terça-feira, 22 de maio de 2012

CASOS DE REENCARNAÇÃO






VEJA UM CASO ATUAL DE REENCARNAÇÃO

CASO ATUAL DE REENCARNAÇÃO


























CASOS DE REENCARNAÇÃO

Geziel Andrade

A Editora Vida & Consciência Ltda. (www.vidaeconsciencia.com.br) fez o lançamento muito oportuno, em agosto de 2010, em língua portuguesa, da importantíssima obra “Vinte Casos de Reencarnação”, (Título original da segunda edição: Twenty Cases Suggestive of Reincarnation) de autoria do Dr. Ian Stevenson (31/maio/1918 a 08/fev/2007), notável cientista vinculado ao Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virgínia – USA.


O trabalho desenvolvido pelo Dr. Stevenson é inédito e lança novas luzes e evidencias sólidas sobre um dos temas mais importantes, antigos e polêmicos para os homens, por envolver a sobrevivência da alma à morte do corpo material e a sua posterior reencarnação em uma nova família, geralmente em condições bem diferentes das desfrutadas na vida anterior.


O mais interessante é que o Dr. Stevenson catalogou cerca de dois mil casos de reencarnação, em diversas partes do mundo, principalmente envolvendo crianças que afirmavam se lembrar de uma vida passada.


Por serem crianças, geralmente com até cinco anos de idade, as ideias de reencarnação da alma nem passavam pela sua mente, nem na de seus familiares que raramente acreditavam na volta da alma à vida material.


Além disso, as crianças também se comportavam de modo atípico em suas famílias, coincidindo com os comportamentos e as habilidades mantidos pelas pessoas falecidas, às quais as crianças alegavam ter sido.


As pesquisas abrangentes sobre os detalhes das vidas das personalidades falecidas atestaram o que as crianças afirmaram ter sido.


Outro fato importante constatado nos casos estudados foi que algumas crianças traziam para a nova encarnação marcas de nascença ou deformidades de nascimento que correspondiam a acontecimentos marcantes ocorridos na vida das pessoas falecidas.


De um modo geral, os casos de reencarnação começavam com a criança falando a seus pais e irmãos a respeito de sua vida passada. Frequentemente a criança pedia a seus pais para que a deixassem voltar à família ou comunidade onde tinha vivido no passado.


Os pais, geralmente, impunham alguma relutância para atender o pedido da criança; mas, com a insistência das recordações, começavam a fazer investigações buscando a veracidade das alegações.


Com isso, ocorria o contato e encontro dos membros das duas famílias para o reconhecimento dos lugares, objetos e pessoas da existência anterior.


Então, a notícia se espalhava e havia o envolvimento de diversas pessoas das comunidades, com os relatos chegando aos jornais.


Apesar da grande quantidade de casos catalogados e pesquisados, o Dr. Ian Stevenson reuniu em seu primoroso e notável livro vinte casos de crianças que se lembravam de sua vida anterior, considerando-os uma amostra bem representativa de todos os casos estudados.


Outro ponto importante do trabalho do Dr. Stevenson foi a sua abrangência mundial. Ele reuniu casos ocorridos nas diferentes partes do mundo, independentemente de haver ou não a crença na reencarnação por grande parte da população.


Todavia, os casos mais representativos, que foram publicados no livro e acompanhados por muitos anos, foram: 7 casos na Índia; 3 casos no Ceilão, hoje Sri Lanka; 2 casos no Brasil; 7 casos no sudeste do Alasca; e 1 caso no Líbano.


Desses 20 casos de reencarnação, destacamos os seguintes pontos, (evidentemente de modo muito pálido em relação à ampla e profunda discussão realizada pelo Dr. Stevenson), que evidenciaram a imortalidade da alma e a sua reencarnação.


Esses casos, de forma bem evidente, estão fortemente relacionados e condizentes com os princípios do Espiritismo:



CASO 1: A criança, com quatro anos e meio, começou a dizer a seus pais que era outra pessoa e que queria ir para a sua antiga casa em outra cidade, que ficava a dez quilômetros de distância. Suas lembranças eram nítidas e se lembrava de seu outro nome e dos nomes de seus parentes e amigos. Falava das lojas de seu ex-pai, do cofre de ferro e dos membros da sua família anterior. Seus pais atuais adotaram medidas, inclusive violentas, para que se esquecesse das lembranças. Quando a criança tinha dez anos de idade, o pai da pessoa falecida estava na sua cidade natal. Então, foi reconhecido como seu ex-pai. Isso aproximou as duas famílias. Em seguida, os ex-familiares e vizinhos da criança foram reconhecidos, dizendo os nomes corretos deles, sob fortes emoções. Descobriu-se que a criança tinha uma forte identificação com a personalidade anterior. Reconheceu a antiga casa e seus objetos e foi totalmente aceito pela outra família como um membro que já havia falecido. Aos vinte anos de idade, a criança foi reavaliada pelo Dr. Stevenson. Este constatou que ela era inteligente, sadia, se lembrava ainda de sua vida anterior e mantinha contato com os ex-familiares.



CASO 2: Aos três anos e meio de idade, a criança quase morreu de varíola, mas recuperou-se com uma clara transformação no comportamento. Dizia ser outra pessoa, de outra cidade, de outra casta superior. Tinha esposa e filhos e queria volta para a sua casa. Passou a dar detalhes de sua outra vida, da cidade que ficava a 34 quilômetros de distância e da sua morte. Os pais tentaram esconder as estranhas afirmações, mas as notícias vazaram. Aos seis anos de idade, a criança reconheceu uma ex-tia. Então, houve a aproximação das duas famílias. A criança reconheceu os ex-familiares, seus antigos vizinhos e amigos e seus pertences. Ela passou a ser considerada como um membro da outra família. Aos 21 anos de idade, numa reavaliação do caso de reencarnação, o rapaz se lembrava ainda completamente de sua vida passada, a ponto de identificar a pessoa que tinha causado a sua morte para se livrar de uma dívida. O devedor e assassino quitou a dívida quando se convenceu da reencarnação do credor. O rapaz manteve muitos hábitos de sua vida anterior. Mas era um jovem sorridente e confiante no seu futuro.



CASO 3: A filha, aos quatro anos e meio de idade, revelou a seus pais informações a respeito de si mesma, de seu marido e de outras pessoas de uma vida anterior, numa cidade a 18 quilômetros de distância. Como desejava com insistência ir para essa cidade, aos cinco anos de idade foi levada para a comunidade, onde localizou a casa de seu ex-sogro e reconheceu e deu nomes corretos a pessoas e objetos, principalmente uma máquina de costura na qual havia trabalhado muito nela. Então, estabeleceu-se o relacionamento entre as duas famílias e houve o reencontro com seu ex-marido e sua ex-filha, sob fortes emoções e apego. Havia notória honestidade e integridade das pessoas envolvidas no caso. Até os sete anos de idade, as lembranças da vida anterior continuaram fortes, mas, depois disso, foram diminuindo, principalmente pelas objeções feitas pela segunda esposa de seu ex-marido, por seus pais desencorajarem-na a falar sobre a sua vida anterior, por sua ex-filha ter se casado e por se sentir diferente de seus irmãos e colegas de classe que não se lembravam de suas vidas anteriores. Aos 16 anos de idade, a jovem não se lembrava mais nada a respeito de sua vida anterior.



CASO 4: Desde os três anos e meio de idade, a criança citava lembranças e dava detalhes de uma vida anterior. Ela mostrava, ao mesmo tempo, danças incomuns e canções em idioma não identificado que não tivera oportunidade de aprender. Ela tinha grande habilidade em dançar e cantar e as conservou com o passar do tempo. A criança dizia que havia aprendido as canções e as danças em uma vida anterior. Aos onze anos de idade, foi localizada a família, a 1.700 quilômetros de distância, à qual a criança dizia ter pertencido na vida anterior, graças às afirmações e informações que ela forneceu. Então houve o encontro das duas famílias com reconhecimentos com facilidade e rapidez do ex-marido, dos ex-filhos e ex-familiares, além de outras pessoas e de locais que haviam sofrido diversas mudanças depois do seu falecimento. Por todos a criança demonstrava grande afeição e fortes emoções. A criança afirmava ainda que depois do seu falecimento, já tinha tido uma outra vida, mas que morreu criança e renasceu novamente. A criança foi reconhecida como ex-pessoa da família que havia renascida. Mas, a família não tinha uma opinião formada sobre reencarnação antes desse caso. As lembranças a respeito da vida passada da criança persistiram com o passar do tempo, possivelmente pela tolerância e aceitação das duas famílias. Com 23 anos de idade, a criança havia se tornado uma jovem formada em botânica, com mestrado concluído, e buscando o doutorado. Ela se lembrava perfeitamente de sua vida anterior, pois não havia esquecido nenhum detalhe, inclusive das danças e músicas. Estava bem adaptada à sua vida atual, mas visitava anualmente seus ex-familiares da vida passada.



CASO 5: Um menino com pouco mais de dois anos de idade se dizia filho de outro homem e dava detalhes de seu assassinato, do nome dos assassinos, do local do crime, da cidade e da sua morte em vida passada. Além disso, pedia a seu pai diversos brinquedos que estavam em sua outra casa. O pai do menino assassinado, quando soube que o seu filho tinha renascido em outra família, foi procurá-lo. O menino reconheceu-o como sendo o seu pai da vida anterior e também lhe contou em detalhes os acontecimentos de sua vida. Esses detalhes do assassinato coincidiam plenamente, embora o menino tivesse apenas quatro anos de idade. O pai atual do menino batia nele com severidade, impedindo-o de falar sobre a sua vida anterior, com medo de perdê-lo, pois mostrava forte vontade de voltar para a sua outra casa. Além disso, o pai tinha medo que os assassinos viessem promover represálias. O menino tinha no pescoço uma marca linear de nascença que lembrava a cicatriz ocasionada por uma faca comprida. O menino confirmava que a marca no pescoço tinha sido causada por ferimentos do seu assassinato e falava bastante, de modo espontâneo, sobre a sua vida anterior desde quando tinha menos de três anos de idade. Aos onze anos de idade, o menino já havia esquecido grande parte dos acontecimentos da sua vida anterior. Aos dezoito anos de idade, cursando faculdade, havia esquecido completamente as lembranças de sua existência anterior e perdido o medo de facas e lâminas que tivera quando era criança.



CASO 6: Uma menina com menos de quatro anos de idade quando foi pela primeira vez no apartamento dos vizinhos disse que havia feito as almofadas bordadas que estavam sobre algumas cadeiras. Na verdade, as almofadas tinham sido feitas pela irmã falecida da dona do apartamento. Quando ela disse à criança que quem fez as almofadas já havia morrido há mais de dez anos, a menina respondeu: “Era eu”. E passou a chamar a dona do apartamento de sua irmã, mas foi impedida porque a proprietária não queria recordar a morte da sua irmã, por lhe ser ainda um assunto doloroso. Depois disso, ficaram muito unidas, pois a senhora percebeu diversas semelhanças e alguns comportamentos iguais aos da sua irmã falecida. Certo dia, visitando a casa do irmão da senhora, a criança aproximou-se de duas fotografias grandes e disse: “Aqui é meu pai e minha mãe; e este é meu irmão”. Também se lembrou de uma vaca e do cachorrinho que mamava nela como se fosse um bezerro. Pela veracidade dos fatos, houve maior aproximação da criança com a outra família, em meio a grande atenção e afeição. As afirmações da criança eram feitas de modo espontâneo, em função de algum objeto, pessoa ou comentário que era feito em sua presença. Os pais da menina compreenderam a reencarnação e não tiveram ciúmes do seu forte apego aos membros da outra família.



CASO 7: Um menino aos dois anos e meio de idade começou a dizer aos seus pais que tinha uma esposa em outra cidade. Entre três e quatro anos de idade, passou a dizer que tinha também uma loja de refresco e biscoitos na outra cidade e passou a pedir para ser levado lá. Dizia ainda que havia morrido após comer alimento estragado. Quando o seu pai e um primo levaram a criança com quase cinco anos de idade para a outra cidade, ela reconheceu diversos membros da sua outra família e diversos pontos da cidade. A criança demonstrava grandes emoções, incluindo lágrimas e afetos. A criança assumiu comportamentos de marido e de pai perante a sua ex-esposa e os seus ex-filhos. Dizia: “Apenas fiquei pequeno”. Assim, houve uma grande aproximação entre as duas famílias que tinham destaque e responsabilidades em suas comunidades. Apesar de se lembrar de sua vida passada e de se identificar com ela, a criança teve um desenvolvimento normal. Aos vinte e sete anos de idade, o jovem tinha perdido boa parte das memórias da vida passada, mas ainda tinha amizade e se encontrava com frequência com os membros da sua outra família. Lembrava-se com clareza de seus ex-filhos e da fábrica que possuiu na vida anterior. Afirmou que as suas experiências atuais com os negócios vinham de sua vida passada e que as lembranças que tinha de quem fora na vida anterior lhe davam equilíbrio e o ajudavam muito em seus relacionamentos pessoais.



CASO 8: A criança quando tinha dois anos de idade começou a fazer referências claras sobre outra mãe, outro pai, dois irmãos e muitas irmãs que tinha em outra cidade e em vida anterior. Queria visitar os pais anteriores, dando detalhes a respeito da localização da casa e os nomes dos membros da família. Com isso, foi possível localizar, a vinte e seis quilômetros de distância, a família que correspondia exatamente às afirmações feitas pela menina. Ela foi levada para a outra cidade e reconheceu corretamente diversas construções. Mais tarde, identificou corretamente seus antigos pais e diversos membros da sua antiga família. Além disso, identificou duas outras pessoas da comunidade, demonstrando afeto por elas. Embora tivesse havido mudança de sexo com a reencarnação, os pais atuais e anteriores da criança acreditaram que havia ocorrido o renascimento do filho falecido. De acordo com depoimentos dos pais atuais, a filha demonstrava certa tendência à masculinidade. A criança dizia a seus pais: “Eu era um menino. Agora sou uma menina”. Além disso, dizia que era mais feliz como menina. Aos dez anos de idade, a menina ainda se lembrava da sua vida anterior e continuava visitando a sua ex-família e recebendo visita de seus ex-familiares. Ela havia perdido os traços de masculinidade e estava se desenvolvendo normalmente. Aos quinze anos de idade, as suas lembranças da vida anterior estavam desaparecendo, embora ainda preservasse algumas delas.



CASO 9: Um menino nasceu com uma notável deformidade no lado direito de seu peito e no braço. O pai notou também certas semelhanças com um seu irmão que já havia falecido. Entre dois anos e dois anos e meio de idade, a mãe escutou o menino dizendo que o seu braço era deformado porque ele havia assassinado a esposa na vida anterior. Dava muitos detalhes relacionados com o crime. O pai confirmou a exatidão dos detalhes, porque seu irmão tinha sido executado pelo assassinato da sua esposa. O pai nunca havia falado antes do crime à esposa. Então, o pai tentou fazer a criança parar de falar sobre a sua vida anterior, porque o crime foi vergonhoso e tinha ocorrido 25 anos antes do filho nascer. Mas o menino continuou a falar, principalmente quando lhe perguntavam sobre a deformidade em seu braço. Aos quatorze anos de idade, o rapaz não se preocupava com a deformidade e dizia que era uma punição pelo crime que havia cometido. Dizia também que as suas lembranças da vida anterior estavam se tornando um pouco menos claras, mas se lembrava ainda principalmente dos acontecimentos do último ano de sua vida anterior. Ele sabia detalhes da execução, os quais o seu pai não conhecia. Ainda falava que o seu pai era o seu irmão mais velho. Na juventude, quando o rapaz se envolvia sentimental e emocionalmente com alguma moça, passava a ter desequilíbrios psicológicos que exigiam tratamento. No resto tinha um desenvolvimento normal.



CASO 10: O pai de um menino notou nele, com menos de dois anos de idade, traços de comportamentos característicos dos britânicos, embora fosse de família pura cingalesa. Isso o tornava diferente e esquisito na família. O pai não gostava dos ingleses. O menino aprendeu inglês mais cedo e melhor do que os outros irmãos. Entre três anos e meio e quatro anos de idade, o pai escutou o menino dizendo a sua mãe, irmãos e irmãs: “Vocês não são minha mãe, irmãos e irmãs. Minha mãe, meu pai e os outros estão na Inglaterra”. Interrogado a respeito pelo pai, deu os nomes de dois irmãos e de uma irmã. Depois, deu inúmeros detalhes sobre a sua família anterior. O pai aconselhou os outros filhos a não tocarem mais no assunto e tentarem fazer o irmão esquecer as lembranças da vida passada. Aos dezoito anos de idade, o rapaz conseguiu que o pai o enviasse para a Inglaterra. Dizia aos amigos que acreditava ter vivido lá. Daquele país, dizia estar se sentindo à vontade entre os ingleses. Sentia facilidade, adaptação e prazer em estar em Londres. Embora isso, não conseguiu identificar a cidade e a casa de sua vida anterior. Com o passar dos anos, o rapaz não perdeu o seu interesse pela Inglaterra e os ingleses. Dizia que os dois anos que passou naquele país tinham sido os mais felizes de sua vida. Perguntado por que havia renascido numa família budista, especulou que tinha sido um piloto inglês de avião e tinha morrido em um desastre aéreo perto da atual cidade natal. Tinha gosto por veículos e amor por voar. Queria ser piloto, mas os custos eram altos. Desde criança gostava de aviões e de voar.



CASO 11: A menina começou a falar sobre a sua vida passada com dois anos e meio de idade. Passou a dar detalhes de sua vida anterior aos familiares, inclusive falando a respeito de seu nome e dos seus antigos pais. Quando falavam perto dela a respeito da morte de alguma pessoa, a menina dizia: “Não diga isso. Eu também morri e, veja, estou viva de novo”. “Ela não está no cemitério. Está em local muito mais seguro e melhor do que este onde estamos”. Ela mostrava forte identidade com os gostos da pessoa que dizia ter sido. Isto foi comprovado pelos pais e pelas testemunhas que surgiram no estudo do caso. Após os sete anos de idade, ela deixou de falar muito sobre a sua vida passada. Cresceu, casou-se e teve filhos. Apesar disso, manteve algumas lembranças de sua vida anterior, principalmente das próximas de sua morte. Com cinquenta e quatro anos de idade, disse que tinha esquecido grande parte da sua vida anterior, mas que ainda se lembrava de muitas coisas.



CASO 12: Até os cinco anos de vida, o menino se recusava a vestir roupas de menino. Vestia roupas de menina ou ficava nu. Dizia que foi a filha de seus pais que havia cometido suicídio e gostava de brincar com meninas e com bonecas. Além disso, tinha facilidade para a costura. Reconheceu a máquina de costura de sua irmã falecida e disse: “Esta máquina era minha e eu já costurei muito com ela”. O atual menino considerava a sua vida como a continuidade da vida que tinha tido como a sua irmã falecida. Aos poucos, a orientação sexual da criança mudou para o lado masculino, mas sempre conservou elementos de feminilidade.



CASO 13: Quando o menino tinha dois anos de idade, começou a falar aos seus pais que tinha sido o irmão de sua mãe, que vivia em outra cidade que ficava a 170 quilômetros de distância. Pedia para ser levado à outra cidade para ficar com a sua avó materna. Falava de sua vida anterior a todos os seus familiares, dando detalhes e revelando os hábitos da família. Depois dos cinco anos de idade, as referências à vida anterior começaram a diminuir. Aos nove anos de idade, não se lembrava mais nada da sua vida anterior.



CASO 14: Um menino nasceu com marcas de nascença semelhantes às de seu avô paterno. Então, recebeu o mesmo nome, porque os pais acreditaram que a alma do falecido tinha retornado à vida terrena. Antes de morrer, o homem havia afirmado que voltarei à família, se houvesse a reencarnação. Diversos comportamentos, posturas, semelhanças faciais e anormalidade na perna do filho, como os de seu avô, deram aos pais a certeza de que a promessa havia sido cumprida. Como os pais acreditavam nos prejuízos de se lembrar de uma vida anterior, desencorajaram o menino de falar sobre ela. Entre quatro e cinco anos de idade, a mãe do menino pegou um relógio de ouro que fora de seu sogro e que estava em sua caixa de jóias. Entrando no quarto e vendo o relógio, a criança o pegou e disse: “Este é o meu relógio”, sem querer largá-lo. Depois disso, sempre pedia o seu relógio para os seus pais. Embora tivesse se lembrado da sua vida passada, a criança teve um desenvolvimento normal.



CASO 15: Um menino costumava dizer que tinha sido morto por uma lança em uma briga entre índios. Dizia o nome de quem o matou, o local onde tinha sido morto e o seu nome na vida anterior. Ele tinha sido o tio de sua mãe. Ele mostrava do seu lado direito uma marca de nascença que lembrava ter sido ocasionada por uma lança. Parecia uma velha cicatriz que uma lança poderia fazer. A criança falava muito de sua vida anterior e morte, apesar de sua mãe tentar impedi-lo de fazer isso. Quando tinha mais ou menos oito anos de idade, o rapaz parou de falar da sua vida anterior. Aos sessenta e cinco anos de idade, suas lembranças da vida passada eram muito vagas. Havia se tornado cristão e não julgava o cristianismo e a reencarnação incompatíveis.



CASO 16: Com cerca de quatro anos de idade, um menino lembrou-se de repente que teve um fumeiro e que ficou cego. Os pais perceberam que os acontecimentos correspondiam à vida de seu avô. O pai do menino viu nisso evidência de que o seu pai (e avô do menino) tinha renascido como seu filho. Depois disso, o menino não teve mais lembranças de sua vida passada. Com vinte e sete anos de idade tinha perdido completamente as recordações da existência anterior.



CASO 17: Um menino nasceu com duas marcas de nascença nas costas, do lado esquerdo. As marcas congênitas pareciam exatamente com a cicatriz de um ferimento de bala, em sua entrada. Embora o menino tentasse falar das coisas que tinham acontecido antes de seu nascimento, os pais julgavam que era um azar lembrar-se de uma vida passada. Assim, incentivavam o filho a não se lembrar, nem falar de suas lembranças, nem buscar a identificação numa vida anterior. Aos setenta e três anos de idade, o idoso disse que, de vez em quando, ainda pensava nas lembranças que tinha de sua vida anterior.



CASO 18: Um menino nasceu com uma marca no abdome. Logo a marca foi relacionada, por algumas senhoras idosas, ao ferimento mortal sofrido por um famoso nativo da comunidade. Era igual à do tio-bisavô do menino. O próprio menino não se lembrava de sua vida e morte passada, mas tinha fobia por punhais e lanças, conservando-a mesmo na fase adulta da vida.



CASO 19: Cerca de um ano antes de sua morte, um tio disse à sua sobrinha que voltaria como seu próximo filho, não gaguejaria tanto e traria as cicatrizes que tinha no corpo. Pela cicatriz que tinha em seu nariz, a sua reencarnação seria reconhecida. Quando nasceu o filho da sobrinha, (cerca de dezoito meses depois da morte do tio), a criança tinha marcas no corpo exatamente iguais às mostradas e apontadas pelo tio na sua previsão de renascimento. Depois que começou a falar, o menino disse ser o tio da sua mãe e reconheceu diversos familiares e amigos com afeto e emoção. Além disso, se lembrou de dois episódios muito marcantes na vida do tio da mãe, e revelou muitos hábitos e gostos iguais ao dele. Aos nove anos de idade, o menino começou a fazer menos declarações a respeito da sua vida anterior. Aos quinze anos de idade, não se lembrava mais nada da sua existência anterior. Mas, aos vinte e cinco anos de idade, numa reavaliação do caso, disse que não se lembrava de quase nada, porque não tinham persistido as lembranças da sua vida anterior.



CASO 20: Um menino, quando tinha entre um ano e meio e dois anos de idade, passou a fazer referências a uma vida passada. Mencionava nomes de pessoas, acontecimentos daquela vida e dava informações sobre a sua propriedade. Falava onde tinha morado, da família que tinha sido membro e pedia para ser levado lá. O pai repreendia o filho por contar histórias sobre a sua vida anterior. Um dia, o menino reconheceu uma pessoa da cidade onde havia vivido, na presença de sua avó paterna. Além disso, deu muitos detalhes sobre as pessoas que havia conhecido e dos acontecimentos ocorridos em sua outra cidade. Levado à localidade, as buscas permitiram a identificação da pessoa que o menino dizia ter sido na vida anterior, bem como de sua amante, cujo nome ele citava com frequencia. Além disso, ficaram esclarecidos muitos pontos de suas lembranças. Ainda, o menino fez treze reconhecimentos e deu mais detalhes sobre si mesmo e seus pertences. Aos nove anos de idade, o menino ainda falava sobre a sua vida anterior, principalmente de sua amante. A família atual do menino tentava fazê-lo esquecer da sua vida anterior, não conversando mais com ele sobre isso. Mas, com treze anos de idade, ainda falava sobre o assunto, preservava muitas das suas lembranças, tinha apego pela família anterior. Embora isso, apresentava um desenvolvimento normal para um jovem da sua idade.



CONSIDERAÇÕES DO AUTOR DESTE ARTIGO


O trabalho inédito, minucioso, consciencioso e criterioso desenvolvido pelo Dr. Ian Stevenson causa admiração e respeito. Com isso, ele conquistou renome internacional.


Os casos de reencarnação estudados em detalhes são complexos e mostram a continuidade da vida da personalidade, cujo corpo material morreu numa vida anterior.


Os casos foram acompanhados pelo pesquisador durante muitos anos e em vários países, possibilitando a discussão abrangente de todas as possibilidades e aspectos importantes que estavam relacionados com as pesquisas e os estudos.


Além disso, o livro do Dr. Stevenson encanta o leitor pela discussão profunda e abrangente que fez durante a apresentação dos casos e dos resultados alcançados.


Com a mente aberta e argumentos convincentes, o cientista comparou minuciosamente a tese da sobrevivência da alma à morte do corpo material e a sua posterior reencarnação, com as hipóteses e polêmicas levantadas por alguns opositores: de fraude das crianças, dos pais e das pessoas envolvidas nos casos; de imposição dos pais de outra personalidade aos filhos; de problemas mentais nas crianças que diziam ter vivido anteriormente, principalmente em meio às suas brincadeiras e atividades normais; de conhecimento prévio, por parte das crianças, da vida das pessoas falecidas, através de fontes de informações que burlavam a vigilância dos pais; das possíveis fantasias que as crianças criaram sobre uma vida anterior; de possessão no corpo das crianças, por parte dos Espíritos que tinham vivido outra vida terrena, permitindo-os fazer reconhecimentos ricos em detalhes e cheios de pormenores, além da revelação de habilidades especiais persistentes; das memórias da vida anterior das crianças terem origem nas experiências vividas por seus ancestrais, dentro da teoria da memória genética; das possíveis relações extrassensoriais, clarividências e elementos paranormais que poderiam ter sido mantidos entre as crianças e as almas das personalidades que viveram no passado; etc.


Discussões e polêmicas à parte, o trabalho desenvolvido pelo Dr. Ian Stevenson é, sem qualquer dúvida, extraordinário. Realmente, merece a atenção de quem se interessa pelas evidências da imortalidade da alma e da sua reencarnação.

Um comentário:

Lucimara disse...

Geziel, gostei da máteria você reparou que são criança en tenra idade, são as lembranças que o espírito tem e na infância aflora mais naturalmente.

belo trabalho....

Bjs - mara