sexta-feira, 14 de novembro de 2008


BOM SENSO ESPÍRITA
Geziel Andrade

Allan Kardec empregou de tal modo o bom senso para realizar a codificação do Espiritismo, que o grande astrônomo Camille Flammarion disse a seu respeito: “Ele era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado. Razão reta e judiciosa, aplicava sem cessar à sua obra permanente as indicações íntimas do senso comum”.
Assim, Allan Kardec legou aos espíritas o exemplo valioso de como agir com sensatez, prudência, inteligência e juízo claro ao apreciar e julgar os fenômenos espíritas e as comunicações inteligentes dos Espíritos, visando discernir com clareza o verdadeiro do falso e estabelecer as teorias e práticas espíritas.
Mas, no Movimento Espírita, vemos como alguns espíritas ainda têm grande dificuldade em aplicar essa qualidade notável de Allan Kardec na seleção das mensagens recebidas dos Espíritos ou mesmo na escolha dos livros espíritas, de autores encarnados ou desencarnados, que vão ser publicados. Percebemos em alguns diretores de Centro Espírita, a falta de juízo ao colocar em segundo plano o estudo das obras do Codificador; ao aceitar, sob o pretexto de modernismo, as influências e práticas estranhas do esoterismo, do magnetismo, da cromoterapia e do sincretismo religioso ou filosófico. Notamos, ainda, em alguns dirigentes de instituições espíritas a recusa em consultar o bom senso ao promover eventos pagos, visando a arrecadação de dinheiro para, supostamente, beneficiar a causa espírita.
Dessa forma, não aprenderam ainda a adotar uma das mais grandiosas características do Codificador do Espiritismo: o bom senso nas reuniões espíritas e nas comunicações com os Espíritos; o bom senso nas práticas espíritas, principalmente as que envolvem o uso da mediunidade; o bom senso em passar pelo crivo da razão todas as palavras e instruções dos Espíritos, visando identificar a superioridade moral; o bom senso na seleção de tudo o que vai ser feito ou publicado em nome da Doutrina Espírita; e o bom senso em valorizar os aspectos morais do Espiritismo.

Portanto, irmãos, que esse bom senso, nos legado por Allan Kardec, esteja também entre as qualidades nobres que identificam e distinguem os espíritas verdadeiros.

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