muito pior. Há suicidas que permanecem agarrados aos despojos cadavéricos por tempo indeterminado, assistindo à decomposição orgânica e sentindo o ataque dos vermes vorazes.” (...) “A enfermidade demorada deixou impressões profundas. Continuou, assim, apresentando os sinais do cansaço.” (...) “Guardo integral impressão do corpo que acabei de deixar –respondeu ele, delicadamente. –Noto, porém, que, ao desejar permanecer ao lado dos meus, e continuar onde sempre estive durante muitos anos, volto a experimentar os padecimentos que sofri; entretanto, ao conformar-me com os superiores desígnios, sinto-me logo mais leve e reconfortado.” (...) “Encontrava-me quase feliz, se bem que as impressões físicas não me houvessem abandonado e eu conservasse ainda as sensações que me eram comuns na roupagem material.” (...) “Não tive mais dores. Logo estava a andar, voltara a ser forte, sadio, como era antes de adoecer, com aparência dos meus trinta e quatro anos. Em pouco tempo saí do hospital, fui para uma escola aprender a viver no Plano Espiritual.” (...) “Recuperei-me. Meus cabelos ficaram como antes da minha doença, fiquei rosada, sadia. Agradeci feliz minha recuperação e recebi alta do hospital.”

8 – O ESPÍRITO RECÉM DESENCARNADO REENCONTRA, SOB FORTES EMOÇÕES, OS ESPÍRITOS FAMILIARES E AMIGOS QUE O ANTECEDERAM NA GRANDE VIAGEM DE RETORNO À VIDA ESPIRITUAL, QUE É A VERDADEIRA E ONDE FOI CRIADO POR DEUS. ENTÃO, SEUS MOMENTOS DE INCERTEZA E PERTURBAÇÃO ACABAM COM GRANDE TRANSFORMAÇÃO PARA MELHOR.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Minha mãe veio me receber ao entrar no mundo dos Espíritos.” (...) “Inundou-me a alegria; revi rostos queridos, que supunha perdidos para sempre.” (...) “Vi-me cercado por numerosos e fieis amigos. Parentes, amigos, conhecidos vieram todos receber-me nas portas da existência verdadeira.” (...) “Reconheci-me imediatamente; estava rodeada de amigos”. (...) “Reconheci minha mãe e meu pai, que me receberam ao despertar. Iniciaram-me na nova vida.” (...) “Não há palavras que te possam descrever a felicidade que experimentei, quando vi que vinham ao meu encontro ora uma, ora outra das pessoas a quem mais amei na Terra e que todas acudiam a me dar as boas-vindas nas esferas dos imortais.” (...) “Vi-me acolhido, reconfortado e ajudado por pessoas que eu conhecera na Terra e que me precederam na grande viagem. Mas, o que constituiu para mim a alegria daquela ora foi o encontrar-me com a querida companheira de toda a minha existência.” (...) “Ergui repentinamente o meu olhar e, -oh, maravilha!- vi minha mãe a contemplar-me com a melhor das expressões de ternura e amor.” (...) “Tia Carminha não era mais nossa. Partira para Deus. Foi a Tia Carminha quem se ergueu e veio a mim, dizendo: -Pedrinho, você com medo? Por quê? Não nos conhece mais? Então compreendi tudo e chorei muito... E aceitando a bondade da Tia, dormi.” (...) “Sara, minha esposa, havia desencarnado há muito tempo, sofri muito com a separação, nos queríamos muito bem. Sara entrou na enfermaria, sorrindo. Ver Sara foi uma felicidade, abraçamo-nos contentes, conversamos muito.” (...) “Vovó entrou no quarto de mansinho. Estava diferente, mais bonita, esperta e sem seus grossos óculos. Beijou-me na testa e nos abraçamos demoradamente. Senti alegria em vê-la, mas, também, tive a certeza que realmente tinha desencarnado.”

9 – O ESPÍRITO PERCEBE, MESMO DISTANTE, O QUE SE PASSA EM SEU ANTIGO AMBIENTE TERRENO, RECEBENDO DISSO INFLUÊNCIAS BOAS OU MÁS DE SEUS FAMILIARES QUE CONTINUARAM ENCARNADOS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “As crises de dor exageradas de meus familiares retinham-me no meio terrestre.” (...) “Vi perfeitamente, qual se estivesse dentro de mim, as filhas queridas e alguns poucos amigos, que deixara no mundo, dirigindo-me palavras de saudade e carinho.” (...) “Via tudo o que nos chegava de casa e a visão de papai desesperado me enlouquecia; as preces da senhora me auxiliavam.” (...) “Vemos o que se passa à distância e, além disso, suas vozes, mãezinha, nos alcançam por todos os meios.”

10 – OS ESPÍRITOS GOSTAM DE RECEBER AS PRECES DOS ENTES QUERIDOS QUE DEIXARAM NA TERRA.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “A prece refresca o nosso coração, é balsamo inefável, é caridade aos infelizes do outro mundo, dos quais sou um.” (...) “Minha muito querida esposa, tenho visto teus suspiros e tuas lágrimas. Choras sempre! Também tenho visto tuas preces. Deixa que as agradeça.” (...) “Rogai a Deus, nosso soberano Senhor, que me conceda perdão e o esquecimento de minha inutilidade na Terra.” (...) “Alguns companheiros ofertavam-me os recursos da prece santificante. Tamanho foi o meu contentamento que quase me ajoelhei, feliz.” (...) “Não me demorei a registrar-lhes as orações em meu auxílio.” (...) “As orações de minhas filhas chagavam até mim, motivando-me.” (...) “Recebo suas orações; receber orações sinceras é como receber cartas, presentes, são lembranças carinhosas que nos fazem tão bem. Principalmente no período de adaptação, receber orações com otimismo ajuda-nos muito.”

11 – O ESPÍRITO QUE PARTIU PARA A VIDA ESPIRITUAL SENTE MUITAS SAUDADES DOS ENTES QUERIDOS QUE FICARAM ENCARNADOS NA CROSTA DA TERRA.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Sentia a saudade do lar, o apego à família que ficara distante. Desejava ardentemente rever a esposa muito amada, receber de novo o beijo dos filhinhos.” (...) “Convertera-se num poço de memórias sobre a esposa e a filha.” (...) “Não mais suportava as saudades do marido e dos pais.” (...) “Sei que todos somos filhos de Deus, mas ainda não consigo renunciar à certeza de que sou filho de meus pais terrestres e irmãos de meus irmãos, acima de tudo.” (...) “A saudade dos meus doía-me. Chorava de saudade.” (...) “Senti muita falta de minha casa, do meu esposo, dos filhos e netos.”

12 – O ESPÍRITO PODE VOLTAR AO ANTIGO LAR PARA VISITAR E VER SEUS ENTES QUERIDOS, AMENIZANDO AS SAUDADES QUE SE INSTALARAM EM SEU MUNDO ÍNTIMO.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Decorriam já três anos da minha desencarnação, quando a querida Zélia me acenou com a possibilidade de um retorno ao Lar, em visita, por oito dias.” (...) “Voltei à nossa casa. Revi a todos. Muitas vezes voltei depois ao antigo lar para visitá-los; muito os ajudei.” (...) “Estava ao vosso lado. Ah! Como vos abracei a todos, emocionada e recolhida. Como achei pequenino o nosso antigo lar e como me penalizou o quadro das vossas dores e dificuldades!” (...) “Trabalhei, então, intensamente. Consagrei-me ao estudo sério, ao melhoramento moral de mim mesma, busquei ajudar a todos, sem distinção, em nosso antigo lar terrestre.” (...) “Tempos levei para poder visitar meus familiares; só tive permissão quando estava realmente bem e adaptada.” (...) “Pude ir em casa, em nossa casa mesmo. Revi todos.” (...) “Já fui à nossa casa, muitas vezes, e agradeço as preces de todos.”

13 – OS ESPÍRITOS QUE SE ESCRAVIZARAM AO MAL E AOS VÍCIOS, PELO MAU USO DA VONTADE E DO LIVRE-ARBÍTRIO, SOFREM MUITO NO MUNDO ESPIRITUAL AS CONSEQUÊNCIAS DISSO, DETERMINADAS PELAS LEIS E PELA JUSTIÇA DE DEUS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Oh! Se todos os homens pudessem saber o que há além da vida! Saberiam quanto custa fazer o mal; não haveria mais assassinos, mais criminosos, nem malfeitores. Experimento hoje muito remorso. Compreendo agora a enormidade de meus erros.” (...) “Vi-me mergulhado nas mais profundas trevas. Era uma situação terrificante. Nada via em volta de mim, senão sombras silenciosas e indiferentes... ainda sofro!” (...) “Tenho sempre presente a iniquidade de minha vida, que para muitos foi motivo de escândalo.” (...) “Ajudai-me: eu fiz tanto mal! Oh! Quanto sofro! Quanto sofro! Eu me alegrava com o mal praticado. Oh! Orai por mim.” (...) “Sofro! Quanto vos maldigo, horas culpadas, horas do egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, eu só pensava no meu bem-estar!” (...) “Não sou suficientemente evoluído para gozar de uma felicidade moral. Experimento um mal-estar indefinível; preferiria sofrer as misérias da vida a esta ansiedade que me acabrunha.” (...) “Meu Espírito se precipita no abismo dos remorsos. A minha iniquidade se ergue diante de mim, como fantasma perseguidor, a me proclamar o mais miserável dos pecadores.”

14 – O ESPÍRITO SUICIDA EXPERIMENTA SOFRIMENTOS NA VIDA ESPIRITUAL EM CONSEQUÊNCIA DE TER ABREVIADO INDEVIDAMENTE A SUA EXPERIÊNCIA EVOLUTIVA, INFRINGIDO AS LEIS E MENOSPREZADO A VALIOSA CONCESSÃO DE DEUS. EMBORA ISSO, CONTA COM A MISERICÓRDIA DE DEUS E A AJUDA AMOROSA E FRATERNA DOS BONS ESPÍRITOS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Errei abreviando a vida. Deveria suportar tudo antes que acabar prematuramente. Por isso sou infeliz. Sofro! Estou cheio de dores. Experimento sofrimentos agudos e grande abatimento. Tenho o coração doente e a cabeça ainda bastante desorientada. Ignoro como conseguirei rearticular o meu organismo, agora dilapidado.” (...) “Quis morrer e atirei-me... Oh! Meu Deus, que momento! Orai! Eu vos peço que oreis por mim.” (...) “Meu corpo lá estava, inerte e frio e eu planava em volta dele; chorava lágrimas quentes. Sim, eu chorava, porque acabava de reconhecer a enormidade de meu erro e a grandeza de Deus!” (...) “Eu cai numa tremenda escuridão. O que se passou, não tenho vocábulos para contar. Quanto tempo me arrastei naquelas sombras densas, arrependido e infeliz, não sei dizer.” (...) “Verá que nada acaba com a morte do corpo e que seu inferno se inicia. Agora como suicida nem seu protetor poderá ajudá-la. É nossa! Anos esperamos sua vinda. E você nos facilitou, matando seu corpo!” (...) “Fui informada pelas bondosas pessoas que me atendiam, que desencarnara e que estava numa enfermaria de recuperação num hospital de socorro a suicida.”

15 – O ESPÍRITO MORALMENTE INFERIOR NÃO VÊ OS ESPÍRITOS QUE LHE SÃO SUPERIORES NA HIERARQUIA VERDADEIRA, PELA DIFERENÇA DE VIBRAÇÃO DO CORPO ESPIRITUAL E PELA IMPOSSIBILIDADE DE PERCEBER AS VIBRAÇÕES MAIS SUTIS DO MEIO ESPIRITUAL MAIS ELEVADO. MAS ISSO NÃO O IMPEDE DE SER AJUDADO FRATERNALMENTE PELOS BONS ESPÍRITOS.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Hoje sei que naqueles angustiosos momentos da morte muitos seres se conservavam, embora intangíveis, ao meu lado, amparando-me com seus braços tutelares e compassivos; porém, não os distinguia. Precisava adquirir uma espiritualidade suficiente para estar em condições de perceber os Espíritos-guias.” (...) “Meu pai e minha mãe já deixaram o meio onde me encontro. Imagino que a razão por que se nos tornaram invisíveis é terem seus corpos espirituais atingido o grau máximo de purificação, conciliável com as condições da nossa esfera de existência.” (...) “Eram Espíritos que estendiam a fraternidade ao extremo de se materializarem o suficiente para se tornarem plenamente percebidos à nossa precária visão e nos infundirem confiança no socorro que nos davam.” (...) “Não percebeu minha presença espiritual, nem a assistência desvelada de outros amigos nossos. Tendo gasto muito anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão vibratório, e o resultado foi achar-se tão só na companhia das relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.”

16 – AO PERDER O ENVOLTÓRIO MATERIAL, O ESPÍRITO SE ENCONTRA NUM MUNDO REAL, SEMELHANTE AO MUNDO MATERIAL, PORÉM MAIS APERFEÇOADO E ESPIRITUALIZADO.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Enquanto encarnada, não supunha fosse o mundo dos Espíritos algo tão concreto.” (...) “Fiquei profundamente admirado em face da realidade. Os Espíritos existem em condições análogas às terrenas, porém, com uma transformação para melhor.” (...) “Embora a natureza deste mundo difira enormemente da Terra, os dois mundos se assemelham, com a diferença, porém, de que o mundo espiritual é infinitamente mais apurado, mais sublime, mais etéreo: eis tudo.” (...) “O Além-túmulo acha-se longe de ser a abstração que na Terra se supõe, ou as regiões paradisíacas fáceis de conquistar com algumas poucas fórmulas inexpressivas. Ele é antes, simplesmente a Vida Real, e o que encontramos ao penetrar suas regiões é Vida. Vida intensa a se desdobrar em modalidades infinitas de expressão.” (...) “Temos matérias de conhecimentos gerais, ensinamentos de como viver desencarnado, como é o Plano Espiritual, estudamos o Evangelho, recebemos orientações de como se comportar diante dos problemas e de como ajudar os nossos irmãos.” (...) “Imagina a Terra, cheia de suas belezas naturais, porém, moralmente mais aperfeiçoada e terás a imagem dessa segundo esfera que me serve de habitação. Temos casas, pássaros, animais, reuniões, institutos como os das famílias terrenas, onde se agrupam os Espíritos através das mais santas afinidades. A arte aqui é mais linda e mais perfeita e, como o culto a Deus faz parte integrante de todas as coisas de nossa vida, há muita alegria entre nós.”

17 – OS ESPÍRITOS PODEM SE COMUNICAR NA VIDA ESPIRITUAL ATRAVÉS DA TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Comunicamo-nos entre nós pelo pensamento. A transmissão do pensamento é a forma normal de conversação entre nós, os Espíritos. Nossas trocas de ideias se operam diretamente, pela transmissão dos pensamentos.” (...) “Os habitantes mais elevados da colônia dispõem do poder de volitação; e nem todos precisam de aparelhos de comunicação para conversar a distância, por se manterem, entre si, num plano de perfeita sintonia de pensamentos. Os que se encontram afinados desse modo, podem dispor, à vontade, do processo de conversação mental, apesar da distância.” (...) “Permutavam impressões, telepaticamente, reconhecendo com mais clareza que lhes era possível conversar pelo idioma do pensamento, de modo espontâneo.”

18 - AS COISAS QUE OS ESPÍRITOS PRECISAM PODEM SER CRIADAS PELA VONTADE E FORÇA DO PENSAMENTO, QUE TÊM GRANDE PODER NO MUNDO ESPIRITUAL.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “No mundo espiritual o pensamento é tudo. É pela força do pensamento, combinada com a vontade, que podemos criar todas as coisas de que temos necessidade.” (...) “As nossas vestes são também criações do nosso pensamento e constituídas de elementos tirados do meio onde existimos.” (...) “As habitações são construídas por Espíritos que se especializaram em modelar, pela força do pensamento, essa matéria espiritual.” (...) “No mundo dos Espíritos, a força do pensamento cria todas as comodidades desejáveis. O pensamento e a vontade são forças por meio dos quais se pode criar o que se deseje. ”

19 – O ESPÍRITO PODE SE LOCOMOVER NO MUNDO ESPIRITUAL MUITO RAPIDAMENTE, POR UM ATO DE SUA VONTADE.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “O que sobretudo me surpreendeu era a rapidez com que me transportava. Pensava em me achar num dado lugar e no mesmo instante lá me encontrava.” (...) “Experimentava a capacidade de volitação. Num momento, ganhava grandes distâncias.” (...) “Sentia-me na posse das faculdades volitivas, que obtivera com o meu desprendimento da vida carnal.” (...) “Saltamos com a rapidez do relâmpago, através do espaço. Em menos de um segundo estávamos ao lado de minha avó. Ela vive com meu avô e com o meu tio Walter, a quem não conheci na Terra.”

20 – OS ESPÍRITOS CONSEGUEM SE LEMBRAR DE SUAS EXISTÊNCIAS CORPORAIS ANTERIORES.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Lembro-me de minhas existências anteriores e acho que estou melhorado.” (...) “Recordo-me das fases de existências encarnadas, anteriormente à que acabei ultimamente.” (...) “Outros Espíritos com os quais tenho tido ensejo de falar deste assunto, me informaram que se lembravam claramente de todas as existências que viveram no planeta Terra.” (...) “Nesse sono, vi os diferentes corpos que meu Espírito animou, desde um certo número de encarnações, e todos trabalharam na ciência médica, sem jamais se afastar dos princípios que o primeiro havia elaborado.” (...) “Ricardo e eu ficamos, então, senhores de trezentos anos de memória integral. Compreendemos, então, quão grande é ainda o nosso débito para com as organizações do planeta!”

21 – OS ESPÍRITOS MANTÊM OCUPAÇÕES, TRABALHOS E ATIVIDADES INCESSANTES NA VIDA ESPIRITUAL.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “Acho-me aqui ativamente ocupado. O mesmo se dá com todos.” (...) “Continuo trabalhando e estudando. Aprendi a ser útil.” (...) “A morte não interrompe o trabalho sadio e edificante. Os ideais nobres possuem suas verdadeiras razões na vida espiritual e, além do túmulo, podemos continuar o serviço que se afina com as nossas tendências e esperanças.” (...) “Estava longe de ser a decantada “Mansão do Repouso” com que tanto sonhamos na Terra. A palavra trabalho não era apenas um vocábulo, mas sim uma realidade construtiva e ativa em todos os lados.” (...) “A morte não me ceifara a felicidade de trabalhar. Ao contrário, desdobrara-me as possibilidades de produzir. A vida que não cessa é acionada pelo trabalho que não pára.” (...) “Estudei, passei a trabalhar e estou muito feliz.”

22 – OS ESPÍRITOS DEDICADOS AO BEM E MORALMENTE ELEVADOS DESFRUTAM DE GRANDE FELICIDADE NA VIDA ESPIRITUAL.

DEPOIMENTOS DOS ESPÍRITOS: “A gente se encontra num mundo onde tudo é alegria e grandeza. Como sou feliz. Sou feliz porque tenho a consciência de ter bem vivido. Admiro, contemplo, bendigo, amo e me inclino ante a grandeza, a sabedoria e a ciência do nosso Criador.” (...) “Minha felicidade atual consiste naturalmente na satisfação que me proporciona a lembrança do pouco bem que fiz, e na certeza do futuro que ele me promete.” (...) “Como sou feliz! Não sou mais velho nem enfermo; meu corpo era apenas um disfarce imposto.” (...) “O belo, o infinito, o impalpável, todos os mais puros sentimentos, eis o apanágio dos que desprezam os tesouros humanos, querendo marchar na via santa do bem, da caridade e do dever. Tenho minha recompensa e sou muito feliz.” (...) “Fui transportado para um lugar repleto de alegrias e saudades, de onde regresso para dizer-lhes que estou bem.” (...) “Tenho a felicidade de contemplar os horizontes novos e viajar sem dificuldade.” (...) “Sobreveio para mim a hora gloriosa do despertar e, recuperando a consciência, tive a benfazeja certeza de haver efetivamente passado da morte no meio terrestre à vida em a morada espiritual: “a uma vida que é realmente vida”, como diz a Bíblia. E a alegria, a paz, a calma me invadiram e proporcionaram um estado de que nunca suspeitara, a suprema felicidade.”