terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ESPÍRITO VERDADEIRO DO NATAL


ESPÍRITO VERDADEIRO DO NATAL

Geziel Andrade

“O Anjo Gabriel, enviado por Deus, apareceu a Maria e lhe disse: Deus te salve, Maria, cheia de graça. O Senhor é contigo. Bendita és Tu entre as mulheres. Porque achaste graça diante de Deus. Conceberás em teu seio e darás à luz um Filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo.” (Lucas, Cap. I, Anunciação).

Muitos homens materializaram demais o Natal de Jesus. Tornaram-no motivo exclusivo para decorações, enfeites e luzes extravagantes; para festas gastronômicas e comemorações suntuosas que ostentam fartura material; para a exaltação do papai Noel e a troca de presentes geralmente desnecessários. Assim, amorteceram e deixaram de lado o espírito verdadeiro do Natal, pautado na observância dos ensinos morais, religiosos e espirituais de Jesus.

Esse Natal materialista acalenta ilusões de curtíssima duração. Por outro lado, o Natal espiritual exalta a prática dos ensinos daquele que, com sua sabedoria, nobreza moral e elevação espiritual, nasceu humildemente num estábulo, tendo sido enfaixado e deitado numa manjedoura simples, cercada de animais; que trouxe à Humanidade, por ordem de Deus, os tesouros imperecíveis do amor, da caridade, do perdão, da justiça, da fé e da oração, com os quais os homens vivem melhor todos os dias do ano.

O resultado duradouro do Natal espiritual é a confiança em Deus; a vivência digna dos exemplos de Jesus no cotidiano; o trabalho honesto e responsável, que gera o progresso material e espiritual; a convivência harmoniosa e o relacionamento fraterno com todos; a prática das virtudes perante as provas da vida; a paz na consciência e no coração pela manutenção das atitudes elevadas; a fé na sobrevivência da alma no Reino dos Céus após a morte do corpo material; e a certeza de que a Justiça de Deus garante para as almas boas e justas as bem-aventuranças na vida espiritual.

Jesus não valorizou os bens materiais, por serem transitórios e por não acompanharem a alma em seu retorno à vida verdadeira. Colocou o amor a Deus e aos semelhantes acima de todas as coisas; valorizou a humildade que fortalece o espírito de fraternidade e solidariedade; viveu entre os pescadores, o povo simples e as pessoas pobres, revelando ausência de preconceitos; fortaleceu a esperança e a fé numa vida melhor no Reino dos céus para os que cumprem as Leis de Deus; dialogou com as mulheres sem qualquer discriminação vigente na época; serviu aos mais necessitados distribuindo bênçãos, curas e orientações espirituais, sem nada cobrar por isso; expulsou os demônios restabelecendo a normalidade na vida dos endemoninhados, sem impor condições; trabalhou sem cessar na difusão das verdades espirituais, ensinando e exemplificando a prática das atitudes elevadas e das boas ações; ensinou os princípios verdadeiros de justiça que são: “fazer aos outros, o que queremos que os outros nos façam”, “a cada um será dado segundo as próprias obras” e “dar a César o que é César e a Deus o que é de Deus”; morreu humildemente sem obter o reconhecimento daqueles que haviam se escravizado aos poderes transitórios.

Por isso, Allan Kardec, na Questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, registrou: “Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua Lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra”.

Desse modo, devemos nos prender ao verdadeiro espírito do Natal; devemos refletir sobre a vinda, os feitos e a missão de Jesus; divulgar e praticar com bom senso as lições religiosas, morais e espirituais ensinadas e exemplificadas por Ele. Dessa forma, teremos, de modo duradouro, as bênçãos valiosas que beneficiam para sempre a nós mesmos e os semelhantes, e que realmente elevam a qualidade de vida na Humanidade, garantindo o progresso com a paz.

Certamente, em função desse verdadeiro espírito do Natal, que o Espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, redigiu a seguinte PRECE DE NATAL:

“Senhor Jesus!
Conhecemos os Teus ensinamentos.
Auxilia-nos a cumpri-los.

Senhor Jesus!
Guardamos as Tuas palavras.
Ampara-nos, a fim de que venhamos a traduzi-las em trabalho, no serviço aos nossos semelhantes.

Senhor Jesus!
Legaste-nos o amor uns aos outros, por legenda da própria felicidade.
Guia-nos à prática dessa lição bendita, de maneira a que o nosso dia-a-dia se faça caminho de fraternidade e luz.

Que assim seja.
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Prezados amigos e leitores deste Blog.

DESEJO A TODOS UM BOM NATAL E QUE O ANO NOVO SEJA REPLETO DE PROSPERIDADE.
Com estima e votos de felicidades, Geziel.

4 comentários:

Lucimara disse...

olá ! Geziel como sempre ótimo artigo que faz nós; Parar e Pensar o que estamos fazendo nesta época do ano.
Tantos irmãos famintos de alimentos material e espiritual e é incrivél que só nesta época que o espírito de caridade reina em muitos coraçoes. E quanto aos outros 364 dias do ano?

Que o mestre posso te iluminar...sempre.

Abraços com Carinho - Mara/CEJA

Lucimara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Geziel Andrade disse...

Minha prezada amiga Angelica, enviou-me por e-mail as seguintes palavras sobre este artigo:
“Geziel, seu artigo é muito oportuno nesta época que muitas vezes deixamos nos envolver por valores supérfluos, justamente quanto deveríamos fazer o contrário, relembrando o significado da vinda de Jesus.
Está muito bom! Parabéns! Angelica.”

Geziel Andrade disse...

Minha prezada amiga Lúcia enviou-me por e-mail as seguintes palavras sobre este artigo:
“Caro Irmão Geziel, agradeço a gentileza de me enviar, mensalmente, os artigos do seu Blog. Este, em especial, está belíssimo. Parabéns pela inspiração! Abraço fraterno. Lucia.”