domingo, 15 de março de 2009

BOM HUMOR ESPÍRITA


BOM HUMOR ESPÍRITA
Geziel Andrade

Henri Sausse registrou na biografia de Allan Kardec que, embora o Codificador do Espiritismo fosse digno e sóbrio e se ocupasse com assuntos elevados, “gostava de rir com esse belo riso franco, largo e comunicativo, e possuía um talento todo particular em fazer os outros partilharem do seu bom humor”.

Aqui no Brasil, nós tivemos, no meio espírita, os bons exemplos de Chico Xavier. Narram os seus biógrafos que embora ele estive sempre ocupado com as suas atividades mediúnicas nobres, sabia conservar a gentileza, esbanjar simpatia e manter o bom humor com todas as pessoas que o procuravam ou o cercavam. Assim, melhorava a confiança, a esperança e a alegria na alma das pessoas que se achegavam ao seu amor e carinho.

Fora do meio espírita, talvez o exemplo mais relevante do valor do bom humor esteja nas ações dos “Doutores do Riso”. Estimulando-o, conseguem despertar a alegria para que pessoas doentes melhorem o sistema imunológico, superem estados depressivos, elevem os sentimentos, as emoções e os pensamentos favorecendo a recuperação da saúde física e mental e da qualidade de vida.

Dessa forma, o bom humor, acompanhado sempre do equilíbrio e do bom senso, deve ser exteriorizado por nós no lar, no ambiente de trabalho e no convívio e no relacionamento com as pessoas que nos cercam, inclusive nas atividades do Centro Espírita.

Quem de nós não conhece alguns espíritas que souberam ou sabem fazer preleções doutrinárias ou evangélicas com notável senso de humor, tornando-as descontraídas, agradáveis, proveitosas e inesquecíveis? Que ante a situações constrangedoras, superam-nas com extraordinário bom humor? Que no atendimento às pessoas enfermas, tristes ou depressivas, usam doses certas de bom humor, para aconselhar, dissipar as trevas na mente e recuperar o ânimo, a alegria, o sorriso, a saúde espiritual e o bem-estar?

Portanto, o bom humor deve estar em nosso estado da alma e entre as nossas atitudes mentais elevadas. Assim, o trabalho rende mais; a prática da caridade e do bem frutifica melhor; os deveres morais são cumpridos com descontração; e a convivência com os semelhantes fica mais amena e saudável.

E quanto às manifestações humorísticas dos semelhantes, lembremo-nos sempre da lição do Espírito Mariano José Pereira da Fonseca, psicografada por Chico Xavier e contida no Capítulo “Reflexões”, do livro “Falando à Terra”: “Não arruínes o bom humor de quem segue ao teu lado, porque a alegria é sempre um medicamento de Deus”.

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