sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

MENSAGENS DOS ESPÍRITOS AOS SEUS FAMILIARES



MENSAGENS DOS ESPÍRITOS AOS SEUS FAMILIARES

Geziel Andrade

Desde Allan Kardec, os Espíritos têm transmitido, através de médiuns, mensagens escritas aos seus familiares ainda encarnados, comprovando a sobrevivência da alma à morte do corpo material, bem como dando informações detalhadas sobre as suas condições de vida no além-túmulo.


No livro “O Céu e o Inferno”, bem como na “Revista Espírita”, de Allan Kardec, podemos encontrar muitas dessas mensagens esclarecedoras.

No Brasil, o notável médium psicógrafo Chico Xavier nos deixou, em muitos livros espíritas publicados, centenas dessas mensagens, dando provas incontestáveis de que as faculdades humanas pertencem à alma imortal e de que os Espíritos podem se comunicar com precisão com os homens para lhes dar notícias sobre a vida no mundo espiritual.

Neste mesmo blog, o(a) prezado(a) leitor(a) pode encontrar a mensagem que o Espírito de meu avô Juca Andrade enviou a meus familiares, através da mediunidade de Chico Xavier, dando detalhes de sua entrada na vida espiritual, bem como espalhando conforto espiritual e alegria.

Outro médium que se tornou muito conceituado nesse tipo de comunicação dos Espíritos foi Eurícledes Formiga. Ele atuou junto ao Centro Espírita Perseverança, em São Paulo, consolando muitos pais aflitos que perderam entes queridos. Seus livros contendo essas mensagens difundem um novo entendimento da vida, serenidade e consolação.

Nesta oportunidade, vou tratar das mensagens dos Espíritos recebidas pelo médium Carlos Antonio Baccelli, da cidade de Uberaba –MG.

Como exemplo, vou relatar os fatos espíritas ocorridos em uma sessão espírita pública realizada em minha cidade natal: Mogi Mirim, Estado de São Paulo.

Foi no dia 24 de setembro de 2001. A partir das 13:00 horas, dezenas de pessoas começaram a entrar na sede da Associação Espírita Jesus e Caridade para participar de um evento organizado pelos Centros Espíritas de Mogi Mirim, contando esse evento com a presença do conhecido médium.

A partir das 16:00 horas, dezenas de pessoas, com senhas nas mãos, começaram a falar com o médium para pedir notícias de seus entes queridos falecidos.

Às 18:00 horas, teve início a sessão espírita pública para o recebimento das mensagens que seriam enviadas pelos Espíritos em resposta aos pedidos de seus familiares.

Com o início da reunião mediúnica, alguns fatos marcantes e inesquecíveis saltaram aos olhos de cerca de 400 pessoas de todas as crenças e convicções religiosas que estavam presentes. A grande maioria estava sentada, mas muitas delas estavam debruçadas nas janelas olhando para dentro da sala, enquanto que outras estavam em pé ou sentadas nos corredores. No ambiente, grandes luzes fluorescentes estavam acessas, dando uma luminosidade semelhante a um dia muito claro de sol. Depois da prece de abertura, diversos oradores previamente escalados passaram a se revezar, a cada 15 minutos, abordando o Capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, mas usando um microfone para um amplificador com alguns alto-falantes muito potentes, tornando o som audível além do grande salão. Nas ruas movimentadas em frente e ao lado da Associação Espírita, os carros e ônibus promoviam grande agitação em função do horário. Na Igreja Evangélica ao lado, o pastor colocou o som nas alturas, visando atrair a atenção dos transeuntes para a pregação da noite.

Enquanto isso, Carlos Baccelli, indiferente a todo esse tumulto, prosseguia psicografando tranqüilamente as mensagens dos Espíritos aos seus familiares.

No final dessa reunião espírita, por volta das 21:00 horas, o próprio médium leu para o grande público presente as cartas dos Espíritos, entregando pessoalmente cada original lido aos destinatários com uma fita magnética, na qual fora gravada a mensagem no momento de sua leitura.

Disso tudo, foi possível extrair uma grande lição: quando o médium é verdadeiro e autêntico, ele dispensa quaisquer aparatos. A mediunidade verdadeira manifesta-se de forma tão natural a qualquer hora e ambiente, dando sempre provas incontestáveis da imortalidade da alma e das manifestações dos Espíritos. No caso em pauta, elas foram grafadas em papel e depois gravadas em fitas magnéticas.

Da análise do inteiro teor das mensagens recebidas naquela noite, ficou evidente a perfeita concordância com os ensinamentos dados pelos Espíritos, através de diferentes médiuns, desde o tempo de Allan Kardec, a saber:
· A soberania de Deus, bem como a Sua Vontade, estão acima de tudo.
· Os Espíritos comunicantes vêm acompanhados de outros Espíritos familiares que reencontraram no Além após a desencarnação.
· Os Espíritos demonstram que mantêm a memória, a intelectualidade, os sentimentos e as habilidades, ao ordenarem e registrarem fatos e nomes conhecidos e ao afirmarem conservar o amor e ter saudades dos familiares que ficaram na vida terrena.
· A morte é citada como um fenômeno que apenas despoja o Espírito de seu corpo material, sem, contudo, alterar em nada a sua essência íntima.
· A vida continua no Além de uma forma mais intensa, mas ainda exigindo lutas e esforços regenerativos.
· Os Espíritos acompanham a vida de seus entes queridos que ficaram na Terra e, ao mesmo tempo, demonstram preocupação em consolá-los, em transmitir-lhes bons conselhos e em ofertar-lhes palavras de resignação e conformação.
· Cada Espírito mostra-se convicto de que deveria ter realizado mais coisas boas enquanto esteve encarnado no mundo material.
· Os Espíritos demonstram gratidão pelos que os auxiliaram na vida terrena e pelos que lhes direcionam preces e bons pensamentos.
· Os Espíritos revelam abertamente quais são as suas condições de vida no mundo espiritual.
· A misericórdia divina cuida de todos os Espíritos, inclusive no momento da desencarnação.
· O perdão é a virtude indispensável para a libertação dos agressores ou para aliviar o peso dos erros cometidos.
· O arrependimento marca a nova fase da vida do Espírito suicida que promoveu muitos sofrimentos para si mesmo com a sua invigilância.
· Os Espíritos pedem a seus familiares encarnados que tenham paz de espírito para que eles também tenham tranqüilidade íntima.
· Os Espíritos confirmam as dificuldades de comunicação ainda existentes entre os dois mundos.
· As dívidas contraídas em vidas passadas podem determinar acontecimentos na presente, inclusive o modo da desencarnação.
· Os próprios Espíritos revelam o amadurecimento mental e íntimo que tiveram com a constatação das realidades espirituais.

Depois da leitura de sete cartas, dando notícias dos Espíritos comunicantes aos seus familiares, bem como mencionando as realidades acima apresentadas, Carlos Baccelli recitou uma linda poesia do Espírito Eurícledes Formiga, que havia psicografado minutos antes do final da sessão.

Com o encerramento dos trabalhos, todas as pessoas presentes saíram marcadas para sempre com os acontecimentos surpreendentes que presenciaram, evidenciando a grandeza doutrinária e a importância consoladora do Espiritismo.

Ainda como exemplo de mensagem de um Espírito a seus familiares, apresento a seguir, dando testemunho de autenticidade pelas revelações nela contidas, A MENSAGEM QUE O ESPÍRITO DE MEU TIO AYRTON ANDRADE, ENVIOU NAQUELA NOITE AOS SEUS FAMILIARES. Como já foi mencionado, ela foi transcrita para o papel da fita gravada no dia da psicografia feita pelo médium Carlos Baccelli.

SÉTIMA MENSAGEM: Querida Sílvia. Querida esposa e queridas filhas Zélia e Célia, o Senhor seja louvado.
Estou aqui em companhia do papai Juca e este é apenas um pequeno bilhete de saudade. O papai me explicou que necessitamos de cooperar com a reunião e que preciso me conter com referência ao tempo à minha disposição para escrever.
Sílvia, tranqüilize-se, estamos juntos e a chamada morte, de fato, não teria poder algum para nos separar. Você e as nossas filhas continuam sendo o único Céu a que aspiro, em qualquer parte do Universo.
Infelizmente, querida esposa, não pude ir um pouco mais adiante em sua companhia. Lutei quanto me permitiram as forças, mas os meus oitenta e um de idade, meu corpo físico em extremo desgaste falavam mais alto. A gastrite hemorrágica, se foi, digamos, a minha “causa mortis”, não me refletiu toda a situação dos órgãos em falência múltipla...
Sílvia, não se angustie, não se amargure e não chore mais. Eu estou bem e na medida do possível tenho estado com você; quando não sou eu que a visito em nossa casa, é você que vem ao meu encontro desse outro lado.
Peço-lhe, todavia, que não pense em vir em definitivo para onde eu a espero e esperarei. Reaja contra o desânimo e não permita que a tristeza a adoeça. Todos carecemos de sua alegria, Sílvia!
De minha parte, nada tenho a desculpá-la; você sim é que necessita me perdoar pelos meus erros e fragilidades de homem comum.
Na verdade, eu nunca consegui ser pelo menos o menor traço do papai que tantos, com justa razão, procuram seguir em seus exemplos de bondade e de vivência do Evangelho de Jesus.
Sílvia, compreenda que por hoje não posso mais. De certa forma, somos os anfitriões desta casa e não podemos ocupar o tempo destinado aos que Jesus convidou para esta festa promovida entre as Duas Dimensões.
Se eu fosse falar de saudades em breves palavras, seriam as minhas lágrimas que transbordariam dessas laudas.
Deixo-lhes o meu amor, a minha saudade e o meu afeto.
Eu lhe fiquei devendo tanto, Sílvia! O que não pudemos nos falar, ainda que tenhamos a eternidade, não nos falaremos. Por quanto aqueles que se amam nunca se dizem o bastante para falar um ao outro de seu amor.
Com todo o meu coração, sempre o esposo, o pai e o amigo que não os esquece, Ayrton. AYRTON ANDRADE.

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